Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Ilustrações

 

 

Quem serão estes dois? Foi através do Jane Austen Today que descobri esta ilustração maravilhosa que partilho aqui. Uma pista é do meu vilão preferido....Para quem não sabe é o Willoughby, o único que nunca consegui odiar apesar de todas as infâmias que comete.

A autoria pertence a Liz Monahan e podem ver os seus trabalhos e eventualmente comprá-los aqui

Shortstory 2 - Parte 26

Corria o mês de Agosto. Catherine, agora viúva, não regressara para a sua casa da casada que ia agora ser vendida. Tinha passado uma temporada em casa dos pais e agora estava junto da sua grande amiga, Marianne Brandon. Discutiam alegremente poemas e poetas no grande bosque da propiedade de Delafort quando Brandon surge entre as árvores trazendo na mão uma carta.


- Minha querida Marianne, - ela olhou com toda a ternura para Brandon, curiosa – recebi uma carta para ti de Elinor – sentou-se numa das cadeiras vazias, colocadas à sombra de um grande castanheiro, centenário, porventura, e entregou-lhe a carta. Marianne passou rapidamente os olhos e vendo que nada de particular tinha, leu-a alto:


    Querida Marianne,


É com profunda tristeza que anuncio um singular acontecimento. Estás certamente recordada de Mr. Tilney. Como sabes, estava noivo de Miss Harriet Smith. O casamento, para o qual estavamos convidadas, e que se iria realizar dentro de três dias, foi desfeito. É com profundo pesar que te digo que Miss Smith fugiu com um Mr. Martin e que estarão, neste momento, de partida para as Índias Ocidentais, conforme ela deixou num bilhete de despedida.
    

Mr. Tilney está agora connosco. Entre ele e Edward criou-se uma grande amizade e penso que deseja estar afastado da sociedade e da família por uns tempos. Acredito que seria benéfico se lhe proporcionássemos alguma distração.
    

Fico a aguardar notícias tuas,


    Na expectativa de que esteja tudo bem,


    Sempre tua,
    Elinor F.


Catherine não pode evitar demonstrar uma enorme surpresa e Brandon ficou igualmente abalado. Marianne dirigiu-se para Brandon:


– Preciso de responder a Elinor, Richard, achas que podíamos fazer-lhes uma visita ainda hoje?


- Certamente Marianne, o pobre Tilney deve estar com o coração desfeito. – Marianne sorriu perante a sensibilidade do marido que era tão ou mais romântico do que ela.


Dito e feito. Nessa mesma noite, podíamos encontrar à mesa dos Ferrars, o infeliz Mr. Tilney, o casal Brandon e a viúva Mrs. Thorpe.



Shortstory 2 - Parte 25

Elinor não pode deixar de partilhar com Marianne que era um descanso não ter semelhante casal por perto numa altura tão crítica e embora lamentasse a causa que originava a sua partida, não sentia sequer um pingo de saudade de tais companhias. Harriet passava também muito do seu tempo seguindo Elinor de um lado para o outro pois, ao que Elinor percebeu, Marianne exercia sobre ela um certo temor, tal era a facilidade com que expunha as suas opiniões. Tal facto, permitiu que Elinor ficasse a par de tudo o que Harriet dizia e tudo o que não dizia. Ficou a saber que o noivado com Mr. Tilney tinha sido consequência de uma grande precipitação provocada pelo pai de Henry, o General Tilney.

 

Harriet, tinha conhecido Henry em Bath, numa temporada que lá passou com uma família sua conhecida. Durante o pequeno período de convivência apreciara sempre a sua companhia, que era extremamente agradável pois Henry sabia um pouco de tudo e falava muito com ela – Embora me custe muitas vezes perceber o que ele diz, sabe Mrs. Ferrars... – confidenciava Harriet muito tristemente. Elinor veio a saber, numa noite quando estavam apenas as duas juntas na sala de estar que Harriet descobrira apenas muito recentemente qual a sua origem. Era uma revelação muito pessoal e íntima, Elinor ficou espantada que Harriet lhe fizesse tamanha confidência, uma vez que o conhecimento entre ambas era ainda muito recente.


- Sabe, Mrs. Ferrars, só muito recentemente descobri que meu pai é Conde. Vivi sempre na escola de Mrs. Goddard, uma mulher incrível a quem muito devo e é lá que tenho todos os meus amigos e todos os que me são mais queridos – Harriet dizia tudo isto sem ponta de vaidade ou altivez, toda a frase transpirava a sua humildade inerente e Elinor percebia que o facto do pai ser Conde nada acrescentava ao espírito doce de Harriet.


– Depois, aconteceu tudo muito depressa... General Tilney pediu-me em casamento em nome do filho poucas semanas depois do  nosso conhecimento em Bath... – Elinor reparou no tom um tanto ou quanto desgostoso de Harriet. Desejou-lhe as felicidades da praxe colocando na sua aitude e palavras todo o carinho que lhe tinha e que crescia cada vez mais.


Nessa mesma noite, quando Elinor chegou ao seu quarto, encontrou Edward no corredor, fechando atrás de si a porta do quarto de Catherine.


- Ainda não acordou. Marianne está com ela... Estou preocupado, Elinor. – Elinor deu o braço ao marido, apertou-o com força e encostou ligeiramente a cabeça no seu ombro. Quando se encontraram na privacidade do seu quarto, Edward revelou um pouco mais sobre a razão para a sua preocupação.


- Thorpe ainda não deu nenhuma notícia... já cá devia ter uma resposta, tinha obrigação de ter cá uma resposta!


- É possível que venha ele próprio a caminho.


- Mesmo assim Elinor, Mrs. Thorpe está inconsciente vão já fazer quatro dias... um marido devia estar junto da mulher sempre, ainda para mais numa situação destas! – Elinor apertou-o num abraço muito profundo que transmitia muito mais do que quaisquer palavras conseguiriam. Entre eles reinava um entendimento silencioso e era isso que tornava tal relação em total harmonia.


No dia seguinte, chegou Mrs. Morland, que havia sido avisada por Elinor. Mrs. Morland agradeceu todos os cuidados e foi com um abraço muito maternal que finalizou os seus agradecimentos para com Elinor. Juntou-se depois a Marianne na vigília.


Catherine, antes do acidente, estava a aprender a ser heroína, lia todos os romances que constavam dos requisitos necessários e o seu dom de imaginação fazia o resto. Por isso, quando uma rapariga quer ser heroína, nenhum casamento infeliz a pode impedir. E assim, ao quinto dia da sua inconsciência, Edward Ferrars recebeu uma terrível notícia. Tom Bertram, amigo de longa data de Thorpe, chegara de madrugada a casa dos Ferrars dizendo que o amigo falecera em virtude de um terrível desastre ocorrido na corrida de cavalos a que assistiam.


- Thorpe correu para junto da pista e foi abalrroado por dezenas de cavalos, o que provocou a sua morte imediata – dizia isto enquanto lhe corriam lágrimas nos olhos - Thorpe sempre gostou tanto de cavalos... – rematou ele e esboçou um ténue sorriso como que admirado pela ironia da vida.


Catherine acordou da sua letargia, viúva. Dada a sua debilidade, todos optaram por não lhe dar a notícia de imediato e assim decorreram vários dias. Quando Mrs. Morland lhe deu a terrível novidade, Catherine caiu num enorme desgosto. Tinha muita estima pelo marido, embora soubesse que ele não lhe era igualmente devotado. Mas não nos esqueçamos, Catherine estava em vias de se tornar heroína, logo, alguma coisa aconteceria para que se deparasse com um herói.



Shortstory 2 - Parte 24

- Mas como foi isto acontecer? – A porta atrás de si abriu-se, Elinor trazia nas mãos uma bandeja com o necessário para cuidar da doente ainda inconsciente. Marianne repetiu este pensamento em voz alta, como se isso lhe aliviasse algum peso da culpa que sentia dentro de si.


- Marianne, tudo não passou de um acidente querida. Edward já mandou chamar o médico. Mr. Tilney encarregou-se de ir chamá-lo à vila pessoalmente. Tudo se vai resolver. Edward está agora a escrever para Thorpe. Que infeliz altura esta para ele se ausentar... – esta frase não era tão verdadeira assim, Elinor achara de extrema falta de educação por parte de Mr. Thorpe, ausentar-se logo no dia seguinte à chegada dos convidados com a escusa de ter de partir de imediato para um festival de corrida de cavalos que ia decorrer perto e Bath e ao qual não podia faltar, uma vez que o seu Rusk, do qual tanto se gabava, ia realizar a sua primeira corrida. “Um excelente cavalo!”, dizia, “a minha melhor aquisição de sempre! Imagina, Edward que apenas paguei por ele uns míseros ... uma pechincha!”.


Marianne estava inconsolável. Não abandonou a cabeceira da amiga nem por um segundo, durante os quase seis dias em que a amiga não deu sequer sinal de si. Mr. Keen, o médico da vila, fora peremptório ao dizer que “Mrs. Thorpe fora muito infeliz na queda, não protegera o impacto e a cabeça atingira o chão com demasiada força, fazendo-a perder os sentidos”. Todavia garantiu que tudo não passava de um estado temporário e que nada levava a crer que não acordasse e recuperasse com facilidade, mas tudo a seu tempo!


Tamanho infortúnio teve a vantagem de levar a que Mr. e Mrs. Robert Ferrars adiantassem a sua partida, pois, tal como Lucy deixou claro enquanto subia para a carruagem e dizia em surdina para o marido – Era deprimente estar numa casa onde permanecia uma moribunda e um bando de gente apenas preocupada com ela!

Catherine «Kitty» Bennet

A fuga de Lydia afectou Kitty de uma forma diferente do resto da familia. Todos os Bennet ficaram sujeitos a comentários e má reputação, mas Kitty viu as suas vontades mudarem. Não é estranho que após a fuga de Lydia e Wickham, Mr. Bennet se tenha tornado muito mais protector de Kitty. Sendo que Kitty sempre imitou Lydia, a preocupação é compreensivel e terá trazido bons frutos ao futuro de Kitty.

 

A biografia A Memoir of Jane Austen escrita por James Austen-Leigh indica que Kitty terá casado satisfatoriamente com um clérigo de uma paróquia próxima de Pemberley.

Poderá parecer estranho que a festiva Kitty tenha tido tal destino (vida calma e com deveres inerentes), mas já no fim de O&P são descritas mudanças no carácter desta Bennet.

Sem a influência de Lydia, com a protecção dos pais e orientação de Jane e Lizzy, Kitty ter-se-á tornado uma mulher mais sensata, elegante e racional. Sendo assim, é possivel que este matrimónio se tenha revelado agradável e feliz.

Mary Bennet

The Independenceof Miss Mary Bennet, Colleen McCullogh

 

A narrativa deste livro passa-se vinte anos depois do fim de «Orgulho e Preconceito». Revela o futuro das várias personagens; o mais decepcionante é a infelicidade do casal Darcy.

Não entanto, não vou entrar em pormenores para não estragar a surpresa a quem quiser ler. Vou focar-me na personagem protagonista deste livro: Mary Bennet.

Com a morte de Mrs. Bennet, Mary pode finalmente fazer os seus próprios planos. Tendo passado a sua vida a cuidar dos pais, Mary anseia viajar. Os seus gostos «intelectuais» que bem conhecemos continuam, embora mais suaves e altruístas.

Miss Bennet deseja viajar por Inglaterra para investigar as condições de vida dos pobres e oprimidos. O seu intuito de publicar um livro com esses relatos revela-se mais perigosos do que seria esperado!

Mary terá ainda que lidar com pretendentes…

O livro tem tradução em português e não é muito dificil de encontrar em livrarias ou bibliotecas.

Shortstory 2 - Parte 23

Robert e Lucy Ferrars tinham chegado há três dias e não podiam ser visitas mais indesejadas. A recepção fora cerimoniosa e sem grande diálogo. Edward e Elinor fizeram a devida visita à casa e o olhar de desdém com que Lucy via e ouvia as descrições, não podia ser mais evidente. Enfim, Elinor suportou estoicamente todas as mais diferentes indirectas da cunhada: “Mrs. Ferrars confidencia-me muitas vezes a enorme felicidade que tem em me ter como sua nora!”, “Ah! Quando se tem uma sogra que se preocupa tanto connosco que nos manda bilhetes cerca de cinco vezes por dia, não se pode desejar mais!”, “Mrs. Ferrars já chegou a dizer que não há melhor nora no mundo!”. Todas as conversas com Lucy terminavam assim, “Mrs. Ferrars isto, Mrs. Ferrars aquilo”. Perante tais circunstâncias, é natural que ao terceiro dia, todos desejassem a partida dos Ferrars.


Catherine estava no quarto quando foi subitamente surpreendida pela sua amiga Marianne que entrava de rompante.


- Insuportável! Nunca na minha vida receberia tal criatura em minha casa!


 Perante este desabafo irritado de Marianne, Cathy compreendeu de imediato que o objeto de tanta crispação no espírito de Marianne só poderia ser Lucy Ferrars.


- Mas quem se julga ela? A dar ordens às criadas, numa casa que não é a sua? A insinuar que a minha irmã não sabe como governar a própria casa!


- Talvez esteja a tentar ajudar... – mas nem a própria Catherine acreditava em tal coisa. Nem mesmo a sua tendência aberta para gostar de todas as pessoas lhe permitia qualquer empatia com Lucy, cuja própria sombra lhe cheirava a falso e para mais, Marianne havia-lhe feito uma descrição pormenorizada do comportamento que Lucy tinha tido num passado bem recente.


Marianne sentou-se com um olhar incrédulo para Catherine, com que a dizer-lhe “Nem tu acreditas nisso!”. Catherine sentou-se ao seu lado.


- Não te aflijas tanto assim... se reages dessa forma, imagina o que não sentirá a tua irmã ao ter de ouvir semelhantes coisas. - Marianne nada disse, mas sentiu um aperto no coração. Conhecia bem demais o temperamento da irmã, imaginava o que sofria em silência, e ela ali, queixando-se egoisticamente quando devia estar junto da irmã a apoiá-la. Levantou-se num ápice, desequilibrando a pobre Catherine que estava sentada na beirinha da cama.



Proua i Percunceito – Capítalo XV



L Senhor Collins nun era un home anteligente, i essa falha de la natureza an nada fura ajudada nien pula eiducaçon ou nien pul cumbíbio social; l mais de la bida del habie sido passada ambaixo l’outeridade de un pai anculto i garunhas; i anque tubisse andado nua ounibersidade, mantubo se alhá solo ne ls cursos mesmo neçairos, sien que se tubisse formado an qualquiera coincimiento útele. La sujeiçon cun que l pai lo eiducara, dira le al ampeço ua grande houmildade nas maneiras; mas era agora mui apoucada pula proua que ben dũa pessona pouco anteligente, a bibir eilha sola, i cun sentimentos própios dũa prosperidade temprana i nun sperada. Ũa feliç suorte habie lo recomendado a Lady Catherine de Bourgh quando apareciu aqueilha baga an Hunsford; i l respeito que el sentie pula alta posiçon social de la tie, i la beneraçon por eilha cumo sue ama, a la par cun ũa mui buona oupenion de el mesmo, de la sue outeridade cumo cura, i de ls dreitos del cumo reitor, habien feito del ũa mistura cumplicada de proua i de sabujice, de prejunçon i de modéstia.

Tenendo agora ũa buona casa i un rendimento que le chegeba i sobraba, el resolbira a casar se; i al buscar quedar a bien cula familha de Longbourn tenie ũa mulher an mira, puis fazie tencion de scolher ũa de las filhas, se las achasse guapas i simpáticas cumo staba corricado. Era este l plano del para eimendar las cousas—ó reparacion—por ardar las propiadades de l pai; i el tenie lo cumo un eicelente plano, yá que era legítimo i al modo, i dun grande zantresse i generosidade de la parte del.

L plano del nun se modeficou al bé las. La guapa cara de la Menina Bennet lhougo le confirmou ls perpósitos del, confirmou las sues eideias apertadas subre la perferéncia a dar a las mais bielhas; i lhougo na purmeira belada eilha fui la scuolha del. Mas la manhana apuis trouxo ũa altaraçon; por un quarto de hora de frente a frente cula senhora Bennet antes del zayuno, apuis de ampeçar la cumbersa subre la casa de la paróquia, el confessou le las spranças del, de que la duonha deilha la pudisse achar an Longbourn, dou neilha l resultado, antre simpáticas risas i de an giral lo animar, de que lo abisaba quanto a essa mesma Jane an que ponira l’eideia. “Ne l que respeitaba a las filhas mais nuobas, eilha nun poderie tomar la repunsablidade de dezir—eilha nun le poderie dar ũa repuosta segura—mas eilha nun era sabedora de nanhue anclinaçon nesse sentido; de la filha mais bielha, eilha bie se oubrigada a dezir lo—eilha sentie até cumo deber deilha dar se lo a antender, staba quaije cmprometida cun outra pessona.

L Senhor Collins solo tenie que demudar de Jane para Elisabeth—i esso fui feito mui debrebe—fizo lo enquanto la Senhora Bennet staba a amanhar l lhume. Elizabeth, apuis de Jane tanto pula eidade cumo an belheza, sucediu le naturalmente.

La Senhora Bennet guardou l’eideia cun eilha i cunfiaba que bien debrebe iba a tener dues filhas casadas; i l home de que na biespera nun podie sequiera oubir falar staba agora an grande stima i cunsidraçon.

L’antençon de Lydia de ir até Meryton nun quedara squecida; todas las armanas menos Mary, cuncordórun an ir cun eilha; i l Senhor Collins iba le a serbir de cumpanha, a pedido de l Senhor Bennet, que aplediaba por se ber lhibre del, i tener la biblioteca solo para el; l Senhor habie lo seguido zde l zayuno; i purparaba se para cuntinar, al que parecie acupado cun un de ls mais grandes belumes de la coleçon, mas na prática falando cun l Senhor Bennet, quaije sien parar, de la casa i de l jardin del an Hunsford. Todo esso deixaba l Senhor Bennet fuora del mesmo. Na biblioteca del siempre habie garantido l sossego i la tranquilidade; i staba çpuosto, cumo se l dixo a Elizabeth, a aguantar la burrice i a la prejunçon an qualquiera outra debison de la casa, mas eilhi afazira se a star lhibre de todo esso; dendê que tenga ousado to la sue delicadeza an cumbidar al Senhor Collins para se ajuntar a las filhas ne l passeio deilhas; i l Senhor Collins, stando mais para ũa caminhada do que para leituras, amostrou ũa grande sastifaçon an cerrar l sou lhibro gordo, i ir.

I antre frases amprouados i ansosas de l lhado del, i simpáticos meneares de cabeça de las primas del, passou se l tiempo até que antrórun an Meryton. Ende l’atencion de las mais nuobas deixou de star presa el. Ls uolhos deilhas lhougo se ponírun a correr la rue a saber de oufeciales, i nada a nun ser un chapeu mesmo mui alegante, ou ũa musselina mesmo nuoba nalgue betrina, las poderie çtrair.

Mas l’atencion de todas las rapazas fui lhougo agarrada por un home inda moço, que eilhas nunca habien bido antes, que tenie ũa mui guapa figura, caminando cun un oufecial de l outro lhado de la rue. L oufecial era l Senhor Denny an pessona de que Lydia se benira a anformar quanto a la benida de l de Londres, i que le fizo ũa dénia als bé las a passar. Todas quedórun ampressionadas cula figura de l benediço, botórun se a adebinar quien poderie ser; i Kitty i Lydia, decididas, se possible, a çcubrir, atrabessórun la rue i fúrun pa l passeio de l outro lhado, fazendo de cuonta que querien algo ne l soto delantre, i chegórun al passeio mesmo na altura an que ls dous cavalheiros, que habien buolto al para trás, chegában al mesmo sítio. L Senhor Denny fui directamente a tener cun eilhas, i pediu le lhicéncia p ale apersentar l amigo del, l Senhor Wickham, que l die atrás bolbira cun el de la capital i tenie l gusto de anunciar que aceitara ũa posiçon ne l regimento. Esto yá era de mais; al moço solo le faltaba la farda de l regimento para se tornar mesmo ancantador. L’ aparecéncia era toda a fabor del; era mui guapo, ls traços éran delicados, ũa buona figura, i las maneiras mui agradables. A l’apersentaçon seguiu se de la parte del ũa cumbersa mui suolta—ũa cumbersa que era a la par purfeitamente correta i natural; i inda stában todos a cumbersar agradablemente quando l rugido de cabalhos le chamou l’atencion para Bingley i Darcy, que benien pula rue abaixo a cabalho. Quando recoincírun las ties de l grupo, ls dous cavalheiros lhougo fúrun a tener cun eilhas, i ampeçórun lhougo cun ls cumprimentos questumados. Era percipalmente Bingley que falaba, i la Menina Bennet la sue percipal atencion. Nessa altura, dixo le el, íban a caminho de Longbourn para se anteiráren a respeito deilha. L Senhor Darcy apoiou esso cun ũa dénia, i staba a ber se nun cruzaba ls uolhos del cun ls de Elizabeth quando de repente quedórun parados al ber l benediço, i Elizabeth, dando se de cuonta de l calantriç de dambos a dous al ancaráren un cul outro, quedou pasmada cun l efeito desse ancuontro. Dambos a dous demudórun de quelor, un quedou branco, l outro rosado. L Senhor Wickham, passado un ratico, topou cula mano ne l chapeu —un cumprimento a que l Senhor Darcy le respundiu. Qual poderie ser l sentido desso? Era ampossible de manginar; mas era ampossible nun lo querer saber.

Un cachico apuis, l Senhor Bingley, sien parecer que se habie dado de cuonta de l que se passara, çpediu se i fui se ambora cun l amigo del.

L Senhor Denny i l Senhor Wickham passeórun cun las moças até la puorta de casa de l Senhor Philips, i ende fazírun las sues dénias, anque la Menina Lydia ansistira para que antrássen i anque tamien la Senhora Philips assomando se a ũa jinela de la preça de casa benira de modo mui bibo a apoiar l cumbite.

La Senhora Philips quedaba siempre mui cuntenta por ber las sobrinas; i las dues mais bielhas, por bias de nun las ber yá algun tiempo, fúrun specialmente bien recebidas, i eilha staba a amostrar le la sue surpresa por tan de repente habéren bolbido a casa, que, cumo la carruaije deilhas nun las tubira ido a buscar, nun haberie sabido de nada, se nun se tubira dado l causo de ancuntrar an rue l pinche de l Senhor Jones, que le habie dezido que nun tenien de ambiar mais remédios para Netherfield porque las Meninas Bennet yá se habien ido ambora, quando l’atencion deilha fui zbiada pa l Senhor Collins, que Jane le apersentaba. Eilha recebiu lo culas sues melhores maneiras, a que el le respundiu c’un zagero inda mais grande, pedindo çculpa por antrar assi an casa deilha, sien que antes le houbira dado coincimiento desso, mas que el speraba justificar por ser pariente de las moças que lo traírun al coincimiento deilha. La Senhora Philips quedou barada cun tan grande buona eiducaçon; mas la sue cuntemplaçon daquel benediço fui lhougo anterrumpida pulas sclamaçones i preguntas a respeito de l outro; a respeito de l qual, assi i todo, eilha solo soubo dezir l que las sobrinas nun yá sabien, que l Senhor Denny lo traíra de Londres, i que el iba a acupar l puosto de teniente——ne l cundado. Eilha habie stado a mirar para el na última hora, dixo le, anquanto el passeaba rue arriba i rue abaixo, i se Senhor Wickham aparecisse, Kitty i Lydia haberien de buona gana cuntinado essa acupaçon, mas anfeliçmente mais naide passou agora delantre de las jinelas a nun ser alguns oufeciales, que, acumparados cun aquel benediço, nun passarien agora de “uns fulanos burros i zagradables”. Alguns deilhes íban a cenar cun ls Philips a soutordie, i la tie pormetiu le que le dezirie al home deilha que bejitasse l Senhor Wickham, i lo cumbidasse tamien a el, se la família de Longbourn quejisse benir a la nuite. Assi quedou treminado, i la Senhora Philips acrescentou que íban a tenerl bilhetes de l advertido jogo de la loterie, i ũa subrecena lhebe i caliente. L’eideia de tales delícias era eicelente, i eilhas fúrun se ambora mui cuntentas. L Senhor Collins bolbiu culas sues çculpas al salir, i cun grande delicadeza fui le dezido que nada daqueilho era perciso.

De caminho para casa, Elizabeth cuntou le a Jane l que eilha se dira de cuonta antre ls dous cavalheiros; i anque la reaçon mais natural de Jane fura defender un ou dambos a dous, se algun deilhes le parecira an falta, tamien cumo l’armana nun achou splicaçon para un cumportamiento assi.

L Senhor Collins apuis de bolber deixa la Senhora Bennet mui cuntenta al amostrar le la sue admiraçon pula delicadeza i las maneiras de la Senhora Philips. Dezie el que, tirando Lady Catherine i la filha deilha, nunca bira ũa mulher tan alegante; yá que eilha nun solo lo recibira cun toda l’eiducaçon, cumo tamien lo ancluíra ne l cumbite pa la belada de l die apuis, anque eilha nunca lo tubira bido antes. Esso era an buona parte debido a la parentena cun eilhes, mas que assi i todo nunca an dies de sue bida recebira tantas probas de atencion.



Pág. 1/7