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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Sensibilidade e Bom Senso

 

O meu primeiro contacto com Jane Austen foi, como já referi noutras ocasiões, através da serie da BBC Orgulho e Preconceito... Apaixonei-me pela história, pelos personagens, pelas paisagens... Por Mr.Darcy! Enquanto não li o livro não descansei... e o livro ainda me fez gostar mais e "aguçou" o meu interesse pelas obras de Jane Austen.

 

O meu segundo contacto com Jane Austen foi com o filme e o livro Sensibilidade e Bom Senso. Não vou dizer que fiquei desiludida mas, com esta obra, tenho uma dualidade de sentimentos: gosto da história em si, mas não gosto dos personagens principais. Acho Elinor demasiado racional e controlada e Edward demasiado "sem cor", sem "luz". Poderia ser Marianne a salvar a situação mas também não: acho o seu sofrimento demasiado teatral, embora adore esta faceta dela na história (não sei se me faço entender!). Acho que a história é das mais dinamicas de Jane Austen: sempre com uma mudança, seja uma mudança completa de cenário, seja de rumo da história, seja um novo personagem que nos é apresentado e que altera a nossa visão dos factos.

 

A história de Elinor, Mãe e Irmãs é rica em "movimento" mas nenhuma das suas personagens me "atrai". Todos demasiado "acomodados" à sua condição e situação, todos pouco energicos mas sempre em movimento de cenário ou de "entrada" de novas personagens...

 

 

Resolvi responder suncitamente às questões colocadas:

 

  • Tristes com o reencontro de Elinor e Edward, estiveram ambos à altura? (Cap. 40) - Encontros ou reencontros entre Edward e Elinor deixam-me sempre um "amargo na boca" porque os acho demasiado conformados e racionais. Mesmo quando ela se deixa levar pela emoção, quando descobre que não foi ele que casou, falta mais paixão ao "reencontro" (embora concorde que seja essa a forma de ser de ambos)
  • O que sentiram com a situação de Edward, o deserdado? - Senti que finalmente ele tinha tido uma atitude...
  • Alguma vez acharam que Marianne não ia superar a doença? (Cap. 42) - Não... Sempre achei que ela estava a agir em conformidade com o papel que ela achava que era o seu, como "traida" pelo seu amor.
  • Perdoaram Willoguby? Porque razão acham que Jane Austen sentiu necessidade de perdoar Willoughby? (Cap. 43 e 44) - Acho que todos acabamos por perdoá-lo porque acabamos por desculpar a sua fraqueza. Ela demonstra que ama Marianne mas outras questões influenciam a sua decisão e condicionam a sua acção, fazendo-o "esquecer" o amor que sente em nome do bem estar e da fortuna. Todos sabemos que naquele tempo esta era uma questão muito importante. 
  • A convalescença de Marianne pode ser encarada como uma renovação da sua maneira de pensar? - Pelo menos ela percebeu e sentiu que a realidade é diferente do sonho e que o amor não é a condição para se ser feliz... mas sim uma das condições e naquele tempo muitas vezes um bonus em qualquer casamento. 
  • Sorriram de felicidade e de extrema alegria quando descobriram que Edward estava livre?(Cap. 49) - Sorri de felicidade
  • Como acham que teria sido o casamento de Edward se este se tivesse casado com Lucy? - Acho que Edward iria facilmente sentir indiferença por Lucy.
  • Como encaram a reviravolta de sentimentos de Mrs. Ferrars para com as noras? (Cap. 50) - Mrs. Ferrars é no minimo uma "criatura muito egoista"
  • Alguma vez se questionaram em relação ao futuro de Margaret Dashwood? - Por acaso penso o que terá sido de Margaret. Ela que viveu todas estas "vicissitudes" da vida através das histórias de sua Mãe e Irmãs, certamente que aprendeu a ver a vida de forma diferente: nem com a racionalidade de Elinor nem com a paixão de Marianne...