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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Shortstory 2 - Parte 32

Na realidade, Emma não tinha conseguido falar calmamente com Wentworth depois do baile. Mas tendo em conta a sua maneira animada de falar, e um brilho nos olhos que já não via há muito tempo no seu amigo, a “casamenteira” Emma ficara a pensar que o seu plano tinha sido bem-sucedido. Anne, sempre calma e comedida, depois do seu pequeno encontro com o seu amado, tagarelara pela noite fora com as suas novas amigas. Tudo indicava para um compromisso entre os dois.

No entanto, parecia que tudo não passara de uma ilusão. Anne afinal não se havia rebelado como dera a entender, continuava de rédea curta em relação a seu pai e sempre a seguir a sua opinião.

No final desse dia, logo que se encontrou sozinha nos seus aposentos, pegou em papel e na sua pena e começou a escrever uma longa carta a Frederick Wentworth. Não foi totalmente directa sobre o real motivo da sua carta, mas Emma tinha um jeito especial para conseguir as informações que ambicionava sem ser inteiramente explícita. E escreveu até muito depois de toda as pessoas que habitavam naquela casa se erem retirado.

 

                                                                              *

 

A manhã surgiu resplandecente, como há muito não se via. Os residentes de Pemberley acordaram como uma disposição renovada, depois de dias de chuva intensa e desanimadora. O dia previa algo de muito bom.

Mas os moradores não estavam à espera do que se passaria a seguir. Mrs Portman, uma das governantas dos Darcy, entrou esbaforida pela porta de entrada sem conseguir pronunciar uma única palavra.

Não foi preciso esperar muito tempo para se perceber o que tinha acontecido: Anne Elliot surgira na luz com uma mala de mão, vestido rasgado e quase a desfalecer.

Sugestão de Voto - Anne Of Green Gables de Lucy Maud Montgomery

Tenho a certeza que quem já votou neste nosso projecto, não deve ter reconhecido este título. Mas se tiverem sido crianças nos anos 80, de certeza que se lembram da Ana dos Cabelos Ruivos. Para quem não sabe estes desenhos animados fizeram furor nos anos 80 e ainda hoje muita gente os cita como os seus desenhos animados preferidos. Naquela altura a RTP passava imensos desenhos animados feitos no Japão.

 

A Ana tem a sua origem numa colecção de livros ( oito ao todo) escritos pela canadiana Lucy Maud Montgomery. Todos nós que vimos a série de desenhos animados recordamos uma miúda que falava pelos cotovelos, detestava matemática e que se meteu em alguns sarilhos memoráveis como embebedar a melhor amiga Diana e pintar o cabelo de verde!

 

Contudo a Ana é muito mais que isso, é uma história de luta e coragem de uma menina órfã ( os órfãos não eram nada bem vistos naquela altura) que ao ser adoptada por dois irmãos, Marília e Vicente, acaba por triunfar sobre a adversidade. Os desenhos animados apenas adaptam o primeiro livro, mas os outros seguem Ana pela idade adulta com todos os sucessos e fracassos que tem de enfrentar.

 

Se a Ana ao ser publicada teria sucesso? Eu não tenho dúvidas que sim. Há toda uma geração de crianças dos anos 80 que hoje são adultas e sentem uma certa nostalgia por estes desenhos animados e que iriam com certeza adorar ler esta colecção de livros. Muitas delas são mães e pais, tios e tias, padrinhos e madrinhas que de certeza que iriam partilhar com as suas crianças as aventuras da menina órfã de imaginação fértil.

 

Não resisto a terminar com um vídeo de quando Ana conhece Diana, para os mais saudosistas!