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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

O que gostar de Jane Austen diz sobre nós?

Foi através da página de Facebook Heathcliff, Mr. Darcy, Rochester - The Literary Heroes que conheci este artigo What Your Favorite Author Says About You. O artigo fala sobre o que revela sobre nós gostarmos de um determinado escritor e temos claro a nossa querida Jane.

 

You, dearie, are in love with love. But don't get us wrong. We think you're extremely independent, headstrong, brave and resilient as well. You're definitely an ideal best friend, loyal to the core.

 

 

( Tu, queridinha, estás apaixonada pelo amor. Mas não nos entendas mal. Nós pensamos que tu és extremamente independente, obstinada, corajosa e resistente também. Tu és, definitivamente, o melhor amigo ideal e muito leal)

 

A tradução foi feita por mim com a ajuda do Google Translator. Embora entenda inglês razoavelmente bem não sou tradutora, mas creio que a tradução ficou bastante próxima do original. Se no entanto algum professional de tradução tiver algo melhor, deixe a sua versão nos comentários que eu acrescento ao post.

 

E, vocês, queridas leitoras acham que por lerem Jane Austen têm estas qualidades?

Eu acho que sim, excepto a parte de estar apaixonada pelo amor.

A Juventude de Jane ( Becaming Jane) 2007

 

 

 

crédito da imagem: Period Films & C. 

 

 

Tenho muitas vezes visto alguns documentários sobre escritores que já li ou dos quais já ouvi falar. Por curiosidade, gosto de ter alguma noção daquilo que foi a vida de um escritor que admiro. Muitas vezes pode ser simplesmente algo lido na Wikipédia ou em algum blogue, isso serve, para mim, para entender melhor aquilo que determinado escritor escreveu. Muitos escritores são autobiográficos e outros não o sendo tiveram na sua vida acontecimentos marcantes que aparecem naquilo que escrevem. Alguns escritores que viveram em épocas históricas importantes ou tiveram algum papel na história acabam por viver vidas tão ou mais fascinantes do que aquilo que escrevem.

Por tudo isto a vida de muitos escritores daria um bom filme ou série de televisão, contudo não abundam por aí séries de televisão ou filmes que se debrucem sobre a vida de escritores famosos.

 

Jane Austen viveu a vida que seria de esperar de uma mulher que nasceu quase no fim do século XVIII, visitava a família e amigos, estava algumas temporadas com eles, visitava os seus vizinhos, ia a bailes e de resto vivia em casa, ocupando-se das tarefas normais daquela época e claro escrevendo livros maravilhosos.

Jane Austen, por muito que gostássemos não teve uma vida suficientemente rica e preenchida para dar um bom argumento de um filme. Talvez se Jane tivesse sido homem as coisas tivessem sido diferentes. Se pesquisarem a vida de Lord Byron, seu contemporâneo, depressa irão perceber como a sua vida foi rica e cheia de eventos. Não deixa de ser estranho aos nossos olhos pensarmos que eles nunca se conheceram, mas o anonimato que rodeava Jane e a sua obra, mais o exílio de Byron explicam isto facilmente.

 

Muito daquilo que se poderia saber sobre Jane acabou destruído após da sua morte, quando a sua irmã Cassandra, queimou muitas das suas cartas. Teriam estas cartas a história de um grande amor? Ou apenas alguns pensamentos que seriam incómodos para quem os lesse. Imaginem que em confidencia Jane dizia que não gostava do amigo X ou do familiar Y. Ou talvez simplesmente ela temesse ser mal interpretada na forma como pensava. Se repararem Jane Austen escreve de uma forma que muitas vezes temos de ler duas vezes para entender. Não é que ela use palavras difíceis mas por vezes é tão irónica que precisamos de ver bem para entender.

 

Este filme que recebeu no Brasil o nome de Amor e Inocência e por cá de A Juventude de Jane, conta a história de amor de Jane Austen e Thomas Lefroy. A verdade é que a maioria do que existe sobre o assunto é especulação, sabe-se que eles de facto se conheceram, mas até que ponto terá existido um romance como vemos no filme é difícil de saber.

Fontes dizem que Thomas Lefroy esteve presente no funeral de Jane e disse mesmo que tinha gostado dela, dizendo que tinha sido um amor de juventude.

Se foi um amor daqueles que nunca se esquece, que se espera que volte numa curva da vida como acontece em Persuasão, nunca saberemos, a não ser que alguém descubra uma correspondência por aí escondida num sótão qualquer como acontece no filme Possessão, adaptação de um livro de A.S. Byatt.

 

Mas voltando ao filme, eu vejo-o como uma espécie Orgulho e Preconceito, como se fosse uma primeira versão que ainda não foi bem polida e que com algumas correcções e rectificações será uma obra maravilhosa. Mas não pensem que não gosto do filme, gosto muito.

Anne Hathway dá vida a Jane Austen e na minha opinião fá-lo de forma perfeita. É difícil imaginar outra actriz que conseguisse ser uma Jane tão boa que se mostra por um lado uma mulher que se conforma com as suas circunstâncias e por outro a vontade de lutar contra essas mesmas circunstâncias.

 Um dos pontos altos é o encontro em Jane Austen e Ann Radcliff, autora do livro os Mistérios de Udolfo, mencionada na Abadia de Northanger, encontro que nunca aconteceu na vida real.

Este é um filme muito agradável de se ver, mas não deve ser levado como uma biografia séria da vida de Jane Austen.

 

 

O Anel de Jane Austen

Já tinha lido algures que um anel de Jane Austen tinha sido vendido num leilão, mas confesso que por falta de tempo li a noticia um pouco na diagonal. Hoje via facebook do Period Movies, encontrei esta noticia: Kelly Clarkson banned from taking $244k ring out of U.K.

Resumindamente, a Kelly Clarkson comprou o anel e uma primeira edição de Persuasão não pode levar o anel para os Estados Unidos porque o mesmo foi declarado tesouro nacional. Eu não entendo nada de leis inglesas, mas se não querem que o anel saia do país não era mais fácil criar uma lei que impedisse o mesmo de ir a leilão? Na minha modesta opinião o lugar do anel era num museu onde todos o pudessem ver.

Jane Austen para os mais novos!

A Natallie informou-nos, via facebook, de mais uma excelente iniciativa que está a acontecer no Brasil. A Adriana Sales Zardini que tão bem conhecemos do JASBRA está a ensinar a nossa querida Jane Austen aos alunos do 6º e 7º ano. Nós só podemos esperar que esta iniciativa traga mais leitores para o universo austeniano e quiçá despertá-los para a leitura. Por cá não temos nada disto e Jane Austen não faz sequer parte do Plano Nacional de Leitura! Não sei se alguém ligado ao ensino lê este blogue, mas aqui está uma excelente actividade extra-curricular: promover a leitura de Jane Austen. Podem ler toda a informação sobre este assunto no blogue da Natallie: Meu Cantinho Literário

 

 

Adenda: Segundo a Cátia Orgulho e Preconceito faz ou pelo menos já fez parte do Plano Nacional de Leitura, vejam por favor, os comentários. Pelo meu erro peço desculpas.

Jane Austen no vosso Iphone ou Ipad!

Quem ainda não descobriu que a prosa de Jane Austen (1775-1817) é o melhor remédio para qualquer mal de amor e que nos seus livros há respostas para quase todos os dilemas da natureza humana, pode agora encontrar conforto nesta aplicação gratuita do Jane Austen Center. Todos os dias são brindados com uma citação gratuita da autora inglesa, espécie de oráculo que promete inquietar ou sossegar. Para além disso, há artigos académicos e reputados especialistas na obra de Jane Austen, abordando temas como os hábitos de higiene da época, a frequência e o significado de determinado vocábulo nos livros ou a análise detalhada de cada uma das obras-primas, com destaque para Orgulho e Preconceito. Quem continuar sem saber que a prosa de Austen é o melhor remédio para qualquer mal de amor pode aceder à loja do Jane Austen Centre e comprar um dos livros, ou todos.

 

Sara Figueiredo Costa, na revista Ler deste mês.

 

 

Pois é esta é uma boa noticia!! Para fazer o download da aplicação de que fala este artigo basta irem aqui: Jane Austen