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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

O Verdadeiro Henry Tilney?

Título Original: The Real Henry Tilney?
Retirado do site: The Cult of Da Man

Autor do Artigo: High Priestess

Traduzido e Adaptado por Clara Ferreira

 

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Em 1797 Bath era ainda um local muito "na moda" e atraía muitas multidões nos meses de Inverno. Mas nesse Inverno em particular um cavalheiro estava na cidade, um jovem pároco que era tutor do filho mais velho de uma família de Salisbury. O seu nome era Sydney Smith. Viria a tornar-se numa das "mentes" do seu tempo.

 

Mas no Inverno de 1797, Sydney Smith era tutor de Michael Hicks Beach. A família Hicks Beach mantinha relações com os Bramstons de Oakley Hall em Hampshire, muito perto de Steventon, e os Austens foram apresentados aos Hicks Beach através dessa relação comum. E como Irene Collins diz, "Mesmo sem essa informação, o Mestre de Cerimónia, teria em conta que um pároco-tutor era a pessoa indicada pra apresentar à filha de um pároco, caso as suas visitas aos Lower Rooms coincidissem, tal como sucedeu com Mr. King a apresentar Henry Tilney a Catherine Morland, que era, tal como a sua criadora, a filha de um pároco".

 

Nada comprova que Jane Austen e Sydney Smith alguma vez se encontraram ou que dançaram juntos numa festa. Mas tal como David Cecil afirma, Sydney Smith em 1797 era "alto, bonito e muito divertido graças ao seu sentido de humor peculiar". Tal como Henry Tilney.

 

(...)

 

Contudo, se aceitarmos a possibilidade de Jane Austen ter conhecido e ter sido inspirada por Sydney Smith, uma comparação entre os dois pode explicar muito sobre Henry. Por exemplo, Sydney Smith "gostava de falar a brincar sobre matéria sérias, produzindo linhas de imagens ridículas para provar o seu ponto de vista; a comparação de Henry Tilney entre a dança e o casamento entra, claramente, nesta linha". W. H. Auden concorda, dizendo que Smith gostava de criar imagens que poderiam ser chamadas de estilo barroco ridículo".

 

É certo que Jane Austen sempre disse que não baseava os seus personagens em pessoas reais. (...)