Sem Prada Nem Nada
2011 é o ano em que passam 200 anos da publicação de Sensibilidade e Bom Senso. Apesar da importância da data até ao momento ainda não vi nenhuma comemoração oficial. Vão existindo iniciativas para assinalar a data em blogues, como aquela em que participa a Cátia, mas aparte disso a data tem passado despercebida.
Depois de ter tido estreia marcada para meados de Julho e ter sido desmarcada, eis que na semana passada o From Prada to Nada ou em português Sem Prada Nem Nada estreou nas salas de Portugal.
O que dizer sobre o filme? Pessoalmente achei-o inferior às versões modernas de Orgulho e Preconceito, mas mesmo assim gostei. No entanto é um gostar moderado. Não gostei que tivessem transformado a Marianne numa jovem fútil, mas fiquei satisfeita com a caracterização de Elinor e a sua relação com Edward. Adorei a forma como introduziram o Willoughby acho que fez justiça ao personagem! De resto o filme é tão fiel à obra quanto é possível tendo em conta que já se passaram 200 anos desde que Jane Austen o escreveu e apesar de ser passar em Los Angeles num bairro mexicano e não numa qualquer cidade inglesa. Certamente que muitos que vejam o filme e desconheçam a obra de Jane irão ver nele um chorrilho de clichés, mas o que a maioria também não sabe é que é em Austen que Hollywood veio beber o conceito: rapaz conhece rapariga e detestam-se mutuamente!