Miss Bates
Sophie Thompson (1996); Prunella Scales (1997); Tamsin Greig (2009)
"A sua filha (Miss Bates) gozava de um grau de popularidade incomum para uma mulher que não era nem nova, nem bela, nem rica, nem casada. Miss Bates encontrava-se na pior situação no mundo pois dependia do favor público; não tinha nenhuma superioridade intelectual que a arrebatasse nem que assustasse aqueles que a detestavam a mostrar-lhe, pelo menos, respeito exterior.
Nunca tivera nem beleza nem esperteza. A sua juventude passara sem qualquer distinção e a sua vida adulta foi devotada a cuidar da mãe e a tentar esticar o mais possível a pequena renda da qual dependiam. Mas, mesmo assim, era uma mulher feliz, uma mulher a quem ninguém se referia sem benovolência. Era a sua enorme boa vontade e temperamento satisfeito que permitiam tais maravilhas.
Ela gostava de todos, e estava interessada da felicidade de todos e em atribuir-lhes os seus méritos; pensava em si como a mais afortunada criatura, rodeada por uma excelente mãe e muitos vizinhos e amigos e uma casa que não desejava mais nada. A simplicidade e alegria da sua natureza, a sua satisfação e espírito agradecido, eram uma recomendação para todos e uma mina de felicidade para si."
Emma, Capítulo 3