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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

The Last Weekend with Captain Wentworth

Estreia hoje no canal ITV1 pelas 21h a série The Last Weekend, uma versão televisiva da obra com o mesmo nome do escritor Blake Morrison. Trata-se de um thriller de suspense, realizado por Mick Ford, que conta a história de dois casais que vão passar um fim-de-semana prolongado na zona rural de Suffolk, sendo que os dois elementos masculinos do grupo partilham uma antiga e acesa rivalidade. 

 Foto retirada daqui

 

A novidade, como já devem ter percebido pela foto, é que esta produção conta com a presença de Rupert Penry-Jones num dos principais papéis. E este senhor, como devem saber, é o nosso querido Capitão Frederick Wentworth da adaptação de 2007 da obra Persuasão de Jane Austen. Por isso, seguramente entre muitas outras coisas, vale a pena ver esta série e apreciar o que anda a fazer nestes dias aquele que um dia nos fez acompanhar Anne Elliot numa sucessão de suspiros.

 

Para saber mais sobre este chocante estudo psicológico sobre o ciúme masculino, visitar http://www.carnivalfilms.co.uk/production/productions.asp?id=78

 

Breve perfil psicológico de Fanny Price

Li algures que Fanny Price é aquela jogadora que, num jogo de dodgeball (Jogo do mata ou Queimada), é a única que sempre se esquiva das bolas e que nunca tenta atingir ninguém com elas. E, no final, é a única que se mantém em pé, vencedora. Será que é assim que a vemos no livro Mansfield Park? Poderemos afirmar que ela jogou o jogo? Ou será que nem sequer participou?

 

Fanny Price é uma das personagens mais complicadas em Mansfield Park, apesar da sua atitude demasiadamente (e por vezes irritantemente) passiva. E, por isso, a impressão que deixa nos leitores é quase sempre negativa. No entanto, penso que se analisarmos a personagem com algum sentido prático, facilmente concluímos que Fanny Price é uma personagem soberba, complicada e até atractiva.

 

Comparando Fanny Price com outras heroínas austenianas, activas, encantadoras e corajosas como Elizabeth Bennet ou Emma Woodhouse, podemos afirmar que a heroína de Mansfield Park é apenas uma mulher tímida, reservada, solitária e insegura, situações que a impedem de participar adequadamente na vida social que a envolve. Também a podemos classificar como uma mulher deprimida, com sintomas psicossomáticos (isto ocorre quando os problemas emocionais se reflectem em problemas físicos); Ela sofre com dores de cabeça quando está emocionalmente perturbada, por exemplo. Além de tudo isso, Fanny tem uma auto-estima abaixo do chão, o que diminuí a sua auto-confiança e consequentemente a torna menos propensa a contactos sociais.

 

Depois, e porque um mal nunca vem só, além de todos estes factores pessoais impeditivos de uma vida social prazeirosa, Fanny price vê-se ainda prejudicada com as repercussões que a sua personalidade quieta tem nas pessoas que a rodeiam. Estas tendem a esquecer-se dela, da sua presença, ou simplesmente não entendem a sua maneira de ser, nem tentam fazê-lo. Verifica-se muitas vezes que Fanny desaparece da acção da história e dos olhos dos seus companheiros.

 

Há, contudo, personagens que, ocasionalmente, se questionam sobre a verdadeira personalidade de Fanny, como por exemplo Sir Thomas. Isto porque ela nunca manifesta o que pensa ou sente. Fanny esconde as suas emoções e pensamentos e raramente os partilha com outros, preferindo partilhar com o leitor os seus sentimentos relativamente a Edmund e depois Henry, navegando em círculos, sem dizer uma única palavra sobre o assunto em voz alta.

 

Outros há que acham que conhecem bem Fanny Price. É o caso de Edmund. E nós sabemos muito bem que, sobre Fanny, ele não entendia rigorosamente nada!

 

E porque Fanny não exprime aquilo que realmente se passa dentro dela, as outras personagens acabam por ficar com pouca informação e consequentemente acabam por fazer suposições erradas sobre ela. Por exemplo, ninguém entende por que Fanny se recusa a casar com Henry Crawford, e como ela não oferece para isso uma explicação clara, as outras personagens assumem que ela realmente não sente aquilo que diz quando diz "não" à proposta do playboy.

 

Ela nunca tenta superar a sua timidez, não se esforça. Prefere refugiar-se no seu mundo, não se envolvendo nas situações, na vida que vai decorrendo à sua volta. Joga passivamente o jogo de dodgeball, passando despercebida. E, no final,  vence. O seu troféu? Edmund Bertram, o primo que amou desde muito jovem. 

 

Porquê?...

 

Foi a única que se manteve de pé, incólume, alheia e intocável.

 

O que nos leva a pensar...

 

 

Casting Mr Darcy

Li recentemente numa entrevista antiga da Keira Knightley (Elizabeth Bennet na versão cinematográfica de 2005 de Orgulho e Preconceito) que o Matthew MacFadyen foi escolhido para o papel de Mr Darcy depois de ter representado, nas audições, aquela cena maravilhosa da proposta de casamento à chuva.

 

"Representei essa cena com todos os actores que concorreram para o papel de Mr Darcy" - disse Keira que foi escolhida para o papel antes de saberem quem faria o principal papel masculina desta obra de Jane Austen - "A forma como Matthew e eu interagimos nessa cena não estava no guião. No entanto, pareceu-nos correcto. Deixamo-nos levar quase inconscientemente, e muito rapidamente fizemos a cena. Estavamos literalmente com os rostos colados. E, quando parecia que um beijo ia sair, ambos nos afastámos um do outro, sem que antes tivessemos combinado".

 

Keira refere ainda que, depois desta audição, houve um completo silêncio na sala, tal foi a empatia percebida entre os dois actores.

 

Matthew MacFadyen foi escolhido para o papel de Fitzwilliam Darcy, senhor de Pemberley, logo depois.

 

É uma das minhas cenas favoritas de Orgulho e Preconceito (2005) apesar de não ser fiel à obra original.

 

A pesca do salmão no Iémen (2011)

Vou tomar a liberdade de aconselhar a todas as leitoras do blog e às minhas companheiras de luta, um filme lindíssimo que vi ontem e pelo qual fiquei fascinada. O tema (como podem ver pelo título do filme) nada tem de especial e, à primeira vista, pode parecer um filme parado e desinteressante. Mas não é! É muito interessante e eu aconselho vivamente. O que tem a ver com Jane Austen? Quase nada, à excepção talvez que se passa em terras de Sua Majestade (e Iémen obviamente), com alguns dos seus súbditos mais talentosos na actuação e ainda porque se trata, no fundo, duma comédia romântica, bem à maneira da nossa querida Jane. Ah! E temos Tom Mison que interpreta Mr Bingley (O&P) na série de 2006, Lost in Austen.

A história gira em torno de uma mulher que vai ajudar um Sheik a construir um viveiro de salmão inglês no Iémen com a ajuda de um cientista bastante introvertido do Departamento de Agricultura e Pescas. O objectivo do Sheik passa por trazer a cultura do salmão ao seu país natal e proporcionar aos seus habitantes a prática do desporto a que ele se dedica na sua propriedade na Escócia: a pesca do salmão, além de estimular uma das únicas atividades em que todos, independentemente da classe social, poderiam participar de igual para igual, lado a lado à beira do rio.

Todo esse facto é aproveitado pelo governo inglês, desesperado por ter boas notícias daquela região, ao mesmo tempo que as relações amorosas dos envolvidos vão sendo postas em causa. O filme conta com os atores Ewan McGregor, Emily Blunt, Kristin Scott-Thomas e Amr Waked nos principais papeis (magnifícos). Tem ainda Tom Mison (Mr Bingley em Lost in Jane Austen, como já mencionei, e que visto pelo ângulo certo é um homem interessantíssimo, se é que posso dizê-lo aqui) e Rachel Sterling. Esta última interpretou (e muito bem!)a namorada de Hugh Grant em Love Actually mas aqui vêmo-la muito diferente. Quanto a Ewan McGregor, continuo sempre à espera que ele comece a cantar 'Come What may' do filme Moulin Rouge...

Felizmente, este filme foi baseado num livro. Coisas boas destas normalmente são baseadas em livros! Escrito pelo inglês Paul Torday e publicado em 2008, o livro lembra, em muitos aspectos, os romances epistolares, pois é feito de cartas, e-mails, páginas de diário, relatórios da Câmara dos Deputados na Inglaterra (House of Commons), programas de entrevistas e até emails relacionados com a Al Qaeda fazem parte dessa “pilha” de documentação que conta a história. 

É um livro construído como uma sátira aos governos,  a toda a burocracia governamental inglesa, mas que com pequenos ajustes é universalmente insana. O projecto de se fazer a pesca do salmão – um peixe de água doce muito fria–  no Iémen, um país no deserto, é considerado desde o primeiro capítulo como uma loucura, um projecto sem viabilidade.  Mas, por razões diversas e principalmente para favorecer o primeiro-ministro, este projecto começa a crescer e toma vida própria.  Não só cresce como se torna um projecto imprescindível para o governo inglês.  E ganha mais combustível ainda quando Alfred Jones, o herói da história e um cientista do Departamento de Pesca do governo, que é contra o projecto, se vê frente a frente e seduzido pela filosofia do sheik em questão.

 

O resultado é imprevisível, acreditem. No filme, a Kristin Scott-Thomas é hilariante. Aquela cena em que ela, ao passar por homens, na Escócia, vestidos de saia, se parabeniza a si mesma pela visão é de morrer a rir. E então quando troca mensagens num programa semelhante ao msn com o Primeiro-Ministro...

 

(Imagens retiradas do site da Imbd).

E Charlotte? Que foi feito dela?

Nas minhas vagueações pelo site da amazon (um dos meus 'passeios' favoritos) deparei-me com um livro que me despertou a atenção: "Charlotte" de Karen Aminadra, uma obra que pretende ser uma continuação de Orgulho e Preconceito, mas visando o destino de Charlotte Lucas/Collins.

Já aqui divagamos sobre quais seriam os possíveis futuros das irmãs Bennet mas nunca falámos, penso eu, sobre o de Charlotte. E isso, confesso, é um assunto em que penso muitas vezes. Sempre considerei Charlotte como uma mulher inteligente, prática, sensata e forte. E, talvez por isso, sempre me espantei com a decisão que ela tomou em casar com Mr Collins. Isto apesar de ela fundamentar muito bem a sua opção:

 

"I am not romantic you know. I never was. I ask only a comfortable home; and considering Mr Collins's character, connections, and situation in life, I am convinced that my chance of happiness with him is as fair, as most people can boast on entering the marriage state."

 

O que nos leva a concluir que Charlotte era realmente uma mulher prática e com os pés bem assentes na terra. Nos dias de hoje, Charlotte teria muito mais por onde escapar, ou dedicando-se a uma profissão que gostasse ou simplesmente levando uma vida a seu gosto. Já não é imperativo casar e ter filhos; já não necessitámos de ter um suporte masculino que nos sustente e faça de nós mulheres "honradas". Todavia, como sabemos, no século XVIII, isto era inconcebível para a sociedade em geral. E Charlotte que nunca foi considerada nenhuma beldade ou abençoada com qualquer outro atributo importante, e estando já com uma idade avançada, teve mesmo de casar com aquele que julgou mais adequado e que lhe ofereceu a possibilidade de um futuro decente.

 

Neste livro, no entanto, podemos ver descrito como foi a vida de Charlotte em Rosings depois do seu casamento com Mr Collins. A história conta como ela se tornou numa mulher amarga e como detesta a sua vida. Um dia, depois de ter feito compras num local não aprovado por Lady Catherine De Bourgh, vê-se subitamente ostracizada por ela e é então que se descobre livre para apreciar a vida e outras pessoas. Faz então novas amizades, incluindo nestas o Coronel Fitzwilliam que parece que lhe vai trazer alguns dissabores, e ainda com uma Miss Thomas que tem direito, nesta obra, à sua própria história com um tal de Mr Simmons. Este casal tem a sua dose de queixas relativamente a Lady Catherine pelo que a empatia deles com Charlotte é partilhada. Tem-se ainda a oportunidade de ver Elizabeth e Darcy, casados penso eu, de visita a Rosings, o que deixa lady Catherine furiosa.

 

Mas agora vem o melhor!

 

Mr Collins! Acham possível vir a gostar-se dele?! Não? Eu também não. Mas de acordo com a maioria das críticas e resenhas que li deste livro, parece que se acaba mesmo por amar tal criatura. Ele, que subitamente conhece uma nova Charlotte, começa a dar-lhe mais valor e o seu amor pela esposa cresce (ou nasce). Simultaneamente, apercebe-se do ridículo das suas acções especialmente para com a sua patrona (aleluia!) e torna-se um homem diferente.

 

Parece uma história que promete, realmente. E estou a considerar seriamente comprar a versão kindle na amazon. Mas um medo imenso domina-me!... Será que acabo a achar Mr Collins digno de admiração? Será que ele vai passar a substituir Mr Darcy nos meus sonhos como o protótipo do homem ideal?!...

                                                                           Medo!... Muito medo!...

Crédito da foto principal: amazon

Crédito foto Mr Collins: daqui

As pérolas de Mary Bennet

Eis todos os discursos fluídos e seguros (ou tolos e desapropriados!) que Mary Bennet proferiu ao longo de Orgulho e Preconceito.

 

"O orgulho é um defeito muito vulgar, creio eu. Depois de tudo o que li, estou deveras convencida da sua vulgaridade, que a natureza humana lhe é particularmente atreita e que são raros aqueles entre nós nós que não nutrem um sentimento de condescendência própria baseada numa ou noutra qualidade, real ou imaginária. Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinónimos. Pode-se sentir orgulho sem ser vaidoso. O orgulho diz respeito mais à opinião que temos de nós próprios, enquanto a vaidade é aquilo que pretendemos que os outros pensem de nós."

(Cap. V; em conversa com Elizabeth e Charlotte Lucas sobre Mr Darcy e o seu caracter)

 

"Admiro a energia da tua benevolência, mas todo o impulso afectivo deve ser guiado pela razão; e, na minha opinião, o esforço deveria estar sempre em proporção com o que é requerido."

(Cap.VII; Sobre a ida de Elizabeth a Netherfield saber da irmã Jane)

 

"Sob o ponto de vista da composição, a sua carta não me parece defeituosa. A ideia do ramo de oliveira talvez não seja inteiramente nova, porém considero-a expressa com acerto."

(Cap. XIII; sobre a carta de Mr Collins a anunciar a sua visita a Longbourn

 

"Desde que possa dispôr das minhas manhãs, dou-me por satisfeita. Não considero um sacrifício participar ocasionalmente em festas nocturnas. Todos nós temos deveres sociais a cumprir e partilho, aliás, da ideia de que um intervalo para recreação e divertimento só traz benefícios."

(Cap.XVII; sobre a ida ao Baile em Netherfield)

 

"Longe de mim menosprezar tais prazeres, minha querida irmã; são os que, sem dúvida, se enquadram com mais naturalidade no temperamento feminino. Mas confesso que não me seduzem. Prefiro infinitamente mais um bom livro."

(Cap. XXXIX; para Lydia que fala sobre as estouvadices da viagem de volta do Hertfordshire para Longbourn)

 

"É um acontecimento deveras desagradável e será provavelmente muito comentado. Mas devemos opor-nos à maré da maledicência e derramar sobre os nossos corações feridos o bálsamo do consolo fraternal... Por mais infeliz que Lydia possa vir a ser, poderemos extrair de tudo isto uma lição útil: que a perda da virtude numa mulher é irreversível, que um só passo em falso acarreta uma série de desgraças sem fim, que a sua reputação não é menos frágil que a sua beleza e que uma mulher nunca será cautelosa demais para com as pessos do sexo oposto, especialmente para com aqueles que não merecem a sua confiança."

(Cap. XLVII; para Elizabeth depois de Lydia ter fugido com Wickham)

  

Mrs Darcy versus the Aliens e outras atrocidades

Isto das sequelas de Orgulho e Preconceito e outras obras austenianas é algo que divide muita gente. Há quem adore, há quem goste, há quem faça por ignorar e há quem odeie. Quem odeia normalmente é porque não concebe a ideia de ver 'estragada' a obra original, apesar de uma sequela ser algo que se segue e que não altera a obra original. No entanto, pegar nos personagens e nos locais descritos por Jane Austen e 'brincar' com eles parece ser algo pecador.

 

Claro que, quando se trata de pegar na obra original e alterar os acontecimentos, o destino das personagens e o final original, aí o caso é outro, pelo menos para esta fã de Jane Austen. Mas o objectivo deste post não é falar sobre isso. Talvez numa próxima oportunidade.

 

Pessoalmente, sou daquelas que gosta de ler sequelas. Não todas, claro. Depende do rumo da história e das alterações que fazem às personagens. Infelizmente, a maioria delas tenho de ler em inglês porque, em Portugal, não se valoriza esse género de literatura. Verdadeiramente falando, não se valoriza muito a literatura de Austen, que dizer das obras baseadas nas suas histórias! Já é um consolo suficientemente bom terem traduzido as principais obras dela. 

 

No entanto, uma coisa me intriga! Das várias sequelas e obras baseadas existentes por esse mundo fora (e algumas atrevo-me a dizer que são bem interessantes), em Portugal (vá lá saber-se porquê!), a atenção das editoras e de alguns leitores, recaíu unicamente numa história absurda e fora do comum, que têm como atracção principal a referência a seres de outro mundo e fantasiosos. Chama-se Orgulho e Preconceito e Zombies de Seth Grahame Smith, foi editado pela 1001 mundos, e teve uma fase em que se vendia bastante bem. A frase de abertura é bem elucidativa do que vamos ler: «É uma verdade universalmente aceite que um zombie que consiga deitar a mão a um cérebro tem necessidade de mais cérebros.»

 

Razão para exclamar "Que diabo!"

 

Segundo o site online da Fnac, o resumo do história diz:

"É assim que começa Orgulho e Preconceito e Zombies, uma versão alargada do bem amado romance de Jane Austen. Apresenta cenas completamente novas, com a violência capaz de esmagar ossos, ao ser introduzida a presença dos zombies. A destemida heroína Elizabeth Bennet está decidida a varrer a ameaça dos zombies, mas rapidamente se vê afastada desse objectivo com a chegada do altivo e arrogante Mr. Darcy. Segue-se uma encantadora comédia de costume, com inúmeras lutas civilizadas entre os dois apaixonados e com lutas muito mais violentas, em campos de batalha ensopados de sangue. Munido de relações amorosas, corações despedaçados, lutas com espadas, canibalismo e milhares de cadáveres putrefactos, Orgulho e Preconceito e Zombies transforma uma obra-prima da literatura mundial em algo que o leitor não vai querer perder."


Quem não vai querer perder!? Só se for por curiosidade. 

 

Como esse, há outros, embora não traduzidos para português. Lembro-me de Sense and sensibility and sea monsters de Ben H. Winters, de Northanger Abbey and angels and dragons de Vera Nazarian (este é escrito por uma mulher e penso que tem muito a ver com a imaginação fértil de Catherine Morland; no entanto...). 

  

Contudo, aquele que mais despertou (!!!estarreceu!!!) a minha mente foi um título com que me deparei por aí: Mrs Darcy versus the aliens de Jonathan Pinnock. A imagem da capa diz tudo.

crédito da imagem

 

 

Tal como é descrito no seu site oficial Mrs Darcy versus the Aliens é uma sequela algo demencial de Orgulho e Preconceito de Jane Austen ou então como algo escrito depois de uma noite passada a beber e a ver os Ficheiros Secretos (acredito mais nesta!). Começou por ser escrita como uma fanfiction que durou cerca de um ano (http://www.mrsdarcyvsthealiens.com/launchday.php) e, logo que acabou de ser escrita, foi editada pela editora Proxima Books.


De acordo com o mesmo site, aqui vai o resumo do livro:


"A year or two into her marriage, Elizabeth Darcy has much on her mind: she has still not produced an heir for Mr Darcy, there are preparations to be made for the Pemberly summer ball, and her youngest sister Lydia has been abducted by aliens. As Regency England sleepwalks towards tentacled oblivion, will she be able to reunite with her old foe Wickham and put a stop to their evil plans? Meanwhile, in the East End of London, the repulsive Mr Collins is running a Mission for fallen women whilst his poor wife Charlotte has fallen under the malign spell of Lord Byron and is now a laudanum addict. But is everything at the Mission all that it seems? What is Mr Darcy doing there? And why are there strange lights in the sky over Lady Catherine de Bourgh's seat at Rosings? This is probably the most unconventional sequel to a Jane Austen novel ever written. It is certainly the funniest."

 

Como diria Jane Austen, se tivesse oportunidade de nos visitar actualmente: "Oh, My God!! What have they done with my characters???"