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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Glorious 39 no Fantasporto

 

 

Glorious 39 é um filme protagonizado por Romola Garai e que conta ainda em papéis secundários com a participação de Hugh Boneville e Jeremy Northam. O filme fará a sua estreia entre nós no Fantasporto, no dia 27 de Fevereiro, às 21h.

Como é hábito o Fantas decorre no Teatro Rivoli. Eis a sipnose que consta do site oficial:

 

Um drama histórico com o carimbo de qualidade da BBC Films, um épico que antecede uma das grandes guerras com um elenco de luxo. Romola Garai (“Expiação”, “Dirty Dancing 2”) é a protagonista. A seu lado estão o veterano Christopher Lee (“Drácula”, “O Senhor dos Anéis”, “Star Wars”), Bill Nighty (“O amor Acontece”, “Harry Potter”) e David Tennant (“Doctor Who”, série tv), entre muitos outros. No Verão de 1939, Anne, uma actriz de algum sucesso e seguidora da aristocracia da época, é apanhada na conspiração silenciosa que irá desaguar na Segunda Guerra Mundial.

 

 

 

The Hour estreia na Foxlife

 

A nossa querida Romola Garai está de volta aos nossos ecrãs desta vez como protagonista na série "The Hour". No dia 19 de Dezembro sintonizem a Foxlife para ver. Aqui fica o link para mais informações sobre a série: The Hour

 

 

A série conta ainda com a Anna Chancellor, a Miss Bingley de Orgulho e Preconceito 1995 e Juliet Stevenson que interpretou a Mrs Elton na versão de Emma protoganizada por Gwyneth Paltrow.

 

Eu já vi esta série e só posso aconselhar. Aqui fica um pequeno trailer:

 

 

 

Melhor escolha feminina das adaptações

  • Romola Garai/Emma 

  • Kate Winslet/Marianne

 

A minha primeira escolha é Romola Garai como Emma na adaptação de 2009. Ela interpretou a "Emma" que a escrita de Jane Austen trouxe à minha mente; quase como dizer que ela é o corpo da Emma que idealizei. Representa o papel de jovem mimada na perfeição, sendo ao mesmo tempo imatura e altiva. As discussões entre ela e Knightley estão brilhantemente interpretadas e a mim, convencem-me. Adoro as expressões que faz ao longo da série, são tão esclarecedoras que ela mal precisa de falar e fazem-me rir, e muito!

 

A minha segunda escolha é Kate Winslet no papel de Marianne. Já vi três adaptações e em todas elas gostei das actrizes que fizeram de Marianne, mas Kate Winslet, não sei, tem um toque "austeniano", com ela sou transportada para Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen. Consegue passar para a tela a enorme paixão de Marianne, a enorme fonte de vida que está dentro dela e todas as suas contradições. Gostei muito de Charity Wakefield da versão de 2008, mas faltou-lhe um certo "brilho", um certo "quê" no olhar que transborda de vida e paixão, Kate Winslet dá-nos isso, esse brilho da juventude no olhar. 

as várias faces em Emma | Emma Woodhouse

 

 

As últimas três produções inspiradas em Emma são as de 1996 (miramax), 1997(itv) e 2009(bbc). Dentre as três, o meu coração tem predilecção por uma em específico: a de 1996, dirigida por Douglas McGrath. Mas reconheço que há personagens que estão melhor desenvolvidos nas outras duas produções. 

 

Estas três actrizes deram vida e alma à Emma. A minha preferida - e sei que poucas concordarão comigo - é Gwyneth Paltrow simplesmente porque corresponde à imagem que faço de Emma. A que menos gosto é Kate Beckinsale porque a acho demasiado séria. Já Romola, apesar de ser uma boa actriz, não me convence totalmente. 

 

Qual é a vossa predilecta?

The Crimson Petal and the White

Romola Garai protagoniza esta mini-série da BBC que adapta o livro de Michael Faber, com o mesmo nome e não editado entre nós. Outras caras conhecidas do universo Austen fazem também parte do elenco, Amanda Hale, a Mary Musgroove em Persuasão 2007, Mark Gatiss, John Dashwood em Sensibilidade e Bom Senso 2008 e ainda Blake Ritson, que foi o Edmund Betram e o Mr. Elton, em o Parque de Mansfield, 2007 e em Emma 2009, respectivamente. E para aqueles que são fãs da série Ficheiros Secretos, há também a participação de Gillian Anderson, como Mrs. Castaway.

 

Na Inglaterra victoriana, Sugar (Romola Garai) é uma prostituta cuja vida muda ao conhecer William Rackman, filho de um importante homem de negócios. Rackman ambiciona uma carreira literária e revela pouco ou nenhum interesse pelos negócios, o que leva o pai a cortar-lhe a mesada. Numa noite, Rackman conhece Sugar e a partir daqui tudo muda na sua vida, após estar com ela, ele encontra uma renovada vontade de viver e começa interessar-se pelos negócios, alcançando sucesso nos mesmos. Sugar torna-se sua amante exclusiva abandonando o bordel de Mrs. Castaway.

É certo que a vida de Rackman se torna melhor com Sugar a seu lado, mas nem por isso mais fácil, ele é casado com Agnes (Amanda Hale) que sofre de problemas mentais, o seu irmão Henry (Mark Gatiss) tem sérias dúvidas do foro amoroso e o médico da mulher só pensa em interná-la, algo que ele não quer.

 

The Crimson Petal and the White, é uma série sombria tanto nos cenários que recria da época victoriana como nos temas que aborda, sendo muito vezes sufocante. Como dizem alguns comentários de pessoas mais entendidas a série mostra aquilo que os autores da época apenas afloravam e não se atreviam a escrever, talvez por isso possa chocar, nada é cor de rosa.

 

Creio que será correcto afirmar que esta série mistura um pouco de outros livros, A Dama das Camélias, por causa do tema da prostituição, Charles Dickens, pela pobreza e as ruas imundas de Londres e Jane Eyre pelo tema da loucura e certas ideias de femininismo...

 

Não diria que é uma daquelas séries a não perder, porque é daquelas em que precisamos de ter estomago para aguentar a crueza de certas cenas, mas para quem estiver disposto vale a pena ver, Romola Garai e o resto do elenco não desiludem são todos excelentes, assim como o enredo que está cheio de surpresas.

 

Amazing Grace (2006) #2

 

 

 

Uma pessoa amiga havia recomendado que eu visse este filme. Tinha a certeza de que eu iria gostar. Não é um mistério que eu aprecio literatura de fundo histórico e de época, bem como filmes na mesma linha. Contudo, eu sempre faço uma pesquisa prévia daquilo que vou assistir. As opiniões sobre este filme não eram muito favoráveis e, com franqueza, embora eu tenha ouvido falar dele, não me lembro sequer dele estar presente nas salas de cinema. É possível que tenha estado mas, provavelmente, não teve impacto.

O que é um absurdo.

O filme é excelente. E ser excelente não é pouco.

Comecemos pelo tema. Em traços gerais, trata-se da história de William Wilberforce, que lutou pela causa da abolição da escravatura, no Reino Unido, entre o fim do século XVIII e início do século XIX. Através da carreira parlamentar assumiu esta causa abolicionista perseguindo uma aprovação através da lei. O que vemos no filme é este percurso. Por que o nome do filme é "Amazing Grace"? Porque - e eu não sabia disto, confesso - este hino tão apreciado e cantado em igrejas pelo mundo todo foi criado por John Newton. Este homem, John Newton, foi justamente um traficante de escravos que se arrependeu da sua conduta e se converteu. Ele teve influência na vida e na forma de actuar de William Wilberforce.

O filme tem a assinatura de Michael Apted. É Ioan Gruffudd quem interpreta William Wilberforce. Ele é mais conhecido pelos filmes do "Quarteto Fantástico", mas sinceramente é em filmes destes que se vê qualidade da sua interpretação. Mas este filme possui uma série de actores excelentes: Michael Gambon, Albert Finney, Rufus Sewel, Ciarán Hinds, (a querida) Romola Garai, entre outros.

Tenho de destacar a interpretação destes dois primeiros veteranos que enunciei. A interpretação de Michael Gambon é impecável e o discurso que faz no final do filme é de arrepiar. Por seu lado, Albert Finney que interpreta John Newton é, de igual forma, impecável. A sua angústia de se sentir culpado e pecador é algo palpável; e a sua alegria na redenção também. Há um diálogo, quase na parte final do filme entre William Wilberforce (Ioan Gruffudd) e John Newton (Albert Finney) que não resisto em transcrever:

 

John Newton: Although my memory's fading, I remember two things very clearly. I'm a great sinner and Christ is a great Savior.

(...)

John Newton: [reciting his song] "I once was blind but now I see". Didn't I write that?
William Wilberforce: Yes, you did.

John Newton: Now at last it's true.

 

Para mim, assistir este filme foi uma experiência arrebatadora. Aprecio este tipo de narrativa. Aprecio boas interpretações. Aprecio descrições da luta contra injustiça social. Aprecio ver pessoas nobres que lutam por causas nobres. Aprecio pessoas de convicções. Sobretudo, aprecio ver em tudo isto o reflexo da fé no amor de Deus como transformador de vidas.

 

Por todas estas razões, recomendo "Amazing Grace".