Script de Persuasão (2007)
Para quem, ao contrário de mim, ainda não decorou os diálogos desta maravilhosa adaptação de Persuasão (2007) com Sally Hawkis e Rupert Penry-Jones.
http://perioddrama.com/FilmScripts/Persuasion%202007%20Script%20.pdf
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Para quem, ao contrário de mim, ainda não decorou os diálogos desta maravilhosa adaptação de Persuasão (2007) com Sally Hawkis e Rupert Penry-Jones.
http://perioddrama.com/FilmScripts/Persuasion%202007%20Script%20.pdf
Começo pelos tópicos cuja resposta encontrei sem hesitar...
Sem dúvida nenhuma: O Baile em Netherfield, “O&P” 2005. Desde o início ao fim. Há uma dinâmica a envolver os personagens, em que seguimos a câmera como se fosse o olhar de uma pessoa também a caminhar no baile. Durante este percurso acompanhamos os personagens e a sua conduta. É, talvez, a altura em Elizabeth dá-se conta de uma certa falta de bons modos da sua família. Depois segue-se a sequência em que Elizabeth e Darcy dançam a esgrimar palavras e olhares como se estivessem completamente a sós no salão do baile. Pessoalmente, acho perfeito. Impecável.
(imagem retirada daqui)
A banda sonora e a fotografia de um filme/série são dois tópicos que eu valorizo muito. Na minha preferência pessoal, a banda sonora de Sensibilidade e Bom Senso 1995 é algo de extremamente especial. Acho-a lindíssima e perfeita. Para além da direcção, interpretações e fotografia impecáveis, questiono-me - muitas vezes - se este filme seria tão especial caso a banda sonora fosse outra. Apesar de tudo isto, também tenho de referir outro nome: Martin Phipps, nos casos específicos de Sensibilidade e Bom Senso 2008 e de Persuasão 2007. Martin Phipps é, a meu ver, genial. O primeiro trabalho que me recordo dele foi o North & South, cuja banda sonora também acho formidável. Ele faz com que a música se torne quase que uma extensão da personalidade dos personagens.
Destaco Moonlight Sonata de Beethoven, uma constante nas cenas de melancolia de Anne Elliot:
Tenho muitas, na realidade. Mas tenho de destacar esta pois vi-a vezes sem conta e não posso deixar de achar esta sequência de imagens finais de"Persuasão" (2007) muito apelativa e bonita.
PERSONAGENS
HISTÓRIA DE ANNE
MARY MUSGROVE
ELIZABETH ELLIOT
CAPITÃO WENTWORTH
Eu sou uma grande fã da versão de 2007 e acho que, no geral, as interpretações são mais conseguidas, no entanto, considero as cenas em casa dos Musgroves da versão de 1995 excelentes e aprecio o facto de ser uma versão fiel à obra, e vocês?
Gostava de conhecer a vossa opinião sobre qual a cena de Persuasão 2007 que mais vos "toca" ao coração. Deixo aqui três hipóteses!
1. Packing
2. Is he married
3. Uppercross
4. Preparing for dinner
5. The worst is over
6. Moonlight Sonata
7. It is nothing
8. Persuasion
9. Not long
10. And yet
11. Louisa
12. To Bath
13. Unguarded
14. Bells at Uppercross
15. A proposal
16. Chance meeting
17. Dispair
18. Utterly misinformed
19. Minded to accept
20. Your wedding present
21. Title Theme
22. Title Track
23. Jane Austen Season Trailer Music
Adoro esta sequência em que Anne afirma ao Capitão Wentworth que não tem qualquer compromisso com Mr. Elliot, em que ela lê a carta de Frederick e quando o reencontra na rua. Confesso que chego a sentir a tontura e o quase desespero com que Anne percorre as ruas da Bath a tentar encontrar o Capitão Wentworth antes que ele desapareça. Como se fosse uma segunda oportunidade que ela não podia permitir que lhe escapasse entre os dedos. Confirmo que, afinal, Anne não é tão submissa e de tão fácil persuasão, porque contra todas as expectativas ela foi em busca da sua felicidade.
Quando Anne o encontra, as vozes à sua volta desaparecem e tudo parece parar no tempo. Parece que só existem eles dois no mundo. Parece que o tempo e a espera dissiparam todo o sofrimento e fez surgir a esperança do sentimento afirmado.
Ela remou contra a maré.
Até hoje ainda só consegui assistir a versão de 1995 e a de 2007 de Persuasão. Apesar de saber que a preferência geral vai para a versão de 1995, eu remo contra a maré: gosto mais da versão de 2007.
Do meu ponto de vista, Sally Hawkins consegue criar uma Anne Elliot completa. Ela consegue transmitir a resignação, a tristeza, a solidão da personagem num só olhar. Para além disso, ela personifica a doçura e a suavidade de carácter de Anne. De igual forma, Sir Walter Elliot e Miss Elizabeth Elliot parecem-me ser melhor retratados nesta versão, principalmente no que diz respeito à frieza e ao egocentrismo que os caracterizam.
Eu sei que neste filme de 2007 algumas cenas afastam-se da obra literária em si mas, confesso, que esta versão fala mais ao meu coração. O desenho dos personagens, a fotografia, o guarda-roupa e a banda sonora criam na minha mente todo o cenário e percurso da nossa heroína. Se repararem, o filme tem uma tonalidade sombria e cinzenta; aspecto que é muito criticado sobre este filme. Mas esta subtileza ressalta e reforça como era a vida de Anne e de Frederick separados: fria, cinzenta e triste. Um detalhe acrescentado à história que a enriquece são os momentos em que Anne Elliot aparece a escrever numa espécie de diário. Se, por um lado, permite que se conheça os pensamentos e sentimentos de Anne; por outro lado, leva-nos a identificar Anne Elliot como a própria Jane Austen. Entenda-se que a minha afirmação resulta da minha opinião e interpretação pessoal.