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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

DESAFIO | Bicentenário "Sense and Sensibility" #32

- Sensibilidade e Bom Senso (2008) | 9 -

-  Charity Wakefield #2 – 

 

Eu confesso que tenho esperado pacientemente que chegasse o momento de falar em Charity Wakefield. Tudo a propósito deste vídeo que eu partilho abaixo. Há uns tempos atrás, eu tive de fazer algumas pesquisas sobre o tema "casamento" e "histórias de amor" para um trabalho e encontrei este vídeo. Digo-vos: encantei-me. Eu gostaria que Charity tivesse feito uma Marianne que imprimisse o mesmo ar de deslumbramento que ela fez aqui. Espero que gostem. 

 

 

 

 

DESAFIO | Bicentenário "Sense and Sensibility" #31

- Sensibilidade e Bom Senso (2008) | 8 -

-  Charity Wakefield – 

 

 

 

Charity Wakefield tem os elementos essenciais para ser a imagem de Marianne Dashwood: aparenta ter 16 anos e tem beleza. Ela confere à personagem alguma frescura, vivacidade e impertinência típica de uma adolescente. Não podemos esquecer isto: quando Jane Austen escreveu sobre Marianne expressões como she was everything but prudent. (…) the excess of (…) sensibility. ela, no fundo, definiu uma típica adolescente. Alguém que sente e que defende as suas ideias preconcebidas como verdades absolutas. Charity Wakefield incorpora este aspecto, da adolescente cheia de certezas, com alguma precisão. A meu ver, este é o melhor aspecto da sua prestação.

 

Pessoalmente, eu decifro Marianne Dashwood como uma jovem cheia de paixão. Tudo o que ela diz, pensa, sente e faz é imbuído de paixão; seja pela positiva, seja pela negativa. Se ela ama, é com intensidade. Se ela despreza, o é também na mesma medida de intensidade. Não lhe encontramos meio termo nem sentimentos mornos. Seguindo esta linha de raciocínio, Charity Wakefield não é uma Marianne plena de paixão e de intensidade. Não consigo lhe captar a faísca que tem a Marianne que eu leio. De igual forma, não a vejo com o ar embevecido para Willoughby como a imagino. Não a vejo desesperada. Por vezes, os sentimentos parecem-lhe soar em palavras pouco convincentes. Acho que este é o termo ideal: pouco convincente. A sua interpretação não me convenceu na totalidade. Eu diria que é razoável.

 

Ao longo do percurso da história, permanecia em mim uma pequena esperança de que essa classificação se modificasse. A realidade é que isso não aconteceu.

 

Não chego a ficar decepcionada com a sua interpretação. Apenas acho que ela ficou aquém do que o seu potencial anuncia.

As Caras de Marianne Dashwood

 

Ciaran Madden (1971) - Tracey Childs (1981)

Kate Winslet (1995) - Charity Wakefield (2008)

 

"Marianne's abilities were, in many respects, quite equal to Elinor's. She was sensible and clever; but eager in everything; her sorrows, her joys, could have no moderation. She was generous, amiable, interesting: she was everything but prudent. The resemblance between her and her mother was strikingly great."

 

1º Capítulo, Sensibilidade e Bom Senso


Marianne Dashwood

 

Ann Kronheimer Handdylittleme

 

Marianne Dashwood é uma das irmãs Dashwood de Sensibilidade e Bom Senso.

Ela é o expoente máximo do Romantismo da paixão arrebatadora e dolorosa. Ela é a emoção em pessoa.

 

"Marianne é a eterna romântica que apenas acredita no único amor e que ninguém consegue amar novamente depois de ter encontrado o "amor da sua vida".

Jane Austen escreveu na obra: "Marianne Dashwood nasceu para um destino extraordinário. Nasceu para descobrir as contradições das suas opiniões."

Marianne encontrou o "amor da sua vida", desiludiu-se, sofreu dolorosamente e nós, como leitoras, sofremos com ela.

 

A sua vida, o seu auge de juventude que a acompanha nos primeiros capítulos é maravilhoso, aquela sua audácia e incapacidade para calar,são viciantes.

Perde a sua alegria e, para mim, nunca a recupera.

 

É das personagens que mais me faz pensar, porque ao contrário de todas as outras heroínas de Jane Austen, ela tem um "amor alternativo" - Colonel Brandon, não o amor que lhe era destinado pelo seu coração - Willoughby.

 

Não consigo perceber se foi verdadeiramente feliz. Jane diz no livro que Marianne nunca amaria às metades e por isso, aos poucos o seu coração tornou-se exclusivo ao seu marido, tal como um dia tinha pertencido a Willoughby.

 

Ela não é o final feliz que Jane Austen nos habituou. Também não é uma Charlotte Lucas. É um meio-termo e por isso duvido da sua felicidade.

Marianne foi levada para os ecrãs com as actrizes:

 

  • Tracey Childs (1980)