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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Little Dorrit - tradução em português

Para as nossas leitoras que queiram ler a obra traduzida para português (caída em domínio público), fica aqui o link

A tradução não corresponde à obra integral, digamos que é uma obra resumida, mas que conta sucintamente - em cerca de 120 páginas - a história da Pequena Dorrit. Hoje em dia é muito difícil encontrar esta obra traduzida em português, há anos que não é feita qualquer reedição, e as que existem já não se encontram à venda - à exceção de alfarrabistas. Espero que desfrutem da leitura.

Vamos Editar os Clássicos - Números

Quando lancei a ideia às colegas do blogue e posteriormente comecei a fazer posts sobre este projecto nunca pensei que as votações seriam tão boas! Esperava conseguir pelo menos 100 votos, um número modesto mas realista e de certa forma baseado naquilo que vou percebendo serem os gostos literários de quem anda na blogosfera.

Contudo e para bem deste projecto temos neste momento 321 votos, com uma clara preferência para as Obras Inacabadas e Juventude de Jane Austen, seguido de North and South de Elizabeth Gaskell que foi inicialmente o mais votado.

Já há alguns dias que queria fazer um post e de certa forma agradecer a todos os que votaram.  A minha ideia era oferecer aos nossos leitores uma imagem ou um video pelo entusiasmo com que aderiram a esta ideia.

Hoje vi pela primeira vez o trailer para a mais recente adaptação de Charles Dickens e decidi que esse seria o meu "presente" para vocês. Se os trailers podem nos fazer querer ver um filme ou não nos entusiasmar, posso dizer-vos que este entusiasmou-me e muito! No Natal passado, a BBC deu-nos uma adaptação deste livro de Charles Dickens, mas parece-me que o filme vai ser muito melhor, é um bocado leviano julgar apenas pelo trailer, mas eu espero não estar errada :)

O filme estreará no Festival Internacional de Toronto no próximo mês e no Reino Unido mais lá para o fim do ano, ainda não há datas para Portugal... Esperemos que a espera seja curta.

 

 

Documentário sobre Great Expectations de Charles Dickens

Há algumas semanas deixei aqui um documentário sobre Orgulho e Preconceito. Ao explorar o canal do Youtube que tinha colocado o vídeo, encontrei este sobre o Great Expectations de Charles Dickens. A BBC emitiu, recentemente, uma mini-série que adapta este livro e que conta com a participação de Gillian Anderson. Este livro é considerado a obra prima de Dickens.

 

Explorem este canal e irão encontrar vários documentários sobre livros. aqui fica o link: Grandes Livros

 

 

 

Uma espécie de entrevista a Charles Dickens

O World Book Club é um programa de rádio de entrevistas a escritores. Este programa é diferente de outros do género, além da entrevistadora também o leitor/ouvinte é convidado a fazer perguntas. Além disso o programa foca-se apenas num livro do escritor convidado e não na sua obra e inclui a leitura de excertos do livro. Se derem uma vista de olhos no arquivo do programa irão ver que o espólio é grande e bastante atractivo, nomes importantes da Literatura como Doris Lessing, recentemente galardoada com o Prémio Nobel, Ian McEwn, o autor de Expiação e também Sebastian Faulks, cujo o livro Birdsong, objecto de uma adaptação recente para televisão, da qual a Sandra nos falou aqui foram já entrevistados no programa.

 

Como sabem este ano comemora-se o Bicentenário do Nascimento de Charles Dickens, na impossiblidade de uma entrevista o World Book Club, juntou vários especialistas de Dickens para conversarem sobre Great Expectations. A eles junta-se ainda o testemunho de alguns escritores sobre a influência de Dickens no seu trabalho. A leitura de excertos está a cargo de Simon Callow. Do painel de convidados faz parte Claire Tomalin que além da biografia de Dickens já escreveu uma da nossa Jane.

Outro trabalho de Claire Tomalin é The Invisible Woman, que se foca em Ellen Ternan, a mulher por quem Dickens se apaixonou e o motivo da sua separação da esposa. O livro está agora a ser adaptado para cinema e terá a realização de Ralph Fiennes, que também vestirá a pele de Dickens. A personagem de Ellen estará a cargo de Felicity Jones, Kristen Scott Thomas dará vida à mãe de Ellen. A última noticia de casting dizia que Tom Hollander iria ser Wilkie Collins, amigo de Dickens e também escritor, conhecido sobretudo pelo livro A Mulher de Branco.

O filme só deverá estrear em 2013, até lá ouçam o programa aqui.

Oliver! O Musical

Oliver Twist é uma das obras mais famosas de Charles Dickens, o rapazinho orfão que um dia se atreveu a pedir mais comida, tem apaixonado várias gerações de leitores. Muitos actores já deram vida a Oliver Twist já que este livro foi adaptado ao cinema e televisão diversas vezes, a mais conhecida adaptação é a que foi feita por Roman Polanski em 2005.

 

Contudo, as adaptações não se ficaram pela televisão e cinema e em 1960 surgia nos palcos de Londres um musical que pouco depois foi levado para o cinema e para a Broadway. Os anos passaram e o musical foi sendo reapresentado por várias vezes. Encontrei no Youtube este trailer para a produção de 2009.

 

 

Charles Dickens em Portugal

No passado dia 5 de Fevereiro, o programa Câmara Clara discutiu a obra e vida de Charles Dickens. Sendo uma grande fã de Dickens, embora conheça mais das adaptações do que as obras, fiquei deliciada com o programa, até porque houve uma curtíssima referência a Jane Austen!

 

Em Portugal, haverá uma exposição na Biblioteca Nacional de Portugal entitulada "Charles Dickens em Portugal" até 10 de Março.

 

Aconselho igualmente uma visita ao site Dickens 2012.

 

Charles Dickens: 200 anos depois

Adorei a imagem que o Google adoptou para celebrar o 200º aniversário do nascimento de Charles Dickens.

 

Nascido em Portsmouth a 07 de Fevereiro de 1812 e tendo falecido a 09 de Junho de 1870, Charles Dickens foi o mais popular dos romancistas britânicos da época vitoriana, primando pela fantasia nas suas obras e contribuindo, sobretudo, para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa.

 

Em 1832, sob o pseudónimo de Boz, Dickens começou a publicar crónicas humorísticas no jornal "Morning Chronicle", onde trabalhava como repórter. Esses textos foram mais tarde reunidos nos "Esboços feitos por Boz" e desde aí, o autor ganhou espaço no jornal para apresentar os capítulos de "As Aventuras do Sr. Pickwick", que estabeleceu o seu nome como escritor.

Imagem retirada daqui 

 

 

Muito vinculado às causas sociais, como a educação e a saúde dos pobres, o escritor preferia explorar temas políticos. E  apesar da sua feroz crítica às desigualdades sociais e a hipocrisia das instituições britânicas da época, Dickens jamais perdeu sua popularidade, facto que o consolidou como uma verdadeira instituição nacional do Reino Unido.

 

A maioria dos seus romances são ambientados na capital britânica, cidade que o escritor referia como a sua "lanterna mágica". Londres inspirava Dickens porque, em pleno século XIX, a cidade exaltava de maneira clara os desafios e as contradições da era moderna, já que enquanto apareciam as grandes invenções, também cresciam as desigualdades entre ricos e os pobres, um dos principais temas explorados pelo escritor.

 

Das suas obras mais conhecidas constam, entre muitos outros contos:

  • The Pickwick Papers (1836)
  • Oliver Twist (1837-1839)
  • Nicholas Nickleby (1838-1839)
  • The old Curiosity Shop (1840-1841)
  • Barnaby Rudge (1841)
  • A christmas Carol (1843)
  • The Chimes (1844)
  • The Cricket on the Hearth (1845)
  • The Battle for Life (1846)
  • Martin Chuzzlewit (1843-1844)
  • Dombey and son (1846-1848)
  • David Copperfield (1849-1850)
  • Bleak House (1852-1853)
  • Hard Times (1854)
  • Little Dorrit (1855-1857)
  • A Tale of Two Cities (1859)
  • Great Expectations (1860-1861)
  • Our Mutual Friend (1864-1865)
  • The Mystery of Edwin Drood (1870) - inacabado

Desafio: Actualmente, em Portugal poucas obras deste autor se encontram disponíveis ou publicadas. Por isso, se alguém conhecer ediçoes em português de Little Dorrit, Our Mutual Friend, Bleak House ou The Myster of Edwin Drood... por favor, deixe comentário.

 

Little Dorrit (2008)

 

Magnífica, brilhante, assombrosamente bem realizada e interpretada, é o sumário desta série de 14 episódios. Desejo ardentemente pegar rapidamente no livro e devorá-lo, embora acredite que tenha de esperar mais um bocadinho uma vez que a inevitável fase de exames vem a caminho e, consequentemente, Dezembro, Janeiro (e eventualmente Fevereiro) estão entregues ao estudo intensivo!

 

Mas falando da série. Estava muito difícil passar o 1º e 2º episódio, que fui vendo aos soluços ao longo de meses. No entanto, os restantes episódios foram devorados em três dias consecutivos. Little Dorrit, baseada na obra de Charles Dickens, conta-nos a história de uma pequena rapariga (Amy Dorrit) cujo pai está preso por dívidas na prisão de Marshalsea, onde ela nasceu e foi criada. Arthur Clennam, antigo negociante na China volta a Londres para entregar um misterioso relógio que o seu pai lhe pedira para levar à mãe no leito de morte. Este relógio dá-nos imensas dores de cabeça até ao último episódio, assim como uma pequena caixa cheia de documentos legais, cujo o significado só ficamos a conhecer nos dois últimos episódios. Encontra Little Dorrit a trabalhar para a mãe, trabalho que procurara para poder ser uma ajuda financeira para o pai enclausurado em Marshalsea. Surge em Arthur a ideia de que a sua família pode ser a causa da dívida que levou Mr. Dorrit à cadeia e por isso, procura ajudá-los o melhor que pode, encontrando em Amy uma amiga e confidente. Arthur e Amy são duas personagens semelhantes que partilham os mesmos valores, a mesma integridade, fidelidade e dedicação, é impossível não gostarmos deles.

 

A história desenrola-se com todas as graças e desgraças que sucedem à nossa pequena heroína, multiplicando personagens no decorrer da série todas elas deliciosas! Esta série tem duas grandes partes: Antes (Pobreza) e Depois (Riqueza), uma vez que acabamos por descobrir que Mr. Dorrit era herdeiro de uma grande fortuna, que o tornará, de um momento para o outro, riquíssimo - descoberta essa impulsionada por Arthur Clennam. A riqueza, contudo, não traz grande alegria a Amy que começa a ver o seu mundo destruir-se aos poucos...