Little Dorrit (2008)
Magnífica, brilhante, assombrosamente bem realizada e interpretada, é o sumário desta série de 14 episódios. Desejo ardentemente pegar rapidamente no livro e devorá-lo, embora acredite que tenha de esperar mais um bocadinho uma vez que a inevitável fase de exames vem a caminho e, consequentemente, Dezembro, Janeiro (e eventualmente Fevereiro) estão entregues ao estudo intensivo!
Mas falando da série. Estava muito difícil passar o 1º e 2º episódio, que fui vendo aos soluços ao longo de meses. No entanto, os restantes episódios foram devorados em três dias consecutivos. Little Dorrit, baseada na obra de Charles Dickens, conta-nos a história de uma pequena rapariga (Amy Dorrit) cujo pai está preso por dívidas na prisão de Marshalsea, onde ela nasceu e foi criada. Arthur Clennam, antigo negociante na China volta a Londres para entregar um misterioso relógio que o seu pai lhe pedira para levar à mãe no leito de morte. Este relógio dá-nos imensas dores de cabeça até ao último episódio, assim como uma pequena caixa cheia de documentos legais, cujo o significado só ficamos a conhecer nos dois últimos episódios. Encontra Little Dorrit a trabalhar para a mãe, trabalho que procurara para poder ser uma ajuda financeira para o pai enclausurado em Marshalsea. Surge em Arthur a ideia de que a sua família pode ser a causa da dívida que levou Mr. Dorrit à cadeia e por isso, procura ajudá-los o melhor que pode, encontrando em Amy uma amiga e confidente. Arthur e Amy são duas personagens semelhantes que partilham os mesmos valores, a mesma integridade, fidelidade e dedicação, é impossível não gostarmos deles.
A história desenrola-se com todas as graças e desgraças que sucedem à nossa pequena heroína, multiplicando personagens no decorrer da série todas elas deliciosas! Esta série tem duas grandes partes: Antes (Pobreza) e Depois (Riqueza), uma vez que acabamos por descobrir que Mr. Dorrit era herdeiro de uma grande fortuna, que o tornará, de um momento para o outro, riquíssimo - descoberta essa impulsionada por Arthur Clennam. A riqueza, contudo, não traz grande alegria a Amy que começa a ver o seu mundo destruir-se aos poucos...