"Emma is the culmination of Jane Austen's genius, a sparkilng comedy of love and marriage"
Este romance de Jane Austen foi escrito e publicado em menos de dois anos (1815), enquanto Jane Austen viveu em Chawton, Hampshire.
"Emma" é muitas vezes considerada a sua obra mais perspicaz e Emma a sua heroína mais cativante.
Antes de começar o romance, Jane Austen escreve: " Vou construir uma heroína que poucos, além de mim, irão gostar".
Bem, tenho de concordar com isso, embora, tenha terminado o livro a adorar Emma Woodhouse. No início ela é apresentada como: "Emma Woodhouse, handsome, clever, and rich." (Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica", mas percebemos também quão 'mimada', convencida e orgulhosa ela é. Mas por favor, não a tomem por alguém desagradável, de todo, não o é. Mas esta é a imagem que nos fica dela, nos primeiros 10 capítulos, talvez. Mas que melhora daí para a frente.
Emma Woodhouse, é em muitas coisas diferentes de todas as heroínas de Jane Austen: Não tem problemas financeiros nenhuns e é completamente indiferente aos encantos do sexo oposto, como ela própria diz, a última coisa que lhe aconteceria, seria casar-se.
A história é muito intensa, embora não o pareça ao início, pelo menos a mim, tudo me parecia muito frívolo no início.
No entanto, a personagem que mais me cativou foi, sem dúvida alguma, Mr. Knightley. Devo dizer que fiquei a admirá-lo na forma mais concreta que se pode admirar uma personagem. Muito inteligente e com uma excelente capacidade de avaliar o carácter das outras pessoas. Fiquei literalmente colada em todos os capítulos que envolviam alguma troca de ideias mais acesas entre ele e Emma.
Emma gostava de arranjar casamentos, vangloriando-se de ter contribuído para o casamento de Mr. Weston e Miss Taylor (sua grande amiga). Depois deste primeiro sucesso começa a procurar um casal que pudesse juntar, e assim começa por apresentar a Mr. Elton a sua amiga Harriet Smith, sobre a qual, Emma, exerce uma influência extrema, colocando mais do que uma vez, a felicidade da sua amiga em risco, e percebemos o quanto Emma lamenta isso no fim do livro.
Uma personagem muito intrigante, e julgo que há um livro que inventa uma possível história para ela, é Jane Fairfax. Percebemos que existe uma certa rivalidade de parte para parte entre ela e Emma Woodhouse. Ambas são muito bonitas e inteligentes e, ainda não não pareça, têm um interesse comum (mas só o saberão se lerem o livro).
Duas personagens que me divertiram muito foram: Mrs. Elton, uma caricatura explêndida da pretensão e snobismo; e Miss Bates, que falava pelos cotovelos!
Eu vi as duas versões de 1996 do filme "Emma". Devo dizer que ambos os filmes reflectem muito bem a obra (mas claro, têm as suas falhas) eu gostei muito mais da interpretação de Gwyneth Paltrow como Emma.
"There could have been no two hearts so open, no tastes so similar, no feelings so in unison, no countenances so beloved. Now they were as strangers; nay, worse than strangers, for they could never become acquainted. It was a perpetual estrangement.”
"Persuasão" foi o último dos Romances terminados por Jane Austen.
Começou a escrevê-lo imediatamente a ter terminado "Emma", completando-o a Agosto de 1816. Contudo, "Persuasão" só seria publicado postumamente, um ano depois da sua morte, em 1818.
Como poderei classificar este livro? Fenomenal!
Li todo o livro sofregamente. Devo dizer que fiquei totalmente rendida ao estilo de escrita de Jane Austen, que em certas alturas em muito se assemelha a Eça de Queirós, através da sua descrição e crítica da sociedade (naquele caso, inglesa).
Tendo em conta que vi o filme "Persuasion" (2007), devo dizer que está muito próximo da obra em quase tudo.
Anne Elliot, a personagem principal, tem um sentido de bom senso e uma inteligência que é quase impossível não ficarmos encantados por ela. Descrita como muito meiga, agradável e doce, ficamos presos aos seus sentimentos.
A história conta-nos o reencontro de Anne Elliot com o Capitão Wentworth ao fim de oito anos de separação devido ao facto de Anne não ter aceitado o seu pedido de noivado quando tinha 19 anos. Ou melhor, persuadida pela sua grande amiga, Lady Russel, a não o fazer, uma vez que o jovem não tinha fortuna e que seria muito arriscado para Anne comprometer-se com tal situação.
Oito nos depois reencontram-se e são obrigados a conviver novamente, e digo-vos que são momentos irresistíveis para qualquer leitor.
Para além de toda a história entre Anne e Wentworth, que é sem dúvida alguma, muitíssimo cativante, vão-nos sendo narradas situações da vida quotidiana subtilmente criticadas pela autora e que mostram a futilidade de alguns estratos da sociedade da época.
É uma história de amor que dá aos protagonistas uma nova opotunidade de amar, uma segunda chance!
"Northanger Abbey is Jane Austen's amusing and bitingly satirical pastiche of the 'Gothic' romances popular in her day"
Julga-se que foi a primeira obra completada para publicação 1803), embora se saiba que já tinha começado a escrever "Razão e Bom Senso" (Sense and Sensibility) e "Orgulho e Preconceito" (Pride and Prejudice).
De acordo com a irmã, o seu título inicial era "Susan" e terá sido escrito entre 1798-1799. Contudo, só foi publicado em 1817, postumamente, juntamente com "Persuasão" (Persuasion).
Gostei muito do livro, muito mais do que do filme de 2007, que embora esteja mais ou menos semelhante à obra, penso que lhe fica um pouco aquém...
Catherine Morland, a heroína desta obra de Jane Austen, com apenas 17 anos, parte para Bath com um casal amigo da família, Mr. e Mrs. Allen.
Em Bath, toma o primeiro contacto com a sociedade, em tudo diferente de Fullerton, a sua terra natal (no campo). Aí conhece uma grande amiga Isabella Thorpe de quem terá uma enorme decepção.
Mais tarde é convidada para ir para Northanger Abbey com Mr. Tilney e a sua irmã, Elinor, de quem se torna muito amiga durante a sua estadia em Bath. Durante a sua estada em Northanger Abbey uma série de mistérios e enganos acontecem, resultando numa partida inesperada.
Catherine, é descrita, como uma fervorosa leitora de romances góticos, de imaginação muito fértil, um charme muito próprio, uma ingenuidade característica da idade e uma bondade gigantesca. Penso que a empatia com a personagem não é imediata, eu pelo menos, cansei-me, por vezes, da sua insensatez e imaturidade.
O amor nesta obra não é tão forte como noutras obras de Jane Austen. A relação entre ela e Henry Tilney não é tão sentida pelo leitor como em Persuasão, por exemplo.
Henry Tilney, é um personagem muito especial, bastante sensato e razoável, quase perfeito, diria eu!
É também uma crítica à sociedade fútil, e a alguns "personagens-tipo", tal como Isabella e John Thorpe.
No fim da história vemos uma clara evolução no pensamento de Catherine, ela cresce, decididamente, durante toda a obra.
"There will be little rubs and disappointments everywhere, and we are all apt to expect too much; but then, if one scheme of happiness fails, human nature turns to another; if the first calculation is wrong, we make a second better: we find comfort somewhere . . ."
Publicado pela primeira vez em 1814. Juntamente com "Northanger Abbey", é a obra que menos atrai as "Janeittes", coisa que julguei que também se aplicava a mim, mas no entanto...
Este livro surpreendeu-me positivamente. Tenho de admitir que fui, à partida, sem grandes expectativas. Já tinha visto o filme e a série, que estão muito aquém da obra e não lhe fazem qualquer espécie de justiça.
Agradavelmente surpreendida, será o termo correcto. Fanny Price, a personagem principal e a heroína desta obra, é diferente de qualquer outra heroína de Jane Austen e diferente de qualquer heroína em geral... Fanny Price, é fisicamente débil, tímida, humilde, ingénua, infantil, submissa e, nalgumas alturas, considerada como "chorona". Enfim, devo dizer que é isso tudo, e que no início há uma espécie de decepção, tendo em conta que Jane Austen nos habitou a heroínas repletas de um carácter forte. Contudo, Fanny Price acabou por se tornar muito querida, pelo menos para mim.
Uma coisa que reparamos nesta obra, diferente de todas as outras de Jane Austen, é de que o "romance" propriamente dito, acontece somente no último capítulo; a obra possui também um carácter moral que está quase sempre adjacente a duas personagens muito curiosas - Mary e Henry Crawford - que surgem nesta obra como resultado de uma sociedade insípida e sem princípios; nesta obra, Jane Austen, mostra-nos também outro lado desconhecido (entre as suas obras) da época, relatando o dia-a-dia de uma família pobre.
É curioso notar também que, a nossa heroína possui o enorme dom de avaliar correctamente o carácter das pessoas e fazer juízos acertados... foi algo que gostei bastante nela.
A história em resumo pode ser contada da seguinte forma: Fanny Price é levada (com 9 anos) para Mansfield Park, casa do tio e da tia (irmã de sua mãe) para aí crescer com mais vantagens do que aquelas que teria no seio da sua família muito pobre e repleta de crianças.
Apenas o seu primo Edmund contribui para a sua adaptação e bem-estar, tornando-se desde logo o seu melhor amigo.
Quando Mary e Henry Crawford (irmãos) chegam a Mansfield Park, a moral de todos os membros de Mansfield Park é posta à prova, embora Fanny nunca tenha gostado de nenhum deles. Henry Crawford seduz ambas as suas primas, levando uma a perder toda a sua dignidade e Edmund fica perdidamente apaixonado por Mary Crawford, que só lhe trará decepção.
O contraste entre Mansfield Park e a família Price, que conhecemos graças à visita de Fanny passados quase 9 anos da sua saída, é enorme e só nessa altura Fanny se apercebe que a sua casa não é aquela, mas sim Mansfield Park.
Uma série de desgraças sucedem-se à sua saída (temporária) de Mansfield Park, e só depois de muitas decepções é que Fanny encontra a felicidade... que acontece somente no último capítulo, que devo dizer, escrito de forma genial!
Não é o meu livro preferido de Jane Austen, esse lugar há uns tempos que está ocupado por "Sense and Sensibility", no entanto, revelou-se tudo menos aquilo do que estava à espera!
O último grande livro que me faltava ler de Jane Austen... ainda irei ler Lady Susan... mas posso dizer que li a obra de Jane Austen e, para mim, não há melhor escritora no mundo.
"We have all a better guide in ourselves, if we would attend to it, than any other person can be." (Mansfield Park)
Foi graças a ele que li todas as obras de Jane Austen em inglês.
Inglês, porque os livros online grátis e legais, só estão disponíveis nesse idioma.
têm um catálogo imenso de livros, todos eles semelhantes ao estilo de Jane Austen (embora ela seja incomparável), mas no mínimo,seus contemporâneos.
O objectivo do site é:
"Much more than a simple ebook resource, Girlebooks aims to make classic and contemporary works by female writers available to a large audience through the ebook medium."
We love books by both men and women. However, if we may generalize, women’s most loved and re-read books are generally books by other women. The same is probably true for men. Also, as women authors were not always as celebrated and promoted as they are today, we are digging up many hidden jewels that that deserve a wider audience.
As obras de Jane Austen estão disponíveis online através do site Jane Austen.org. Aqui é possível ler as obras integralmente e ter uma descrição de cada personagem da obra em questão.
O site é bastante interessante, fazendo uma viagem pela História Cronológica de Jane Austen, falando dos filmes e séries baseados nas obras da escritora, da moda nas obras, autores semelhantes a Jane Austen e com um Glossário que nos explica melhor as expressões inglesas da época.