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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Boas oportunidades.

Esta é uma excelente altura do ano para comprar livros. Já há algum tempo que há esta tendência das livrarias e das editoras em fazer promoções de livros na época de saldos. Acreditem, não se trata somente daqueles livros que são fracassos editoriais. Pode-se encontrar excelentes títulos a bom preço. E a verdade é que a minha atenção anda sempre desperta para bons preços. Claro que um livro é um bom investimento mas sabemos que neste tempo de crise alguns preços tornam-se, por vezes, proibitivos.

 

Então, vou deixar algumas dicas.

 

Europa-América:

Mansfield Park - Jane Austen - Europa-América

Já que temos estado a falar sobre Fanny Price e "Mansfield Park", devo dizer-vos que se forem ao site da Europa-América, encontram o livro a €14,59.

É um preço excelente porque quando eu comprei o meu exemplar o preço nas livrarias era de €29,90. Na altura, aproveitei uma oportunidade na Feira do Livro para comprar a €22,00. Por isso, se não tiverem o livro trata-se de um oportunidade de o adquirir.

 Mas não é o único livro em promoção no site da Europa-América. Também podemos encontrar:

Sensibilidade e Bom Senso a €8,45 (preço anterior €16,91) 

Persuasão a €9,04 (preço anterior €18,07) 

Abadia de Northanger €10,09 (preço anteior 20,17) 

Emma €20,11 (preço anterior €25,13) 

Amor e Amizade €7,52 (preço anterior €15,04) 

 

 

Bertrand.pt

O que eu mais gosto no site da Bertrand é a facilidade com que podemos encontrar alguns títulos em inglês de obras inspiradas e/ou sobre Jane Austen. Alguns obras estão com um desconto aliciante. Quero destacar esta: Sense and Sensibility | Penguin Books 15,87 (preço anterior € 17, 63) Destaco esta edição de S&S  pela ilustração da capa, da autoria de Audrey Niffenegger. É linda. Sigam o link e vejam. 

 

 

Fnac.pt

No que diz respeito a Jane Austen, a Fnac não possui diversidade de títulos.

A promoção marcante neste site é: Persuasão | Editorial Presença €7,55 (preço anterior €10,08)

 

Wook.pt

A semelhança da Bertrand para além da obra de Jane Austen, a Wook tem uma grande variedade de livros inspirados e/ou sobre Jane Austen.  Alguns livros, tem 10% de desconto mas não encontrei nenhuma promoção significativa. 

 

 

Para quem segue o JAPT e nunca leu Jane Austen esta é uma boa oportunidade de aquisição de livros da nossa escritora amada a um bom preço.  Principalmente na Bertrand e na Fnac, as promoções referem-se ao site. Contudo, se forem às lojas físicas encontram outras promoções. Este fim-de-semana estive em ambas livrarias e encontrei livros a metade do preço.  São boas oportunidades a não perder. 

Após a moda dos vampiros, acrescentar sexo é a moda que se segue

Nos últimos anos o mundo dos livros passou a reger-se por modas. Quero com isto dizer que se um livro tiver sucesso a seguir, muitos outros semelhantes irão seguir-se, repetindo a fórmula até à exaustão. Vimos isto acontecer com o Código Da Vinci, a série Twilight e julgo que até o Harry Potter abriu as portas para mais bruxos, fadas e duendes. Este tipo de fenómeno é mau, porque se até podem surgir bons livros daqui, a verdade é que quem quer ler algo diferente fica limitado nas suas escolhas...

O mais recente fenómeno de vendas chama-se Fifty Shades of Grey, que já foi editado por cá com o nome, As 50 sombras de Grey. Como seria de esperar há mais vontade por parte das editoras de editar livros que são, muitas vezes, uma espécie de argumento de um filme para maiores de dezoito anos.

O problema, na minha modesta opinião, não é a réplica do sucesso através da repetição da fórmula, porque apesar de achar que as escolhas ficam mais limitadas, ainda vamos vendo outros livros a serem editados, mas sim descobrir o que escrevo a seguir.

Há algumas semanas que li que Jane Eyre ia sofrer uma re-edição e seriam acrescentadas cenas de sexo. Ontem, na minha visita habitual ao BronteBlog ( para quem não conhece é uma excelente fonte de informação sobre as irmãs Brontë) deparei-me com a noticia que também Orgulho e Preconceito e a Abadia de Northanger iriam ser editados com cenas de sexo. Os mais curiosos poder ler aqui: Bronteblog

 

Estamos a presenciar novamente o fenómeno dos zombies, vampiros e afins, mas com sexo no cardápio em vez de criaturas que fazem parte da imaginação. Se forem ver os vários artigos dos jornais que fazem parte do post irão verificar que as edições limitaram-se a editar o original e acrescentar o sexo. As cenas parecem ser bastante inocentes, contudo a julgar por aquilo que li é de esperar que os livros contenham cenas mais quentes que os jornais não podem citar...

 

Como leitora não entendo esta necessidade de fazer isto aos livros e se até entendo e vejo uma editora como uma empresa que deve gerar lucro, não posso acreditar que quem escreve estes livros e por consequencia os vê publicados tenha qualquer tipo de amor a livros e a quem os escreveu. Como disse aqui neste excelente texto da Sandra sobre os vampiros, estas coisas servem apenas para encher os bolsos de quem escreve e edita e certamente que eu não irei contribuir para isso.

Os Mistérios de Udolfo, Ann Radcliffe

Qual Catherine Morland, embarquei nesta aventura e li um dos primeiros romances góticos da história da literatura.

Li esta obra apenas e só por causa de Abadia de Northanger de Jane Austen.

Adorei a obra do principio ao fim, fiquei presa e agarrada às páginas do livro como uma lunática, quem me visse durante a viagem de autocarro para casa ao longo desta última semana, julgar-me-ia demente tal era a minha abstração da realidade que quase me fez esquecer de mandar parar o autocarro para ir para casa! Ainda um pouco de ressaca de tamanha história, vou tentar ser o mais lúcida possível.

 

Ver mais

 

 

 

 

 

 

 

 

Edições Book It de Jane Austen

Estas edições têm preços fantásticos. Neste Natal comprei os meus primeiros dois livros de Jane Austen, pois até aqui apenas os requisitva da bibliioteca!

 

Desta editora conheço três títulos da autora disponíveis para compra: Emma, Abadia de Northanger e Mansfield Park. Podemos igualmente encontrar Jane Eyre, O Monte dos Vendavais e Shirley das irmãs Bronte. Todavia, na contracapa, fiquei a saber que a book it tem ou terá editadas todas as obras de Jane Austen!

 

Para já, consegui encontrar e comprar Abadia de Northanger a 4,90 euros, Emma a 5,99 euros e Mansfield Park a apenas 5,90 euros.

 

     

Uma crítica aos escritores dos romances em Jane Austen

Logo nas primeiras páginas da Abadia de Northanger, Jane Austen lança um ataque ferveroso a todos os críticos e escritores cépticos dos romances. Quando terminei esta passagem não pude deixar de sorrir. Esta constitui uma tomada de posição que seguiria na sua vida e, principalmente, na sua obra. Senão, poderia Jane Austen ter optado por outro tipo de matéria literária? Sabemos que a sua educação ficou cingida aos poucos livros que detinha a sua família que, para a altura, era uma colecção considerável, tendo a leitura destes influenciado a sua já natural inclinação para a escrita. Mas seriam as matérias ali disponíveis suficientemente alargadas para a influenciar noutro sentido? Acredito que não. Creio que Jane Austen detinha já uma inclinação natural de observação e assimilação de factos quotidianos e, bem assim, para a sua transcrição para o papel. Possuía uma imaginação que lhe permitia construir estórias engraçadas baseadas em factos reais.

 

Esta passagem, embora longa, é digna de registo e reflexão. Dentro de uma sátira objectivamente direccionada ao romance fantástico temos uma posição passional relativa ao romance em si. Ou seja, Jane diz-nos sim ao romance, mas não ao fantástico. Deixo então a passagem de que vos falo. O que acham?

 

"Sim, romances, pois não vou adoptar aquele hábito tão pouco generoso e tão rude que é comum entre os escritores de romances, para o qual eles próprios contribeum, de denegrir pelo desprezo das sua censura os seus próprios frutos, aliando-se aos seus maiores inimigos, conferindo os piores epítetos a tais obras e raramente permitindo que sejam lidos pela sua heroína, a qual, se por acaso encontrar um romance, seguramente virará as suas insípidas páginas com evidente desprezo. Ai de mim! Se a heroína de um romance não for amparada pela heroína de outro, de quem poderá esperar protecção e respeito? Eu não o posso aprovar. Deixemos isso aos críticos, que eles maltratem como bem entenderem tais efusões de imaginação, e que acerca de cada novo romance falem nos esforços gastos com o lixo sobre o qual a imprensa agora se debruça."

Top Jane Austen

Melhor "Conquistador"

 

Eu escolho George Wickham de “Orgulho e Preconceito”, pois ao longo da trama, ele seduziu com seu charme e astúcia: as irmãs Bennet, principalmente, Lizzy e depois Lydia; Mary King; Georgiana Darcy, além de toda a sociedade local, incluindo o desconfiado Sr. Bennet. Este sim sabe seduzir as pessoas!

 

Melhor amiga preferida 

 

Eu devo confessar que não gosto da idéia de uma só melhor amiga, eu gosto de várias melhores amigas, pois na minha vida particular eu tenho poucas amigas, mas todas são melhores amigas. Desde modo, eu sugiro que se passearmos pelas obras de Jane Austen poderíamos construir um grupo de amigas preferidas dinâmico, muito rico em diversidade e cumplicidade, que qualquer um de nós gostaria de fazer parte.

 

Eu gosto muito da postura e companheirismo de Lady Russel em “Persuasão”.  Ela é meio rigorosa em relação a convenções sociais, mas é dotada de sensatez e praticidade, qualidades que admiro nas pessoas. Além disso, ela é tão cuidadosa com Anne Elliot, preocupa-se com ela e zela pelo seu bem-estar.

 

Eu admiro muito a relação de Elinor Dashwood e sua irmã Marianne, elas são cúmplices e convivem muito bem com suas diferenças. Eu adoraria ter Elinor como melhor amiga, ela é cuidadosa, empática e excelente conselheira, pois segue o lado racional da questão, condição que me agrada muito e ajuda na resolução de problemas.

 

Outra opção para o nosso grupo seria Charlotte Lucas de “Orgulho e Preconceito”, ela é prática, cúmplice e franca, não esconde nada de sua amiga, justifica todas as suas ações para não haver mal entendido.

 

Não posso me esquecer também de Elinor Tilney de “A Abadia de Northanger” e Mrs. Weston de “Emma”, ambas são tímidas, reservadas, mas boas ouvintes e confidentes.

 

Melhor personagem cômico

 

Mr. Collins de “Orgulho e Preconceito”. Ele é hilário!!! Sua devoção a Lady Catherine é comovente e deprimente, ao mesmo tempo. Como ele consegue ser tão grudento e inoportuno, realmente é um dom admirável, que ele exercita amiúdas vezes.

 

Melhor história de amor secundária 

A história de amor secundária que mais me chamou a atenção foi a de Jane Fairfax e Frank Churchill em “Emma”. Eu acho que a história deles daria uma obra à parte, pois é muito complexa, envolve sentimentos intensos e grandes conflitos que, na minha humilde opinião, poderiam ser mais explorados e garantiriam uma linda história. Jane sofre tanto ao longo da história por este amor secreto, eu sinto pena dela, tão solitária e quieta e ainda com uma tia como Mrs. Bates para ajudar! Coitada! É uma história que me aguçou a curiosidade e esta não foi saciada, ficou a mercê de minha imaginação.

 

Personagem masculina secundária preferida

 

São vários os bons exemplos de personalidades masculinas construídas por Jane Austen em seus romances, não posso deixar de mencionar: Mr. Bennet e Coronel Fitzwilliam de “Orgulho e Preconceito”; Comandante Harville e o Almirante Croft de “Persusão”; William Price de “Mansfield Park”; Mr.Weston de “Emma”.

 

Personagem masculina secundária menos preferida  

 

Há vários personagens secundários masculinos com os quais eu não me simpatizo, mas o mais chato e cansativo é John Thorpe de “A Abadia de Northanger”. Que sujeito mais presunçoso e arrogante! Além de ser enfadonho, ele atrapalha demais a vida de Catherine Morland, tomando decisões por ela e forçando-a ter um relacionamento com ele. Infelizmente, creio eu, nos dias de hoje ainda encontramos vários deste tipo no nosso cotidiano e, definitivamente, não é fácil conviver com eles!

 

Personagem feminina secundária preferida 

 

Eu estou muito dividida neste tópico. Eu prefiro não ser enfática e escolher apenas uma, vou citar várias, assim eu faço justiça a todas: Mary Bennet e Charlotte Lucas de “Orgulho e Preconceito”; Mrs. Jennings de “Razão e Sensibilidade”; Lady Russel de “Persuasão”; Mrs. Weston de “Emma” e Elinor Tilney de “A Abadia de Northanger”. São mulheres simpáticas, suaves, sinceras, bem resolvidas consigo mesmas e sensíveis aos sentimentos e dificuldades de nossas heroínas.

 

Personagem feminina secundária menos preferida 

 

Eu também tenho várias escolhas para personagem secundária menos preferida, não me simpatizo nenhum pouco com: Caroline Bingley de “Orgulho e Preconceito”; Mary Crawford e Mary Bertram de “Mansfield Park”; Fanny Dashwood (odeio!) e Lucy Steele de “Razão e Sensibilidade”; Elisabeth Elliot de “Persuasão”; Isabela Thorpe de “A Abadia de Northanger”; Mrs. Elton de “Emma”. São todas invejosas, mesquinhas, manipuladoras, vislumbradas com status social e fortuna, arrogantes. Eca!  

 

Relação de família  preferida

 

Eu adoro ler e acompanhar as relações entre as irmãs Bennet de “Orgulho e Preconceito”, pois são muito alegres e divertidas; e também a relação entre as irmãs Dashwood em “Razão e Sensibilidade”, que é marcada pelo companheirismo e cumplicidade.

 

Mais frustrante relação de família

 

A relação de Anne Elliot com seu pai e sua irmã Elisabeth em “Persuasão”. É terrível “presenciar” a forma como eles a tratam e são insensíveis as suas necessidades e sentimentos.

 

Melhor proposta recusada

 

Com certeza,  a recusa de Elisabeth Bennet à proposta de casamento feita por Mr. Collins em “Orgulho e Preconceito”. É muito engraçado as justificativas dele para ela aceitar seu pedido e as desculpas que ele inventa por ela não aceitar esta proposta irresistível de casamento. Eu me diverti muito!

Casal menos favorito

Apesar  de não ser muito fã de Edmund Bertran (“Mansfield Park”), o casal que menos me mobilizou emoções foi Catherine Morland e Henry Tilney, de “Aabadia de Northanger”. Eu a acho infantil e ingênua demais para ele, um homem sensato, inteligente e perspicaz. Jane Austen ao longo da história propicia que Catherine evolua e se torne mais madura e sagaz. A partir desta evolução é que eu comecei a me simpatizar com o casal e entender o amor que Henry sentia por ela.