Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Próxima Sessão do Clube de Leitura Jane Austen

 

Clube de Leitura Bertrand

Créditos da imagem: http://clubedeleiturabertrand.blogspot.pt/p/clube-de-leitura-jane-austen.html

 

 

A próxima sessão do Clube de Leitura Jane Austen da Bertrand irá decorrer no próximo dia 17 (domingo), às 15H30, na livraria do Saldanha, como tem sido habitual.

 

Desta vez,  vamos analisar as dificuldades que encontram os tradutores dos clássicos de Jane Austen e tentar compreender como funciona o processo de tradução. Para este efeito, temos um convidado muito especial que tem estado a colaborar com o JAPT há algum tempo, traduzindo aquela que é considerada a obra mais emblemática de Miss Austen, cujo bicentenário se celebra este ano: Orgulho e Preconceito.

 

Fracisco Niebro, tem-se dedicado à tradução de vários clássicos para a segunda língua do território português: o mirandês. Por isso, a conversa também nos levará para a  compreensão desta língua e para a sua história até aos dias de hoje.

 

Será, certamente, uma conversa animada, produtiva e muito austeniana, claro, em torno de Orgulho e Preconceito ou Proua e Percunceito e da língua mirandesa.

 

 

Contamos convosco.

 

Boas leituras!

ALTERAÇÃO DA DATA DO CLUBE DE LEITURA BERTRAND - JANE AUSTEN LISBOA

 Clube de Leitura Bertrand

Créditos da imagem: http://clubedeleiturabertrand.blogspot.pt/p/clube-de-leitura-jane-austen.html

 

 

 

Informamos que a sessão do Clube de Leitura Bertrand Jane Austen que estava agendada para o dia 6 de janeiro foi alterada para o dia 13 de janeiro.

 

A obra a discutir será "O Monte dos Vendavais", de Emily Brontë.

 

Desde já agradecemos a V/ melhor compreensão.

 

Feliz Ano Novo repleto de muitas e boas leituras!

 

{#emotions_dlg.happy}

Clube de Leitura Bertrand - Jane Austen: alterações e próxima sessão

 

A próxima sessão do Clube de Leitura da Bertrand dedicado a Jane Austen , em Lisboa, vai decorrer no próximo dia 11, a partir das 15h30, na livraria Bertrand do Saldanha.

 

Desta vez, a obra a discutir não será de Jane Austen, mas de Charlotte Brontë. Falamos de "Jane Eyre".

 

A este propósito, informamos que o Clube deixará de ser dedicado apenas a esta autora, para passar a abranger outros clássicos, bem como outros livros baseados na obra e na personalidade de Jane Austen. Neste sentido, convidamos os participantes do Clube a apresentar sugestões sobre o livro a ler no mês seguintes. Se têm livros que gostariam de abordar, sugiram.

 

Assim, inscritos e colegas do Clube e do blogue, contamos convosco. Aos que ainda não participaram, podem inscrever-se através da página da Bertrand e aparecer. Tal como nas sessões anteriores, teremos uma conversa leve e bem disposta sobre a obra.

 

Até lá! Boas Leituras!

O significado de "virtudes domésticas" em Persuasão por Susana Lopes Bastos

No último Clube de Leitura Jane Austen, da Bertrand, em Lisboa, o livro em discussão foi "Persuasão. No final ficou em aberto uma questão que se prendia com o significado da expressão "virtudes domésticas" que consta do último parágrafo do livro. Comprometi-me com as colegas do Clube, a Ana Saraiva, a Maria Fernanda e a Susana Lopes Bastos, em verificar e partilhar a minha opinião sobre o assunto. Entretanto, a Susana Lopes Bastos, deixou-me a sua reflexão sobre o assunto. Achei que era de grande interesse partilhá-la. Por isso, o texto que aqui vos deixo é da autoria da Susana Lopes Bastos.

 

(...) quanto às "virtudes domésticas", penso que terá que ver com a admiração que a Jane Austen nutria pela marinha. Ela própria teve dois irmãos que chegaram a almirantes e como excelente observadora da sociedade do seu tempo traçou-nos, e no Persuasion isso é muito evidente, retratos dos vários tipos de extractos sociais que poderiam dominar social e politicamente o país naquele tempo e nota-se que, dos três grupos retratados em Persuasion que poderiam ter um papel de liderança e de governo do país, ela preferia nitidamente as famílias ligadas à marinha. Nos aristocratas, com berço e linhagem mas com vidas vazias, sem qualquer contacto com a realidade das populações, inúteis, vaidosos, muito fechados no seu próprio círculo, demasiado preocupados com as aparências e extravagantes, não se pode confiar para continuarem a ser os líderes das suas próprias comunidades como tinham sido tradicionalmente até ali. Depois há o outro grupo, de pessoas não nobres mas "de bem", os cavalheiros e as suas famílias, muitas delas bem antigas, tradicionais, ricos, mas demasiado conservadores. No caso de Persuasion, Anne prefere os Musgroves à sua própria família, porque embora não sejam muito elegantes nem muito cultos são cordiais, despretensiosos e têm bom coração. No entanto considera-os incapazes de governar o país no sentido de o modernizar e de o preparar para o futuro (nem os seus filhos considera capazes disso porque embora com modos e pensamentos mais modernos, não têm peso, não são influentes). Ela prefere, por isso, as famílias ligadas à marinha, para levar o país para o futuro. Considera-os melhor preparados pela sua integridade, lealdade, pela bravura demonstrada em combate, pelo seu vigor, pelos seus valores. Nas últimas linhas de Persuasion Jane Austen traça o retrato do papel da marinha na sociedade inglesa. Reconhece que o futuro da Anne poderá não ser inteiramente feliz, sempre com o receio de uma nova guerra e das possíveis separações prolongadas do seu marido. Esse é o preço a pagar por ser mulher de um oficial da marinha e apesar dos riscos ela exultava em ser mulher de um oficial da marinha. Há quem considere este livro muito auto-biográfico e aqui eu penso que a Jane Austen, enquanto fala da Anne, nos dá a sua própria opinião sobre os marinheiros e depois escreve mesmo, enquanto autora, que eles eram (para ela), se possível, ainda mais importantes internamente enquanto membros da sociedade do que no seu papel de defensores da nação e nos serviços que lhe prestavam, a essa nação, no exterior. Ao longo do livro, embora refira alguns personagens como sendo oficiais da marinha ela não nos diz o que eles fazem enquanto membros da profissão. A sua função na narrativa era apercebermo-nos de como os membros da marinha eram bem vistos pela sociedade civil. E por não lhes ter dado mais importância do que isso ao longo do livro, ela reconhece, nas últimas linhas, o papel fundamental da marinha, o bem que fazia pelo país, não só na sua defesa, na manutenção das suas fronteiras e das suas colónias mas também como meio de ascensão social e de conservaçãos dos valores ingleses. É uma forma dela honrar a marinha, considerando o trabalho árduo e a boa sorte uma forma honrosa de subir na sociedade e assim contribuir para uma sociedade mais forte, mais íntegra, mais plural, mais desenvolvida e mais moderna. E serão essas, na minha opinião, as suas "virtudes domésticas".

 

 

Se tiverem outras interpretações, partilhem.

 

Susana Lopes Bastos

 

 

Espero que tenham gostado e que, também por aqui, consigam acompanhar as discussões que vão tendo lugar no Clube de Leitura.

 

Obrigada pela excelente e sempre entusiasta participação, Susana! Bem-haja!

 

Boas leituras! 

Quando a Obra Ultrapassa o Autor

É ponto assente que Fanny Price e "O Parque de Mansfield" não reúnem consenso entre os muitos leitores de Jane Austen. Este livro faz parte, segundo alguns analistas literários, da segunda fase de escrita da autora. É mais denso, menos espirituoso e focado sobremaneira na moralidade. Esta última característica é personificada na figura principal do enredo, Fanny Price.

 

A menina frágil (fisicamente) e aparentemente apagada intelectual e psicologicamente chega a Mansfield Park com apenas 10 anos de idade. Repudiada por todos, inclusive pelos que tomaram a decisão de a recolher com o suposto intuito de lhe darem melhor condições de vida, encontra refúgio na atenção do seu primo Edward, segundo filho de Sir Tomas. Este pretende seguir a carreira clerical por vocação mas, também, por não ter outra alternativa, porquanto a herança da propriedade das terras de seu pai estava destinada ao seu irmão mais velho, é um rapaz culto. Em conversas com a sua recém chegada prima, descobre que esta é dotada de um espírito crítico e de uma boa dose de bom senso. Os diálogos entre os dois decorrem de forma serena. As suas opiniões convergem em quase tudo ao longo do romance, excepto no que toca à encenação teatral - Edward cede perante a força do restante grupo; Fanny mantém-se inalterável na sua posição e no que à personalidade dos irmãos Crawford concerne. No fim, sabemos que todos darão razão a Fanny Price pela sua aparente teimosia.

 

Tal final leva-me a pensar sobre quem teria influenciado quem. Foi Edward que moldou Fanny, tendo ela, como suposta obra (entenda-se aluna) superado o seu autor? Ou teria Fanny sido sempre mais astuta e intelectualmente mais capaz do que o seu primo?

 

Para mim, Fanny era uma pérola que precisava apenas de se descobrir. Edward deu-lhe um pequeno empurrão no mar calmo da literatura e da discussão que ela soube aliar às suas capacidades inatas, superando, em muito, o seu mentor.

Jane Austen Festival em Bath

 

Créditos da imagem:http://visitbath.co.uk/

 

Setembro é o mês em que Bath, em Inglaterra,  se veste a rigor para recuar no tempo ao encontro dos ambientes dos romances de Jane Austen. Este ano, a  12.ª edição do Jane Austen Festival decorrerá entre os dias 14 e 22 de setembro. Para o próximo ano, a 13.ª edição acontecerá entre os dias 13 e 21 de setembro. Por isso, já sabem que quem quiser ir poderá fazer marcações para os diversos acontecimentos deverá fazer as reservas a partir de junho. Para o efeito, podem consultar a página do Jane Austen Festival. Entre os eventos que ocorrem durante o festival, destaca-se o desfile em traje da época. Para reservar hotel e passagens, convém fazê-lo logo no início do ano para se conseguirem preços mais convidativos.

 

A revista Visão, Vida & Viagens, na sua edição de setembro de 2008, dedicou algumas páginas (62 a 66) a Bath. Celia Hatherly, autora do artigo publicado, inicia desta forma:

 

"Quando Lady Russell entrou em Bath (...) e fez o longo percurso das ruas de Old Bridge a Camden Place, entre os salpicos levantados por outras carruagens,  o barulho de carros e carroças, o alarido de jornaleiros vendedores de pãezinhos doces quentes e leiteiros e o tinir incessante de tamancos, não proferiu a mínima queixa". Jane Austen, em Persuasão

 

Depois de nos falar das termas, das lojas, dos restaurantes e das influências arquitetónicas, Celia Hatherly indica-nos o caminho até Jane Austen, escrevendo que "Os edifícios e a atmosfera georgiana de Bath fazem-nos recuar aos romances de Jane Austen - que ali residiu com a família entre 1801 e 1806 - aos laços de seda, aos chás e às festas mundanas ao livre, aos amores contrariados e aos cânones preconceituosos. Persuasão desenrola-se em Bath, tal como a Abadia de Northanger. Os aromas dos cream tea no aristrocrático Pump Room, os brioches da Sally Lunn e perfeição imaculada dos jardins de Bath poderiam estar em qualquer livro da romancista que, com tanta ironia, retratou a sociedade do seu tempo.

 

(...) Situado no n.º 40 da Gray Street, (o Jane Austen Centre) é muito semelhante à casa onde Jane viveu na mesma rua, no n.º 25. (...) Entre os muitos artigos curiosos expostos, encontramos uma carta escrita pelo punho de Emma Thompson, depois de vencer o Óscar por Sensibilidade e Bom Senso: "Os críticos dizem que Jane Austen é vazia de ideias. Apeteceu-me dar um murro, mas depois pensei em Jane Austen que ofereceria antes uma chávena de chá. Se calhar é por isso que gosto tanto dela..."

 

Para ir até Bath, o melhor será ir de comboio. A partir da estação de Paddington, em Londres, a viagem demora uma hora e meia. A partir de Heathrow é ainda mais fácil porque o Heathrow Express vai até Paddington e depois há comboios regulares para Bath. Os bilhetes podem ser comprados antes da viagem em www.visitbritaindirect.com/pt.

 

Por isso já sabem: reservem uns dias, façam um mealheiro e vão (ou vamos:-)) até Bath a uma edição do Jane Austen Festival. Para saber mais informações sobre como ir e o que ver, para além da página acima indicada, ficam os endereços que a autora do artigo na referida revista nos indica:

www.visitbath.co.uk e www.visitbritain.pt. Fica ainda a nota de se pode contactar o turismo britânico em Portugal através do e-mail britanico.turismo@visitbritain.org. Outra forma, será contactar uma agência de viagens de confiança e pedir um plano de viagem.

 

 

Impressões de uma participante do Clube de Leitura Bertrand

 

Este post peca por atraso. Já devia ter sido publicado há cerca de três meses, se não estou em erro. Por isso, peço sinceras desculpas à Ana Saraiva, colega e participante no "Clube de Leitura Bertrand - Jane Austen".

 

O enquadramento deste post situa-se no seguimento das sessões do referido Clube que têm ocorrido em Lisboa. Numa dessas sessões, foi proposto aos participantes que fizessem um pequeno texto sobre o que desejassem no âmbito da obra da nossa escritora de eleição: Miss Austen. Respondendo ao desafio, a Ana Saraiva, enviou-me um email com as suas impressões sobre o Clube. Este post é, pois, da sua autoria.

 

"Começo por felicitar esta iniciativa da Bertrand. Gostei bastante de participar na primeira sessão do Clube de Leitura Jane Austen e espero estar presente no próximo domingo.


Gosto imenso desta autora que continua passados duzentos anos a cativar novos leitores mas pessoalmente conheço poucas pessoas que partilhem este interesse pelo que estava na expectativa de ver como decorreria e quem participaria.


Tal como Elinor dispus-me a “observar e analisar novos amigos” * e fiquei surpreendida por verificar a disparidade de personalidades presentes. A apresentação das diferentes edições de “Sensibilidade e Bom Senso” é um detalhe que ilustra esta realidade. Edições recentes, outras antigas com capas deliciosas, quer em português ou no original. Antecipei, erradamente, que iria encontrar um grupo mais homogéneo de pessoas que partilham este gosto por também coincidirem numa certa maneira de ser ou partilharem interesses comuns.


No meu caso, nutro uma simpatia por vários aspectos da cultura britânica e, em concreto nestes romances, atrai-me o protagonismo das personagens femininas que garantem um infindável manancial de informação relativa às questões quotidianas. A partir da descrição pormenorizada de casas e jardins, poderíamos construir um cenário. A acção quase sempre decorre em ambientes intimistas hermeticamente vedados às grandes preocupações - e realidades – do mundo exterior, transmitindo uma tónica geral de serenidade e comedimento mesmo quando se vivem alguns dramas pessoais.
Resumidamente são estes alguns dos aspectos que me cativam, mas pergunto-me : - O que une personalidades tão distintas nesta paixão comum? Esta  questão não representa propriamente um tema para debate mas gostaria , aproveitando o facto de termos tido um diálogo tão directo na última sessão, de satisfazer a curiosidade quanto à motivação das pessoas presentes.


Até breve, Atentamente.

 

AnaS. "

Convidei Miss Austen para Jantar

Depois de muita hesitação, convidei Miss Jane Austen para jantar. O nervosismo era, como será de calcular, gigantesco. Os acessórios de cozinha escorregavam das mãos como se tivessem sido oleados; não conseguia pensar numa receita digna daquela figura maior da literatura inglesa. E o tempo corria. Depois, lembrei-me que Miss Austen era uma pessoa que gostava de coisas simples, pois apreciava mais o campo do que a cidade. No campo, tudo tem mais sabor - mesmo as coisas mais simples. Por isso, descontraí e pensei em algo assado ou estufado. Para acompanhar, teria que ser um puré de batata irlandês, a lembrar os dias primaveris no campo. O couvert seria constituído por pequenos folhados de salsicha e a sopa seria apenas um leve creme de legumes. A sobremesa haveria de ter chocolate, pois claro. Com estas ideias, viajei no tempo, trazendo Miss Austen até aos dias de hoje.

 

A conversa decorreu de forma harmoniosa. Falámos da sua vida, da sua obra e dos seus incontáveis fãs no presente. Falei-lhe da minha paixão pela comida, pela sua obra e também pelas coisas simples do campo. Ficou espantada ao perceber que muitos pratos do século XVIII se mantinham tão actuais em terras de Sua Majestade e um pouco por todo o mundo, como é o caso do trifle ou das almôndegas de carne, bem como a sua obra. Tive que me desculpar pelo facto de não ter tido oportunidade de aceder a um bom livro de cozinha da época. Contei-lhe, por isso, sobre quem tinha recaído a minha escolha no já alargado leque de chefs britânicos com receitas publicadas: Mr. Jamie Oliver.

 

A receita que fiz para Miss Austen tem, pois, a assinatura deste irreverente chef: Costeletas de porco com tomilho, limão e pesto*.

 

Ingredientes:

1 mancheia de tomilho, escolhido

sala e pimenta-preta acabada de moer

1 dente de alho

raspa e sumo de 1 limão

1 colher de sopa de azeite

4 costeletas de porco com dois ossos

pesto de noz a gosto 

 

Preparação:

Num almofariz, triturar ou picar finamente o tomilho com uma colher de chá de sal. Quando estiver em polpa, juntar o alho e uma colher de chá de pimenta-preta. Voltar a triturar. Misturar o sumo de limão, a raspa e o azeite. Esfregar as costeletas com esta mistura e deixar repousar durante 10 minutos.

 

Colocar as costeletas numa grelha bem quente e deixar dourar, mas sem queimar, por aproximadamente 8 minutos em lume médio. Não devem cozinhar demais para não secarem. Depois de cozinhadas, deixar repousar durante alguns minutos. Deitar pesto a gosto sobre as costeletas.

 

Servir com puré de batata simples ou com cebolinho (irlandês) e uma salada verde.

 

Para o pesto*:

1/4 de alho picado

3 mancheias de manjericão fresco, escolhido

1 mancheia de pinhões levemente tostados (ou nozes)

1 mancheia de queijo parmesão ralado

azeite virgem extra

sal e pimenta-preta acabada de moer

um pouco de sumo de limão (opcional)

 

Colocar o alho num almofariz e esmagar juntamente com o manjericão fresco até obter uma pasta. Juntar os pinhões tostados e arrefecidos e esmagá-los também. Deite a mistura numa tigela e junte metade do parmesão. Mexa e junte o azeite, apenas o suficiente para fundir o molho - deve ficar firme.

 

Prove e junte um pouco de sal e pimenta a gosto. Pode adicionar um pouco de sumo de limão se desejar, sem esquecer que as costeletas já têm este sumo no seu tempero.

 

 

A temperatura estava agradável e lembrando-me  que Miss Austen apreciava o ar livre, resolvi colocar a mesa no terraço. Conversámos animadamente. De tal forma que me esqueci do meu nervosismo.

 

Quando chegou a hora da sobremesa, servi um chá de menta com uma fatia de bolo de chocolate com morangos, que foi do agrado da minha convidada. Já era tarde quando o portal do tempo nos alertou. Era hora de terminar a nossa refeição e a nossa agradável conversa. Marcámos outro encontro à volta da mesa, da vida e dos personagens que povoam as suas histórias. Talvez em Hampshire, disse-me. Talvez!... - respondi-lhe com um sorriso.

 

 

(*Receitas retiradas do livro "Na cozinha com Jamie Oliver", da editora Civilização, 2.ª reimpressão, 2007)