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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Última Chamada para o Clube de Leitura no Porto!

Esta é a última chamada para todos os nossos leitores que residem na area do Porto. No próximo domingo esperamos por todos na Livraria Bertrand do Dolce Vita! Com a chuva das últimas semanas tem sabido bem sentar-me a ver as várias adaptações de Orgulho e Preconceito, como sabem esse será o nosso tema. Portanto, se quiserem se juntar a nós, só precisam de aparecer no Dolce Vita, por volta das 15h30m. Até lá deixo-vos aqui dois clips que comparam duas cenas importantes de Orgulho e Preconceito, a conversa em Nettherfield sobre as mulheres prendadas e a visita da Lady Catherine a Longbourn. Os clips são das adaptações de 1940,1995 e 2005.

 

Visita de Lady Catherine, cliquem no link porque não dá para incorporar

 

 
 
 
 

 

Casting Mr Darcy

Li recentemente numa entrevista antiga da Keira Knightley (Elizabeth Bennet na versão cinematográfica de 2005 de Orgulho e Preconceito) que o Matthew MacFadyen foi escolhido para o papel de Mr Darcy depois de ter representado, nas audições, aquela cena maravilhosa da proposta de casamento à chuva.

 

"Representei essa cena com todos os actores que concorreram para o papel de Mr Darcy" - disse Keira que foi escolhida para o papel antes de saberem quem faria o principal papel masculina desta obra de Jane Austen - "A forma como Matthew e eu interagimos nessa cena não estava no guião. No entanto, pareceu-nos correcto. Deixamo-nos levar quase inconscientemente, e muito rapidamente fizemos a cena. Estavamos literalmente com os rostos colados. E, quando parecia que um beijo ia sair, ambos nos afastámos um do outro, sem que antes tivessemos combinado".

 

Keira refere ainda que, depois desta audição, houve um completo silêncio na sala, tal foi a empatia percebida entre os dois actores.

 

Matthew MacFadyen foi escolhido para o papel de Fitzwilliam Darcy, senhor de Pemberley, logo depois.

 

É uma das minhas cenas favoritas de Orgulho e Preconceito (2005) apesar de não ser fiel à obra original.

 

Pior Escolha feminina nas adaptações

Rosamund Pike como Jane Bennet em Orgulho e Preconceito 2005. Eu já vi a Rosamund noutros papéis e gosto dela. No entanto, aqui acho que ficou bastante aquém daquilo que eu esperava ver enquanto Jane. Certo que a personagem é tímida e não é dada a grandes efusões, mas aqui pareceu-me muito mais apagada do que seria desejável, passando mesmo despercebida. Sem dúvida que Orgulho e Preconceito se centra mais na sua irmã Elizabeth mas nesta adaptação ela quase que se eclipsa e muito raramente nos apercebemos que ela está lá.

Confissão de amor preferida das adaptações

Como nos livros a minha confissão de amor preferida é a segunda declaração do Darcy, embora eu prefira a adaptação de 1995, é na de 2005 que esta cena está melhor. Gosto da forma como a cena foi filmada, ao amanhecer, aquele encontro no campo, as palavras dele e dela embora infiel à obra, há muito mais sentimento, mais borboletas na barriga, enfim toda a cena é lindíssima.

 

 

Preferências nas Adaptações da obra de Jane Austen

Adaptação preferida 

 

A minha adaptação preferida da obra de Jane Austen é “Orgulho e Preconceito” de 1995. A série produzida pela BBC é muito bem feita e retrata a história de nossa Lizzy e Mr. Darcy de forma primorosa e emocionante. É tão bom acompanhar o desenrolar da história com os diálogos idênticos aos do livro! Lindo! Até a cena do banho de Colin Firth no lago, que muitos criticam por ser uma ousadia do roteirista, é perdoável. Afinal, quem não suspira com aquela cena!

 

Adaptação menos preferida

 

Eu devo ser sincera e destacar que não assisti todas as adaptações realizadas a partir da obra de Jane Austen, por isso a minha avaliação não vai ser justa com todas. Mas, eu não gostei de “Mansfield Park” de 2007, principalmente, devido à atriz (Billie Piper) que interpreta Fanny Price. Apesar da boa interpretação, a atriz não possui as características físicas de Fanny, é tão diferente e destoante. Eu fiquei irritada com esta falta de zelo e preciosismo com o livro e acabei não me deixando envolver pelas emoções que a adaptação se propõe a despertar.

 

Melhor escolha feminina das adaptações 

 

Eu aprecio muito a atuação de Keira Knightley em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Eu sempre imaginei Elisabeth Bennet com aquele olhar misterioso e carregado de significados que a atriz empresta a personagem. Adoro!

 

 

 

Pior Escolha feminina nas adaptações

 

Sinceramente, eu fiquei tão surpresa com a escolha da atriz (Toni Collete) que interpretou Harriet Smith em “Emma” (1996), como assim? O que ela tem em comum com a personagem? Em minha opinião: nada! Péssima escolha, pois a atriz é mais velha, madura e com muita presença de cena. Muito diferente da descrição que Jane Austen faz de Harriet ou pelo menos da que imaginei!

 

Melhor Escolha masculina das adaptações

 

Colin Firth como Mr. Darcy em “Orgulho e Preconceito” de 1995. Perfeito! Seus olhares apaixonados para Elisabeth são dignos de um Oscar de tão intensos e verdadeiros. Lindo! O Mr. Darcy dos meus sonhos!

 

 

Pior Escolha masculina nas adaptações

 

Eu não gosto nenhum pouco da escolha de Hugh Grant para o papel de Edward Ferrars em “Razão e Sensibilidade” de 1995 e eu observei que não sou a única. Eu imagino Edward um rapaz tímido, gentil e cavalheiro, mas Hugh Grant me passa a imagem de um sedutor nato, bonito demais para o personagem!

 

Momento preferido dos filmes

 

A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Melhor casting de personagem secundário

 

Os atores escolhidos para interpretar a família Bennet em “Orgulho e Preconceito” de 2005 e 1995. São ótimos, admiro e me divirto com todos! Principalmente, com as Mrs. Bennet e Mr. Collins.

 

 

Confissão de amor preferida das adaptações

Foi repetir meu argumento do tópico “Momento preferido dos filmes”:  A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Top Jane Austen - quinta parte

Começo pelos tópicos cuja resposta encontrei sem hesitar...

 

Sem dúvida nenhuma: O Baile em Netherfield, “O&P” 2005. Desde o início ao fim. Há uma dinâmica a envolver os personagens, em que seguimos a câmera como se fosse o olhar de uma pessoa também a caminhar no baile. Durante este percurso acompanhamos os personagens e a sua conduta. É, talvez, a altura em Elizabeth dá-se conta de uma certa falta de bons modos da sua família. Depois segue-se a sequência em que Elizabeth e Darcy dançam a esgrimar palavras e olhares como se estivessem completamente a sós no salão do baile. Pessoalmente, acho perfeito. Impecável.

 (imagem retirada daqui)

A banda sonora e a fotografia de um filme/série são dois tópicos que eu valorizo muito. Na minha preferência pessoal, a banda sonora de Sensibilidade e Bom Senso 1995 é algo de extremamente especial. Acho-a lindíssima e perfeita. Para além da direcção, interpretações e fotografia impecáveis, questiono-me - muitas vezes - se este filme seria tão especial caso a banda sonora fosse outra. Apesar de tudo isto, também tenho de referir outro nome: Martin Phipps, nos casos específicos de Sensibilidade e Bom Senso 2008 e de Persuasão 2007. Martin Phipps é, a meu ver, genial. O primeiro trabalho que me recordo dele foi o North & South, cuja banda sonora também acho formidável. Ele faz com que a música se torne quase que uma extensão da personalidade dos personagens.

 

Destaco Moonlight Sonata de Beethoven, uma constante nas cenas de melancolia de Anne Elliot: