1) LÊ AS SUAS SEIS OBRAS (Orgulho e Preconceito, Persuasão, A abadia de Northanger, Emma, Sensibilidade e Bom Senso e O Parque de Mansfield).
Os filmes e as séries são adaptações maravilhosas mas falta-lhes a narrativa própria da autora. Escolham uma edição e leiam... ou releiam!
2) CONHECE JANE AUSTEN!
Não é fácil. Mas as biografias contemporâneas ajudam. (Ex: "Jane Austen: a life" de Claire Tomalin)
3) IDENTIFICA-TE COM AS OBRAS
Ouve aquilo que diz a tua heroína favorita nas obras de Jane Austen. Decide que heroína gostas mais e qual a obra que escolherias para viver.
4) TORNA-TE UMA JANEITE
Junta-te a um clube ou sociedade da fãs de JA e envolve-te nas suas actividades. Ou então visita Inglaterra e os locais onde viveu JA ou onde as suas histórias tiveram lugar. Delicia-te com a secretária onde ela escrevia, passeia onde ela passeou, visita o seu túmulo na Catedral de Winchester ou bate à porta do seu quarto em Bath. Veste-te como ela se vestia ou como as suas personagens se apresentavam.
5) PROCURA SABER CADA VEZ MAIS
Descobre o que JA realmente pensava, lê a sua correspondência, descobre o que ela realmente quis dizer com as suas obras, lê as críticas. Descobre o que outras pessoas pensam acerca dela, participa nas discussões de grupos sobre ela, junta-te a blogs, navega na internet procurando tudo sobre ela, descobre-a no facebook. Ela está em todo o lado!
6) AGUENTA O DESAPONTAMENTO INEVITÁVEL
Se algumas das obras de JA te parecerem pouco espirituosas, se os críticos contradizem as crenças que tens nelas bem como as intenções da sua autora e se te parecer que não te identificas com as outras Janeites, então será tempo para repensares esta relação e considerares outros autores.
7) ESTABELECE LIMITES
Não desistas! Lembra-te que JA está morta. O que vive são as suas maravilhosas obras, sagazes, irónicas e alegres. Distancia-te da verdadeira JA, deixa-a descansar em paz, quem quer que ela tenha sido. E não te esqueças que são as suas obras que vivem contigo. Hoje, na realidade.
(Adaptado de um texto de Cindy Jones, autora de "My Jane Austen Summer")
Downton Abbey estreia na televisão portuguesa, na SIC no próximo sábado.
"Downton Abbey’ mostra o fim de uma era – a conquista do direito de voto para as mulheres, o nascimento do socialismo, e a imperturbável marcha da tecnologia – que poderá ameaçar o sistema de classes e maneiras que protegeu e calcificou, durante anos, os habitantes de Downton e a família Crawley.
Depois do trágico acontecimento do Titanic, intriga e romance passam a ser as constantes, uma vez que o fatídico acidente “levou” todos os possíveis herdeiros homens da família. Com a fortuna em risco por não terem nenhum herdeiro, a luta e trama da família Crawley começa.
Passada numa imponente casa no ano de 1912, não só retrata a vida da família Crawley, como a de todos os seus criados, retratando a grande diferença entre estes dois grupos sociais é o fato de os criados saberem muitos dos segredos mais obscuros da família, enquanto a família pouco, ou nada sabe dos seus lacaios." SIC
Baseada na aclamadíssima obra de Sebastian Faulks, O canto dos pássaros (ou Birdsong no original), esta adaptação da BBC é digna de registo, muito emocional e bem construída. Não sei se foge muito à obra original dado que, lamentavelmente, possuo a obra mas nunca a li. Uma situação que será logo, logo remediada; ou não tivesse eu ficado completamente apaixonada pela história.
A história desenrola-se entre 1910 e 1918, altura em que termina a Primeira Guerra Mundial. No início conhecemos Stephen Wraysford, um inglês que se encontra a passar uma temporada em Amiens (França), a fim de observar junto da família Azaire o negócio de texteis desta, sobretudo no sentido de perceber o processo de fabrico. Durante essa fase, apaixona-se pela jovem esposa do industrial Renné Azaire, Isabelle, oito anos mais velha, com quem vai manter um romance intenso até que o marido dela descobre. Esta história e as suas consequências reais e emocionais é contada através das recordações de Stephen durante o tempo que permanece como oficial na Guerra.
Além da tempestuosa história de amor vivida entre Stephen e Isabelle, a série mostra-nos ainda as atrocidades vividas na Primeira Grande Guerra, o medo e a coragem dos soldados e a camaradagem existente entre eles. Há partes que chegam mesmo a ser demasiado emocionais e outras impróprias para personalidades mais susceptíveis ao sofrimento humano.
Relativamente à obra literária, Birdsong é parte de uma trilogia de romances de Sebastian Faulks que inclui The Girl at the Lion d'or e Charlotte Gray, todos ligados através da localização, história e vários personagens secundários. Enquanto que a maior parte do romance se concentra na vida de Stephen antes e depois da Guerra, foca também a vida da sua neta, Elizabeth, e as suas tentativas para descobrir mais sobre o avô e as suas vivências de guerra. Segundo a Wikipédia, a história divide-se em sete partes com uma estrutura episódica que cobrem três diferentes períodos de tempo: o antes, durante e depois da guerra.
A série aconselho sem ponta de dúvida. O livro, a julgar pelas minhas experiências literárias, será ainda melhor. Quando o terminar de ler, logo expressarei a minha opinião.
