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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Curiosidades

Hoje dei conta de um pormenor que partilho aqui convosco. Na adaptação de 1996 de Emma, com Gwyneth Paltrow, sempre me perguntei onde teriam ido buscar a ideia de colocar Emma a lançar o arco - numa cena em que ela e M. Knightley discutem a propósito da recusa de Miss Smith à proposta de casamento de Mr. Martin. Julguei, desde então, que seria provável que fosse uma atividade comum na época - mas hoje encontrei outra possível inspiração, refiro-me à cena de Orgulho e Preconceito 1940 que é bastante semelhante. Vejam por vocês!

 

(Jane Austen Daily)

The Hour estreia na Foxlife

 

A nossa querida Romola Garai está de volta aos nossos ecrãs desta vez como protagonista na série "The Hour". No dia 19 de Dezembro sintonizem a Foxlife para ver. Aqui fica o link para mais informações sobre a série: The Hour

 

 

A série conta ainda com a Anna Chancellor, a Miss Bingley de Orgulho e Preconceito 1995 e Juliet Stevenson que interpretou a Mrs Elton na versão de Emma protoganizada por Gwyneth Paltrow.

 

Eu já vi esta série e só posso aconselhar. Aqui fica um pequeno trailer:

 

 

 

Preferências nas Adaptações da obra de Jane Austen

Adaptação preferida 

 

A minha adaptação preferida da obra de Jane Austen é “Orgulho e Preconceito” de 1995. A série produzida pela BBC é muito bem feita e retrata a história de nossa Lizzy e Mr. Darcy de forma primorosa e emocionante. É tão bom acompanhar o desenrolar da história com os diálogos idênticos aos do livro! Lindo! Até a cena do banho de Colin Firth no lago, que muitos criticam por ser uma ousadia do roteirista, é perdoável. Afinal, quem não suspira com aquela cena!

 

Adaptação menos preferida

 

Eu devo ser sincera e destacar que não assisti todas as adaptações realizadas a partir da obra de Jane Austen, por isso a minha avaliação não vai ser justa com todas. Mas, eu não gostei de “Mansfield Park” de 2007, principalmente, devido à atriz (Billie Piper) que interpreta Fanny Price. Apesar da boa interpretação, a atriz não possui as características físicas de Fanny, é tão diferente e destoante. Eu fiquei irritada com esta falta de zelo e preciosismo com o livro e acabei não me deixando envolver pelas emoções que a adaptação se propõe a despertar.

 

Melhor escolha feminina das adaptações 

 

Eu aprecio muito a atuação de Keira Knightley em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Eu sempre imaginei Elisabeth Bennet com aquele olhar misterioso e carregado de significados que a atriz empresta a personagem. Adoro!

 

 

 

Pior Escolha feminina nas adaptações

 

Sinceramente, eu fiquei tão surpresa com a escolha da atriz (Toni Collete) que interpretou Harriet Smith em “Emma” (1996), como assim? O que ela tem em comum com a personagem? Em minha opinião: nada! Péssima escolha, pois a atriz é mais velha, madura e com muita presença de cena. Muito diferente da descrição que Jane Austen faz de Harriet ou pelo menos da que imaginei!

 

Melhor Escolha masculina das adaptações

 

Colin Firth como Mr. Darcy em “Orgulho e Preconceito” de 1995. Perfeito! Seus olhares apaixonados para Elisabeth são dignos de um Oscar de tão intensos e verdadeiros. Lindo! O Mr. Darcy dos meus sonhos!

 

 

Pior Escolha masculina nas adaptações

 

Eu não gosto nenhum pouco da escolha de Hugh Grant para o papel de Edward Ferrars em “Razão e Sensibilidade” de 1995 e eu observei que não sou a única. Eu imagino Edward um rapaz tímido, gentil e cavalheiro, mas Hugh Grant me passa a imagem de um sedutor nato, bonito demais para o personagem!

 

Momento preferido dos filmes

 

A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Melhor casting de personagem secundário

 

Os atores escolhidos para interpretar a família Bennet em “Orgulho e Preconceito” de 2005 e 1995. São ótimos, admiro e me divirto com todos! Principalmente, com as Mrs. Bennet e Mr. Collins.

 

 

Confissão de amor preferida das adaptações

Foi repetir meu argumento do tópico “Momento preferido dos filmes”:  A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Confissão de amor preferida das adaptações

  • Emma/Knightley 1996 

  • OP 2005

 

 

Embora afastando-se ligeiramente da escrita de Jane Austen,  a confissão de amor de Emma 1996 é adorável. Não só pela forma como Jeremy Northam interpreta (brilhantemente) Mr. Knightley, mas também pela reacção, tão bem conseguida de Gwenyeth Paltrow como Emma. Estes dois actores conseguem mostrar-nos, por um lado, um Knightley romântico, por outro, uma Emma aliviada e em êxtase, totalmente apaixonada. Esta proposta enternece-me e dou por mim a fazer "review" no botão do comando do dvd.

 

A cena da primeira proposta de Darcy na adaptação de 2005, embora utilizando um cenário diferente do dado por Jane Austen e exagerando o diálogo; alcança lindamente o objectivo, dando um tom dramático e poético que colocam o espectador ao rubro, com toda aquela revolta de Lizzie e naquele "quase beijo". Está muito bom mesmo!

as faces em Emma #13 | Mr. George Knightley

 

Começo por dizer o meu preferido dentre os três actores que deram vida ao Mr. Knightley: Jeremy Northam, versão 1996. 

 

Na interpretação de Mark Strong, versão 1997, predominou a faceta paternalista de Mr. Knightley. Ele surge, aos meus olhos, demasiadamente servero e sério.  No caso de Jonny Lee Miller - que é um actor de quem eu eu gosto bastante - eu não consigo ver nele Mr. Knightley. Quando digo isto, não estou sequer recriminar a actuação dele. É uma boa interpretação. Não sei explicar bem... As falas de Mr. Knightley têm um misto de firmeza com um certo humor. Ele tem um humor peculiar e, em relação à Emma, ele usa o seu humor para, muitas vezes, espicaçá-la. Algo que não encontrei em Jonny Lee Miller. Ele incorpora mais o lado racional de Mr. Knightley.

 

Com Jeremy Northam, eu confesso, não lhe consigo encontrar defeitos. Acho-o divinal. Acho-o a encarnação humana de Mr. Knightley. Ele conjuga o lado racional e disciplinador com o humor e a ironia. Aliás, penso que ele e Gwyneth Paltrow encarnam os dois o melhor casal Mr. Knightley/Emma, ambos transmitem muita química e a questão da diferença de idades é credível. Na versão 2009, penso que Romola e Jonny parecem ter a mesma idade, não se nota muito a diferença. E, finalmente, no casal 1997, Mark Strong e Kate Beckinsale, a diferença é demasiadamente acentuada. 

 

Jeremy Northam... yes indeed!

 

as faces em Emma #12 | Miss Bates

 

Eu devo confessar: eu gosto muito de Miss Bates. Não sei explicar bem o porquê. Será da sua condição socialmente frágil? Será da sua amabilidade? Será da sua solidão? Não sei... Esta é uma das personagens em que nas três versões foi desenvolvida de formas diferentes. Contrariamente ao que se poderia esperar de uma personagem aparentemente tão simples. Eu gosto muito dos desempenhos de ambas actrizes das versões de 1996 e de 2009. A primeira apostou no lado cômico e simples de Miss Bates, já a segunda actriz apostou numa leitura mais contida e séria. Acreditem, eu dou gargalhadas sonoras quando vejo a versão miramax, mas há algo que me fascina na Miss Bates da versão 2009. Tamsin Greig torna Miss Bates alguém que tem um sorriso mas sempre uma sombra. Enxergo-lhe muita solidão. Um dos momentos altos, na versão 2009, é protagonizado por ela: quando em Box Hill Emma ridiculariza-a à frente de todos. O olhar de mágoa e espanto dela é fabuloso. E, quando Emma procura-a o mesmo olhar de mágoa e espanto ganha o brilho do perdão. Ela é a minha preferida.

 

as faces em Emma #10 | Frank Churchill

Estes três senhores fizeram um belíssimo trabalho. Todos os três preenchem-me o imaginário do que seria o Mr. Frank Churchill. Todos os três são joviais, alegres e bonitos. Se me perguntarem dos três actores qual é o que eu mais gosto, eu direi sem pensar Ewan McGregor. Para mim, ele é excelente em tudo; mas, enquanto Mr. Churchill ele peca num aspecto: é extremamente bonzinho. Os outros dois actores, versão 1997 e 2009, captaram melhor a faceta manipuladora e o toque de malícia do personagem. Destes dois, acho que inclino pelo Raymond Coulthard (Emma 1997). Ele chega a ser maquiavélico...