Maria Edgeworth - Uma das Novelistas Preferidas de Austen
Título Original: Maria Edgeworth - One of Jane Austen's Favourite Novelist
Retirado do site: Austen Prose
Traduzido e Adaptado por Clara Ferreira
Maria Edgeworth (1767-1849) foi uma escritora Anglo-Irlandesa, lembrada pelas Janeites por ser uma das escritoras preferidas de Jane Austen e por ter sido uma das pessoas a quem Jane Austen enviou uma cópia de Emma em 1816, que Edgeworth leu, não percebeu nem apreciou. "Não há história alguma" escreveu Edgeworth a uma amiga, sendo que nunca deu conhecimento da recepção ou agradeu à autora por lhe enviar uma cópia antes da publicação.
Previamente, Austen havia-lhe prestado homenagem (a Edgeworth) eleogiando o seu talento e mencionando-a juntamente com outra famosa novelista da época, na sua "Defesa do Romance" numa passagem em "A Abadia de Northanger".
No tempo de Jane Austen, os romances eram considerados baixa literatura e não eram levados a sério pelos criticos e sociedade em geral. Ao mencionar Cecilia: or Memoirsof an Heiress (1782) e Camila: Or, A Picture of Youth (1796) de Frances Burney e Belinda (1801) de Maria Edgeworth, Austen defende, ironicamente, a escrita e leitura dos romances, num misto de paródia gótica.
Quando se lê Edgeworth, reparamos que ela segue uma perspectiva diferente de Austen em relação aos seus personagens, falando de certas áreas que Austen escolheu nunca fazer: política, religião e imobilidade social. A reacção de Edgeworth ao quotidiano de Highbury, deve tê-la aborrecido de morte para ela poder fazer tal comentário e exemplifica quão progressista Austen era e quão avançada era a sua escrita.