Acabei de encontrar esta ilustração da autoria de Dale Stephanos, onde vemos a nossa Jane a ler Fifty Shades of Grey ( As Cinquenta Sombras Grey) não sei se será caso para rir ou para chorar...
Fanny não é marcante, forte, fulgurante, saltitante, destemida ou cómica. Fanny é constante, séria, frágil, de saúde e constituição delicada, firme e discreta. Estas não são virtudes que chamem a atenção ou que façam com grande parte dos leitores afirmem: "Como eu queria ser como Fanny!". Não. É mais certo afirmar que Fanny é mais seguramente vista como passiva, conformada, enfadonha e sem qualquer tipo de graça.
Então, não causa estranheza constatar que Fanny Price não desperte simpatia e que seja a heroína mal amada.
A personalidade de Fanny Price é grandemente determinada pelo meio que a cerca. A sua passividade e conformismo quanto ao seu papel e destino naquela casa geraram-se pela forma como foi tratada desde o momento de que saiu do seu próprio lar. Ela é da família mas a fronteira foi delimitada desde o início: era a parente pobre beneficiada pela caridade do tios. Dado isto, Fanny procurou sempre ser útil e grata; mesmo quando tratada injustamente. Salvou-lhe da tristeza da sua condição a generosidade e afecto de seu primo Edmund. Porem, até mesmo a sua condição física débil resulta em grande medida de ser-lhe negado conforto.
Apesar do seu papel em Mansfield ser claro penso, muitas vezes, que o caminho mais conveniente para Fanny teria sido ela tornar-se numa pessoa manipuladora, bajuladora e de má índole. Se ela tivesse adoptado uma postura de lisonja para com a sua Tia Norris, não teria esta a tratado com mais brandura? Se ela tivesse sido uma cúmplice de suas primas, não teria alcançado outro posto em Mansfield? Teria sido tão mais fácil sobreviver com regalias, conforto e estima… Acho que até os leitores a achariam mais atraente se ela tivesse sido desvencilhada e lutadora.
O único aliado de Fanny é a virtude. Ela é, com certeza, uma personagem que personifica a virtude. Não cede, não esmorece, não vacila. Mesmo que veja o seu próprio nome e bem-estar posto em causa, ela não pestaneja. Convenhamos, nos moldes actuais, isto não desperta muita simpatia. No fundo, não queremos heroínas virtuosas. Se Fanny cedesse a Henry Crawford ou se rebelasse contra a própria família fria e opressora, não a olharíamos com mais simpatia? Não pensaríamos secretamente "É assim mesmo, Fanny. Tens fibra!"?
O mais curioso nisto tudo é que as únicas pessoas que viram a grandeza de Fanny Price foram os dois personagens de carácter mais duvidoso: os Crawford. Ambos, Henry e Mary, viram quem realmente Fanny era e o seu valor.
Fanny não tem a presença de espírito de Emma Woodhouse, não tem a personalidade apaixonada de Marianne Dashwood, não é frontal e saltitante como Elizabeth Bennet, não tem a frescura e vitalidade de Catherine Morland, não tem a classe de Elinor Dashwood e não tem a elegância de Anne Elliot. Fanny é apenas alguém que encara a sua vida existe para servir aos outros, para ser grata e para ser correcta.
Fanny não é, de facto, popular. Se Fanny Price fosse nossa contemporânea nunca seria capa da revista Caras. Imagino-a como alguém anónima que estaria em alguma obra humanitária a fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Portanto, não me causa tanta estranheza que ela seja uma heroína impopular e mal-amada. Ela seria (e é) autêntica. Não seria uma pessoa ofuscante mas seria impressionante para quem a quisesse conhecer.
Por estes dias, a página do Facebook da editora Penguim English Library tem se mantido animada pela eterna rivalidade entre Jane Austen e as irmãs Brontë. Há quem ame Jane Austen e deteste as irmãs Brontë e o contrário também é verdade. Há ainda aqueles que em caso de incêndio ficariam indecisos entre salvar as irmãs ou salvar austen já que gostam bastante de ambas, esse seria o meu dilema.
Argumentos há muitos e que tal falarmos apenas de popularidade? No caso de Portugal e enquanto leitora e blogger julgo que Jane Austen ganha. A seu favor tem os facto de ambas as adaptações de Orgulho e Preconceito serem extremamente populares. Juntem a isso o número de vezes que a adaptação de 2005 já passou na televisão. Temos ainda o filme Becoming Jane ( A Juventude de Jane) que embora não seja fiel à vida da escritora com certeza acabará por suscitar interesse e atrair leitores.
Charlotte Brontë escreveu vários livros, mas apenas Jane Eyre é continuamente adaptada para televisão e cinema, assim com o Monte dos Vendavais da sua irmã Emily, menos sorte parece ter Anne que apenas uma vez teve a sua Inquilina de Wildfell Hall adaptada na televisão. Em Portugal a adaptação de 2006 de Jane Eyre apenas chegou aos nossos ecrãs em 2008, quando já tinha passado no mundo inteiro. O ano passado tivemos direito a ver, quase em primeira mão a última versão cinematográfica que esteve pouco tempo no cinema. Nenhuma destas versões chegou ao dvd e nesta altura dificilmente chegará. Fassbender, o Mr. Rochester da última versão cinematográfica, viu no ano passado a sua popularidade aumentar, mas isso só aconteceu mais tarde. Se o filme tivesse sido estreado alguns meses depois poderia ter capitalizado da popularidade do Mr. Fassbender.
Nenhuma das adaptações do Monte dos Vendavais feitas nos últimos anos para televisão deram o ar da sua graça nos nossos ecrãs. Em Maio estreou um filme, não o vi, mas será que chegará ao dvd? Possivelmente terá a mesma sorte que Jane Eyre.
E vocês caros leitores o que pensam? Gostam mais de Jane Austen ou das irmãs? Acham que Jane Austen é mais popular? E no caso dos nossos leitores brasileiros, contem-nos quem ganha esta eterna batalha no Brasil.
L die apuis, Elizabeth cuntou le a Jane l que se habie passado antre eilha i l Senhor Wickham. Jane scuitou la, a modo spantada i antressada; nun podie acraditar que l Senhor Darcy fura assi tan zmerecedor de l’amisade de l Senhor Bingley; assi i todo, nun staba ne l modo de ser deilha poner an dúbeda la berdade dun moço de figura tan amable cumo Wickham. La possiblidade de este algue beç haber sufrido tan grande anjustícia, bundaba pa le abibar ls mais ternos sentimientos; i de modo que nun tenie outro remédio que nun fura pensar bien de dambos a dous, defender l cumportamiento de cada un, i botá le las culpas a un mal antendido l que de outro modo nun podira ser splicado.
“Dambos a dous haberan,” dixo eilha, “sido anganhados, tengo l’eideia, dun modo ou doutro, por algo que nun podemos adebinar. Quien sabe se nun fui giente antresseira que ls puso d’a mal un cul outro. Ye, falando debrebe, ampossible para nós adebinar las rezones ou l modo cumo se apartórun, sien que nien un nien outro séian culpados.
“Tenes toda la rezon; i agora, mie querida Jane, quei me dizes a fabor de ls antresseiros que talbeç téngan a ber cun este assunto? Çculpá los tamien, ou bamos mos a sentir oubrigadas a poner las culpas an alguien.”
“Faç caçuada se quejires, mas you nun bou a demudar de oupenion. Mie querida Lizzy, pensa solo an que campo tan zounroso esso deixa l Senhor Darcy, al tratar dessa maneira l faborito de l pai del, alguien a quien l pai del pormetiu ajudar lo. Ye ampossible. Nanhun home cun alguns sentimientos, que tenga an buona cuonta l sou carátele, serie capaç dũa cousa dessas. Achas que ls amigos mais íntemos stan assi tan eiludidos a respeito del? Á! nó.”
“Sou mais lhebada a acraditar que l Senhor Bingley seia bítima dun anganho do que todo l que l Senhor Wickham me haia cuntado onte a la nuite nun haba passado dũa ambençon del; nomes, feitos, an todo el amentou sien eisitar. Se nun fur assi, l Senhor Darcy que lo benga a cuntradezir. Al menos, habie sinceridade ne l mirar del.”
“Ye rialmente defícele—ye lhamentable. Ũa pessona nun sabe l que há de pensar.”
“Perdona me; ũa pessona sabe bien l que pensar.”
Mas Jane poderie pensar que staba cierta al menos nun punto—que l Senhor Bingley, se staba a ser anganhado, muito el iba a sufrir quando todo se benisse a saber.
Las dues rapazas fúrun chamadas de l jardin, adonde esta cumbersa se passaba, puis habien acabado de chegar algues de las pessonas de quien stában a falar; l Senhor Bingley i las armanas benien pessonalmente a cumbidá las pa l baile an Netherfield, yá muitá aguardado, i que staba marcado pa la terça apuis. Las dues ties amostrórun se ancantadas por béren outra beç la sue querida amiga, falórun ne l muito tiempo an que habien stado apartadas i bárias bezes le preguntórun an que se habie acupado çque se habien apartado. Al restro de la família pouca atencion le dórun; fazendo todo l possible por nun ancarar cula Senhora Bennet, dezindo le pouca cousa a Elizabeth, i nada a todas las outras. A seguir fúrun se ambora, alhebantando se de ls sentalhos tan foutas que agarrórun l armano de surpresa, i apressiando se a salir para se scapáren a las amablidades de la Senhora Bennet.
L’eideia de l baile an Netherfield era mui agradable para todas las ties de la família. La Senhora Bennet dou an cunsidrá lo cumo sendo dedicado la sue filha mais bielha, i staba specialmente agradada por haber recebido l cumbite de l própio Senhor Bingley an pessona, an beç de un ceremonioso carton. Jane manginaba se nũa nuite marabelhosa an cumpanha de las sues dues amigas i cun las atençones de l armano; i Elizabeth sonhaba cun l gusto de beilar cun l Senhor Wickham i de ber la cunfirmaçon de todo na pessona i ne ls modos de l Senhor Darcy. La felcidade antecipada de Catherine i Lydia nun dependie tanto de un solo acuntecimiento, ou dũa pessona an special, puis, anque cada ũa deilhas, na mesma que Elizabeth, fazisse tencion de beilar metade de la nuite cun l Senhor Wickham, de modo nanhun el era l solo par que las podie sastifazer, i al cabo i al restro un baile era un baile. I até la própia Mary le garantiu a la família que nun sentie nada contra un adbertimiento desses.
- Çque puoda çponer de las mies manhanas para mi”, dixo eilha, “dou me por sastifeita—You cuido que nun ye un sacrafício partecipar de beç an quando nũa fiesta a la nuite. Todos tenemos deberes sociales a cumprir; i cunfesso que sou de las pessonas que cunsídran que ls anterbalos de recreio i adbertimiento son recomendables para todo mundo.”
Elizabeth staba tan animada por esta oucasion, que anque nun falasse muita beç cun l Senhor Collins a nun ser que fusse mesmo perciso, nun fui capaç de passar sien le preguntar se fazie tencion de aceitar l cumbite de l Senhor Bingley, i se l aceitasse, se el achaba própio participar an adbertimientos pula nuite; i eilha quedou surpresa quando el le respundiu que nun tenie nanhun reparo a esse respeito, i nun tenie miedo nanhun de ser cinçurado, tanto pul arcebispo, cumo por Lady Catherine de Bourgh, por s’astrebir a beilar.
“De manera nanhue cunsidro, acraditai me”, dixo el, “que un baile destes, ouferecido por un moço de carátele, a giente respeitable, puoda tener algo de mal; i stou tan loinge de me ampedir de beilar, que spero tener la honra de beilar cun todas las mies ancantadoras primas pula nuite afuora; i aporbeito esta oupertunidade para bos pedir, menina Elizabeth, ls dous purmeiros bailes an special, i spero que mie prima Jane beia esta scuolha debida a ũa rezon justa, i nó cumo ũa falta de cunsidraçon por eilha.”
Elizabeth quedou mui zeiludida. Eilha que se habie aperpuosto guardar aqueilhes dous bailes tan speciales pa l Senhor Wickham; i agora tenie que ser cun l Senhor Collins! la sue animaçon nunca habie tubido tan mala hora. Assi i todo, nun habie modo de scapar. La felcidade de l Senhor Wickham i la deilha mesma fui adiada para un cachico mais tarde, i la perpuosta de l Senhor Collins aceite cun tanta gentileza quanto le fui possible. Eilha nien sequiera staba agradada pula galantarie del, puis l’eideia scundie algo mais. Pula purmeira beç dou an pensar, que eilha era la scolhida antre las armanas para se tornar la senhora de la casa paroquial de Hunsford, i cumpletar la mesa de jogo an Rosings, na falta de bejitantes mais scolhidos. Essa eideia lhougo se demudou an certeza, quando ouserbou cumo crecien las atenciones del an relaçon a eilha, i oubiu las muitas bezes an que el fazie por agabá la pulas sues capacidades i por ser mui lista; i anque stubira mais spantada do que recoincida por esse eifeito de ls sous ancantos, nun se passou muito tiempo sien que la mai le dira a antender cumo le agradaba un probable casamiento antre eilhes. Assi i todo, Elizabeth mais quijo nun se dar por achada, puis staba yá a ber la çcuçon fuorte que ũa cuntestaçon deilha iba a traier. L Senhor Collins podie até nunca chegar a fazer l pedido, i, até que l fazisse, era tiempo perdido star a renher por bias del.
Se nun tubira sido l baile an Netherfield que habie que purparar i era assunto de cumbersa, las meninas Bennet mais nuobas íban a star nessa altura nun stado lhastimoso, puis zde l die de l cumbite, até al die de l baile, chobiu tanto i sien paraije que fui ampossible íren ũa sola beç a Meryton. Nien tie, nien oufeciales i criqueirice para fazer—ls própios centros de rosas para Netherfield tubírun que ser feitos por anquemenda. La própia Elizabeth perdiu algue pacéncia por bias daquel tiempo a puntos de haber suspendido de todo ls abanços de l coincimiento deilha cun l Senhor Wickham: i nada a nun ser l baile de terça, poderie haber tornado la sesta, l sábado, l deimingo i la segunda suportables para Kitty i para Lydia.
Caríssimas leitoras que visitem neste instante o blogue! No passado mês falámos dos lugares de Emma, sendo um deles Box Hill. Precisamente passa agora na televisão, na RTP2 uma prova de ciclismo dos jogos olímpicos que decorre no parque de Box Hill. Quem quiser dar uma espreitadela à paisagem, tem agora uma oportunidade!
Há dias escrevi aqui que este livro, mundialmente famoso e que tem gerado muitos posts por essa internet fora tinha dado origem a uma nova ideia de integrar cenas de sexo nos clássicos.
Mas nem tudo são más noticias para os amantes da literatura clássica, de acordo com o jornal inglês The Guardian, o livro é apontado como responsável pelo aumento das vendas do livro Tess of d'Urbervilles de Thomas Hardy. Podem ler tudo sobre o assunto: aqui
Isto é uma boa noticia, apesar de ser apenas sobre leitores ingleses. Com o sucesso que este livro está a ter por cá, é número 1 nos tops das várias livrarias portuguesas, quem sabe se as editoras não publicam o livro em questão?
Há uns tempos com o sucesso da saga Twilight, algumas editoras portuguesas publicaram o livro de Emily Brontë, O Monte dos Vendavais. Nos livros criados por Stephanie Meyer, o livro é apontado como o favorito dos protagonistas, uma das edições mencionava na capa isso. Além disso a imagem escohida tinha uma clara influência da saga em questão.
Por isso é de esperar que o mesmo aconteça a Tess. Thomas Hardy não faz parte da nossa votação mas está entre os melhores escritores ingleses, ainda que não agrade a gregos e troianos. Se o livro for publicado isso pode significar um impulso à literatura clássica e ao nosso projecto, resta-nos esperar que tudo corra pelo melhor.
Agora, publicamos online a nossa nova ficção amadora, cujo mote foi simplesmente misturar as várias personagens do universo Austeniano... do que falariam uma Lizzie e uma Emma? Teria Marianne criado alguma ilusão por Mr. Wickham? Ou quiçá, uma amizade de infância entre Lady De Bourgh e Mrs. Ferrars!
Seguimos o mesmo método – a cada uma coube uma semana para desenvolver a história. Nenhuma de nós sabia que rumo a história ia tomar, ela foi-se formando simplesmente!
Esperamos que gostem e que nos perdoem alguns possíveis exageros, mas tudo não passa de um exercício de imaginação e de paródia. Gostamos de acreditar que Miss Austen se iria rir muito se porventura tal história lhe fosse um dia parar às mãos!
Este post peca por atraso. Já devia ter sido publicado há cerca de três meses, se não estou em erro. Por isso, peço sinceras desculpas à Ana Saraiva, colega e participante no "Clube de Leitura Bertrand - Jane Austen".
O enquadramento deste post situa-se no seguimento das sessões do referido Clube que têm ocorrido em Lisboa. Numa dessas sessões, foi proposto aos participantes que fizessem um pequeno texto sobre o que desejassem no âmbito da obra da nossa escritora de eleição: Miss Austen. Respondendo ao desafio, a Ana Saraiva, enviou-me um email com as suas impressões sobre o Clube. Este post é, pois, da sua autoria.
"Começo por felicitar esta iniciativa da Bertrand. Gostei bastante de participar na primeira sessão do Clube de Leitura Jane Austen e espero estar presente no próximo domingo.
Gosto imenso desta autora que continua passados duzentos anos a cativar novos leitores mas pessoalmente conheço poucas pessoas que partilhem este interesse pelo que estava na expectativa de ver como decorreria e quem participaria.
Tal como Elinor dispus-me a “observar e analisar novos amigos” * e fiquei surpreendida por verificar a disparidade de personalidades presentes. A apresentação das diferentes edições de “Sensibilidade e Bom Senso” é um detalhe que ilustra esta realidade. Edições recentes, outras antigas com capas deliciosas, quer em português ou no original. Antecipei, erradamente, que iria encontrar um grupo mais homogéneo de pessoas que partilham este gosto por também coincidirem numa certa maneira de ser ou partilharem interesses comuns.
No meu caso, nutro uma simpatia por vários aspectos da cultura britânica e, em concreto nestes romances, atrai-me o protagonismo das personagens femininas que garantem um infindável manancial de informação relativa às questões quotidianas. A partir da descrição pormenorizada de casas e jardins, poderíamos construir um cenário. A acção quase sempre decorre em ambientes intimistas hermeticamente vedados às grandes preocupações - e realidades – do mundo exterior, transmitindo uma tónica geral de serenidade e comedimento mesmo quando se vivem alguns dramas pessoais. Resumidamente são estes alguns dos aspectos que me cativam, mas pergunto-me : - O que une personalidades tão distintas nesta paixão comum? Esta questão não representa propriamente um tema para debate mas gostaria , aproveitando o facto de termos tido um diálogo tão directo na última sessão, de satisfazer a curiosidade quanto à motivação das pessoas presentes.