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Jane Austen Portugal

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DESAFIO | Bicentenário "Sense and Sensibility" #43

- Sensibilidade e Bom Senso (2008) | 18 -

-  agradáveis surpresas e pequenas decepções –

 

 

Em Sensibilidade e Bom Senso 2008 eu posso afirmar que presenciei algumas agradáveis surpresas e algumas pequenas decepções.

 

Inicio pelas decepções. Uma delas eu já referenciei: Willoughby/Dominic Cooper. Infelizmente, não foi a minha única decepção. O casal Palmer também foi uma grande decepção: um casal absolutamente insípido. No livro, este casal proporciona alguns momentos de humor mas nesta produção ficam muito aquém. Neste caso, penso que tal aconteceu por uma escolha do argumento. Este casal não teve muito destaque e, portanto, não poderia ser um ponto marcante. Mas também Mrs. Jennings de S&S 2008 causou-me alguma decepção e, neste aspecto não penso ser devido ao argumento. Não quero com isto dizer que trata-se de uma má interpretação, apenas acho que Linda Basset não transmitiu a jovialidade desta senhora, apesar da mesma ser madura. Penso que ela poderia ter explorado muito mais o lado divertido e jovial de Mrs. Jennings.

 

  

 

Para equilibrar, há algumas surpresas agradáveis e que proporcionam momentos de interesse na série. É o caso de John Middleton, o primo que se propõe a receber as mulheres Dashwood em Barton Cottage. Acho que Mark Williams faz uma excelente actuação. Ele consegue recriar o Sir John que nós lemos em Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen.

 

 

Também destaco a personagem Anne Steele, interpretada por Daisy Haggard. Tenho que confessar que ela fez-me dar boas gargalhadas. Inconveniente e simplória, fala pelos cotovelos e sempre diz o que não deveria na hora mais imprópria possível. Causa alguns constrangimentos à sua irmã Lucy Steele.  É ela quem revela o segredo do compromisso entre Lucy e Edward e este foi um dos momentos altos da mini-série. A realidade é que ela rouba a cena sempre que aparece.

 

 

A presença marcante de Mrs. Ferrars é outra agradável surpresa. Jean Marsh apresenta-nos uma Mrs. Ferrars com um estilo semelhante ao de Lady Catherine de Bourgh de O&P. Uma matriarca com posição social e posses, que tem o futuro do filho mais velho pré-determinado e que não concebe outro destino para ele que não seja aquele que ela mesma concebeu. Sobretudo, planeia um casamento proveitoso para ele. Aliada à sua filha Fanny Dashwood, mostra-se antipática e desdenhosa relativamente às irmãs Dashwood e, particularmente, de Elinor. 

 

Não será absurdo dizer que quando assistimos a um filme/série alimentamos algumas expectativas e obtemos algumas surpresas. Acho que o balanço é positivo. As agradáveis surpresas, no que diz respeito à construção de personagens e actuações, minimizam a decepção que outras terão causado.

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