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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Jane Austen na Literatura Inglesa # 1

 

O livro História da Literatura Inglesa, da autoria de Andrew Sanders, faz oenquadramento da obra de Jane Austen na história da literatura inglesa, como o próprio nome indica. Esta aparece referenciada no período literário relativo ao Romantismo (1780-1830). Trata-se de uma época claramente moldada pelo impacte da convulsão revolucionária em França, mas se era difícil manter a neutralidade na altura, o não querer tomar partido, ou o silêncio, ou a demissão, não devem ser entendidos como incapacidade de interpretação do que nós julgamos mais ou menos serem os sinais dos tempos, ou como falta de resposta apropriada a um alinhamento político ou cultural predeterminado. Aquela era uma época de Romantismo, mas a definição complexa de Romantismo, ou de Romantismos, podia ser ignorada, contestada, subsumida, debatida ou simplesmente questionada de diversas formas por escritores que não remavam necessariamente contra a maré dos tempos. Uma variedade de modos de escrever, pensar, criticar e definir a literatura coexiste em qualquer época, mas neste período específico a variedade é especialmente diversa e as distinções particularmente vincadas. Tais distinções não eram, como seria de esperar, as que foram inevitavelmente traçadas por contemporâneos. No entanto, podemos dizer que a literatura Romântica se caracteriza por dar importância à imaginação sobre o espírito critico, à natureza do sentimento religioso, aos efeitos da expansão da alma provocados pelas viagens e à originalidade subejtiva sobre as regras estabelecidas pelo Classicismo. 

 

Jane Austen irá passar um pouco ao lado das influências e das convulsões trazidas pela Revolução Francesa e pela guerra. Contudo, este período está repleto de autores que, de uma forma ou de outra, influenciaram a escrita de Jane Austen. A Abadia de Northanger, por exemplo, tece criticas e de certa forma ridiculariza a literatura fantástica de Ann Radcliffe.

 

Ao longo das páginas dedicadas ao Romanstismo, Sanders faz comparações entre alguns escritores e Jane Austen, tecendo sempre elogios à escrita e à inteligência de Miss Austen. Assim, ficamos a saber que, tal como Jane Austen, Elizabeth Inchbald (1753-1821) no seu romance A Simple Story, chama a atenção para a necessidade da educação das mulheres como forma de resposta à ausência de realização pessoal, ao contrário de alguma corrente que se fazia ouvir em Inglaterra e que apelava à liberdade viril, ética e regulada (Burke). Esta autora, também teve algum destaque na obra de Jane Austen, nomeadamente em Mansfield Park. É de sua autoria a obra Lovers' Vows (1798), a peça ensaiada naquela história, que é criticada por Austen através dos olhos da nossa Fanny Price. Sanders refere-se à obra de Inchbald como sendo uma ficção modesta, reconhecendo-lhe falta de rigor, e caracterizando-a mesmo como descuidada, lacónica, prosaica e uma tragédia sem verdadeira substância,  não obstante as suas evidentes preocupações com as inconsistências e falhas da sociedade contemporânea.

 

Datas das Sessões do Clube de Leitura Jane Austen

Fonte: Bertrand Livreiros

 

O nosso Clube de Leitura conta já com a participação de 20 pessoas em Lisboa e no Porto, o que é excelente. Falta a adesão dos nossos estudantes de Coimbra. Porque não complementam o estudo com uma leitura mais descontraída e não viajam connosco até à Inglaterra rural do século XVIII. As inscrições ainda estão abertas em todas as cidades.

 

As datas estão fixadas, com exceção de Coimbra, e a primeira obra a ser discutida será "Sensibilidade e Bom Senso". Como falta apenas uma semana para o início do Clube em Lisboa, sugiro que apressem a leitura e façam as  vossas notas. Recordo que a obra seguinte será indicada no final de cada sessão. 

 

Para além da discussão em torno da vida de Jane Austen e da sua obra, haverá uma surpresa adicional, feita a pensar naqueles que tiram a sua tarde domingo para partilharem uns momentos agradáveis e descontraídos à volta dos livros.

 

Deixo então o mapa das sessões, que decorrerão sempre aos domingos, às 15h30, a realizar até ao mês de setembro, com exeção do mês de agosto:

 

LISBOA

4 de março

1 de abril

6 de maio

3 de junho

8 de julho

2 de setembro

 

COIMBRA

11 de março

22 de abril

13 de maio

17 de junho

15 de julho

9 de setembro

 

As datas relativas às sessões de Coimbra serão confirmadas quando tivermos mais inscrições. Para já, a ideia é adiar por algum tempo, mas nunca mais do que um mês.

 

PORTO

17 de março

28 de abril

20 de maio

1 de julho

28 de julho

16 de setembro

 

 

Boas leituras!

 

 

 

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Fonte: Bertrand Livreiros