Depois de meses de espera e expectativa, a BBC revelou finalmente o trailer da adaptação do livro de P.D. James. A série será dividida em três partes e a primeira será emitida no dia 26 de Dezembro na BBC. Ficamos na expectativa que algum canal português emita a série posteriormente.
Sabemos como fazem falta mais séries de época na nossa TV. Uma boa parte da produção da BBC nunca chega cá. Há claro a hipótese de se comprar em dvd. Mas sem se saber o que comprar é sempre mais complicado. Por isso, deixo-vos aqui um artigo publicado há cerca de uma semana no blogue de séries TV Dependente. O artigo em questão foi escrito pela Patricia "Patxi" Rosa, blogger convidada.
Baseada na aclamadíssima obra de Sebastian Faulks, O canto dos pássaros (ou Birdsong no original), esta adaptação da BBC é digna de registo, muito emocional e bem construída. Não sei se foge muito à obra original dado que, lamentavelmente, possuo a obra mas nunca a li. Uma situação que será logo, logo remediada; ou não tivesse eu ficado completamente apaixonada pela história.
A história desenrola-se entre 1910 e 1918, altura em que termina a Primeira Guerra Mundial. No início conhecemos Stephen Wraysford, um inglês que se encontra a passar uma temporada em Amiens (França), a fim de observar junto da família Azaire o negócio de texteis desta, sobretudo no sentido de perceber o processo de fabrico. Durante essa fase, apaixona-se pela jovem esposa do industrial Renné Azaire, Isabelle, oito anos mais velha, com quem vai manter um romance intenso até que o marido dela descobre. Esta história e as suas consequências reais e emocionais é contada através das recordações de Stephen durante o tempo que permanece como oficial na Guerra.
Além da tempestuosa história de amor vivida entre Stephen e Isabelle, a série mostra-nos ainda as atrocidades vividas na Primeira Grande Guerra, o medo e a coragem dos soldados e a camaradagem existente entre eles. Há partes que chegam mesmo a ser demasiado emocionais e outras impróprias para personalidades mais susceptíveis ao sofrimento humano.
Relativamente à obra literária, Birdsong é parte de uma trilogia de romances de Sebastian Faulks que inclui The Girl at the Lion d'or e Charlotte Gray, todos ligados através da localização, história e vários personagens secundários. Enquanto que a maior parte do romance se concentra na vida de Stephen antes e depois da Guerra, foca também a vida da sua neta, Elizabeth, e as suas tentativas para descobrir mais sobre o avô e as suas vivências de guerra. Segundo a Wikipédia, a história divide-se em sete partes com uma estrutura episódica que cobrem três diferentes períodos de tempo: o antes, durante e depois da guerra.
A série aconselho sem ponta de dúvida. O livro, a julgar pelas minhas experiências literárias, será ainda melhor. Quando o terminar de ler, logo expressarei a minha opinião.
Relembro a todos os interessados que a série South Riding estreia hoje na RTP2 às 22h35m. Aqui fica a sipnose retirada do site da RTP2:
South Riding é mais uma notável adaptação Andrew Davies do romance de Winifred Holtby. É uma história sobre a vida, o amor e a política na paisagem de uma pequena comunidade da região de Yorkshire, nos anos 30 e que tem ecos na atualidade. A atriz Anna Maxwell Martin desempenha o papel de Sarah, uma mulher moderna, de ideias determinadas que volta a terra natal, South Riding, para ser professora no colégio local. Feminista, ambiciosa e apaixonada, Sarah vai mudar a escola e a comunidade, com as suas ideias de igualdade, liberdade e modernidade. South Riding é uma série romântica, cativante, forte, visualmente muito rica, com excelentes atores e uma reconstituição de época primorosa, no melhor que a BBC faz. Além de Ana Maxwell Martin que é uma atriz prodigiosa e protagonista de grandes séries, como Bleak House, South Riding conta com um grupo de personagens e atores excelentes, com destaque para David Morrissey, o proprietário rural da terra, par romântico de Sarah. O drama passa-se num momento de viragem na história da pequena comunidade e do mundo em geral.
A RTP2 vai estrear a 31 de Julho, às 22h30, a série South Riding. Apenas está mencionado na grelha de programação, não havendo qualquer informação adicional na página da RTP 2.
A série é da BBC e tem lugar no Yorkshire nos anos 30, onde uma nova professora chega com ideias avançadas para a altura. A série conta com Anna Maxwell Martin ( a Cassandra de Becoming Jane), David Morrissey ( Coronel Brandon, na mais recente adaptação de Sensibilidade e Bom Senso) e ainda Penelope Wilton, a Mrs Gardiner de Orgulho e Preconceito 2005.
Esta série adapta um livro de Winifred Holbty e a adaptação é feita por Andrew Davies, que no universo Austen dispensa apresentações.
Nunca vi a série em questão, mas qualquer série de época com estes créditos é sempre bem vinda. Se alguém já viu, por favor, manifeste a sua opinião nos comentários.
Vou ser sincera, apenas prestei alguma atenção a esta série porque entrava o nosso querido Capitão Wentworth, Rupert Penry-Jones. Confesso que gostei imenso da série, até porque é bastante divertida, pelo menos até determinada altura... chega a um ponto que se torna demasiado "cliché".
Richard Hannay, é um engenheiro mineiro que regressa a Londres depois de uma temporada nas colónias africanas. Completamente aborrecido pela vida social da metrópole, vê-se, repentinamente envolvido num grande mistério com Scudder, um agente secreto que o encarrega de guardar um bloco de notas com informações preciosas sobre as razões que poderiam levar a uma Grande Guerra (neste caso, a I Guerra Mundial). Hannay fica incumbido de entregar esse bloco de notas a um oficial de alta patente e na sua busca, vê-se envolvido nas situações mais caricatas...
Romola Garai protagoniza esta mini-série da BBC que adapta o livro de Michael Faber, com o mesmo nome e não editado entre nós. Outras caras conhecidas do universo Austen fazem também parte do elenco, Amanda Hale, a Mary Musgroove em Persuasão 2007, Mark Gatiss, John Dashwood em Sensibilidade e Bom Senso 2008 e ainda Blake Ritson, que foi o Edmund Betram e o Mr. Elton, em o Parque de Mansfield, 2007 e em Emma 2009, respectivamente. E para aqueles que são fãs da série Ficheiros Secretos, há também a participação de Gillian Anderson, como Mrs. Castaway.
Na Inglaterra victoriana, Sugar (Romola Garai) é uma prostituta cuja vida muda ao conhecer William Rackman, filho de um importante homem de negócios. Rackman ambiciona uma carreira literária e revela pouco ou nenhum interesse pelos negócios, o que leva o pai a cortar-lhe a mesada. Numa noite, Rackman conhece Sugar e a partir daqui tudo muda na sua vida, após estar com ela, ele encontra uma renovada vontade de viver e começa interessar-se pelos negócios, alcançando sucesso nos mesmos. Sugar torna-se sua amante exclusiva abandonando o bordel de Mrs. Castaway.
É certo que a vida de Rackman se torna melhor com Sugar a seu lado, mas nem por isso mais fácil, ele é casado com Agnes (Amanda Hale) que sofre de problemas mentais, o seu irmão Henry (Mark Gatiss) tem sérias dúvidas do foro amoroso e o médico da mulher só pensa em interná-la, algo que ele não quer.
The Crimson Petal and the White, é uma série sombria tanto nos cenários que recria da época victoriana como nos temas que aborda, sendo muito vezes sufocante. Como dizem alguns comentários de pessoas mais entendidas a série mostra aquilo que os autores da época apenas afloravam e não se atreviam a escrever, talvez por isso possa chocar, nada é cor de rosa.
Creio que será correcto afirmar que esta série mistura um pouco de outros livros, A Dama das Camélias, por causa do tema da prostituição, Charles Dickens, pela pobreza e as ruas imundas de Londres e Jane Eyre pelo tema da loucura e certas ideias de femininismo...
Não diria que é uma daquelas séries a não perder, porque é daquelas em que precisamos de ter estomago para aguentar a crueza de certas cenas, mas para quem estiver disposto vale a pena ver, Romola Garai e o resto do elenco não desiludem são todos excelentes, assim como o enredo que está cheio de surpresas.
Que gosto de série, extremamente divertida. No início tudo me pareceu um grupo de senhoras maduras em busca de cusquices que alimentassem o vazio das suas vidas, mas aos poucos o "gossip" de Cranford transformou-se numa excelente companhia e mostrou-se uma história muito mais densa e profunda do que aquilo que tão erradamente esperava.
Cranford baseia-se na obra homónima de Elizabeth Gaskell - foi curioso encontrar muitos pontos comuns com outra adaptação da obra desta autora (Wives and Daughters) como por exemplo, a ênfase dada aos médicos, a existência de duas irmãs solteironas... - está dividida em cinco episódios. Basicamente, Cranford é uma pequena aldeia inglesa dos inícios de 1840 repleta de mulheres de meia idade umas solteiras outras viúvas que possuem uma certa tendência para as cusquices e uma certa aversão a tudo quanto vai contra certos costumes e tradições - Deborah Jenkyns é o claro exemplo disso. A história inicia-se com a chegada de uma visitante a casa das irmãs Jenkyns, Mary Smith que foge das "garras casamenteiras - é uma personagem curiosa, que inicialmente julgamos ser a grande heroína que se apaixona pelo "principe" perfeito, mas não, pelo contrário, Mary não tem desejos de casar, no entanto, é das personagens cruciais ao longo da história, e muito sensata. Na mesma altura, chega também um novo e jovem médico que vai atrair as atenções da aldeia e de muitas solteiras e viúvas, algo que lhe vai criar uma série de mal entendidos também. A série relata também a mudança dos tempos, a chegada do comboio a Cranford, a ideia da educação para todos independentemente da classe, uma certa emancipação da mulher (muito bem retratada com Miss Galindo e Miss Mary Smith).
Há ainda uma sequela, baseada na obra de Gaskell mas já não da sua autoria, chamada Return to Cranford, que espero ver dentro em breve.