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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Pior escolha masculina nas adaptações

Dominic Cooper como Willoughby em Sensibilidade e bom senso de 2008.

 

Mais uma vez, não é assim que imagino Willoughby. Este tem uma expressão demasiadamente infantil e não sinto grande química com a Marianne interpretada por Charity Wakefield. Além disso, este personagem é retratado como sendo muito sedutor, atraente e conquistador e este actor não deixa transparecer isso. Para ser bem sucedido teria de nos deixar o mesmo sentimento de tristeza que nos deixou Henry Crawford quando não conseguiu conquistar Fanny Price. Mal por mal, o Greg Wise na versão de 1995 sempre faz melhor o papel. Mas ainda não é o perfeito Willoughby.

 

 

 

Confissão de amor preferida das adaptações

Como nos livros a minha confissão de amor preferida é a segunda declaração do Darcy, embora eu prefira a adaptação de 1995, é na de 2005 que esta cena está melhor. Gosto da forma como a cena foi filmada, ao amanhecer, aquele encontro no campo, as palavras dele e dela embora infiel à obra, há muito mais sentimento, mais borboletas na barriga, enfim toda a cena é lindíssima.

 

 

Preferências nas Adaptações da obra de Jane Austen

Adaptação preferida 

 

A minha adaptação preferida da obra de Jane Austen é “Orgulho e Preconceito” de 1995. A série produzida pela BBC é muito bem feita e retrata a história de nossa Lizzy e Mr. Darcy de forma primorosa e emocionante. É tão bom acompanhar o desenrolar da história com os diálogos idênticos aos do livro! Lindo! Até a cena do banho de Colin Firth no lago, que muitos criticam por ser uma ousadia do roteirista, é perdoável. Afinal, quem não suspira com aquela cena!

 

Adaptação menos preferida

 

Eu devo ser sincera e destacar que não assisti todas as adaptações realizadas a partir da obra de Jane Austen, por isso a minha avaliação não vai ser justa com todas. Mas, eu não gostei de “Mansfield Park” de 2007, principalmente, devido à atriz (Billie Piper) que interpreta Fanny Price. Apesar da boa interpretação, a atriz não possui as características físicas de Fanny, é tão diferente e destoante. Eu fiquei irritada com esta falta de zelo e preciosismo com o livro e acabei não me deixando envolver pelas emoções que a adaptação se propõe a despertar.

 

Melhor escolha feminina das adaptações 

 

Eu aprecio muito a atuação de Keira Knightley em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Eu sempre imaginei Elisabeth Bennet com aquele olhar misterioso e carregado de significados que a atriz empresta a personagem. Adoro!

 

 

 

Pior Escolha feminina nas adaptações

 

Sinceramente, eu fiquei tão surpresa com a escolha da atriz (Toni Collete) que interpretou Harriet Smith em “Emma” (1996), como assim? O que ela tem em comum com a personagem? Em minha opinião: nada! Péssima escolha, pois a atriz é mais velha, madura e com muita presença de cena. Muito diferente da descrição que Jane Austen faz de Harriet ou pelo menos da que imaginei!

 

Melhor Escolha masculina das adaptações

 

Colin Firth como Mr. Darcy em “Orgulho e Preconceito” de 1995. Perfeito! Seus olhares apaixonados para Elisabeth são dignos de um Oscar de tão intensos e verdadeiros. Lindo! O Mr. Darcy dos meus sonhos!

 

 

Pior Escolha masculina nas adaptações

 

Eu não gosto nenhum pouco da escolha de Hugh Grant para o papel de Edward Ferrars em “Razão e Sensibilidade” de 1995 e eu observei que não sou a única. Eu imagino Edward um rapaz tímido, gentil e cavalheiro, mas Hugh Grant me passa a imagem de um sedutor nato, bonito demais para o personagem!

 

Momento preferido dos filmes

 

A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Melhor casting de personagem secundário

 

Os atores escolhidos para interpretar a família Bennet em “Orgulho e Preconceito” de 2005 e 1995. São ótimos, admiro e me divirto com todos! Principalmente, com as Mrs. Bennet e Mr. Collins.

 

 

Confissão de amor preferida das adaptações

Foi repetir meu argumento do tópico “Momento preferido dos filmes”:  A primeira declaração de amor de Mr. Darcy para Lizzy em “Orgulho e Preconceito” de 2005. Tudo é lindo: o local, a intensidade dos sentimentos, a discussão calorosa, a chuva, o quase beijo...

Lost in Jane Austen Portugal #21

Por um segundo, Cecília hesitou deveria ela contar-lhe sobre o telefonema? Ou tentar averiguar mais? Decidida a começar de novo, sem enganos ou mentiras, Cecília contou-lhe.

Foi com muito esforço que Henrique não desatou à gargalhada, não havia motivos para preocupações na sua opinião, todos os dias o telemóvel do seu colega de trabalho Paulo tocava por volta das seis, era a sua namorada. Possivelmente Júlia tinha um apaixonado.

Cecília não acreditava que fosse esse o caso da irmã, reparava como ela ficava tensa, nervosa. Por isso achava que não podia ser um telefonema de amor, mas não disse nada.

Júlia pensou em não atender, mas sabia que se não o fizesse o telemóvel iria voltar a tocar.

 

- Minha querida, pensava que não ia atender!

 

- Estava ocupada - foi a resposta seca de Júlia.

 

- Sabe, hoje vi algo que não gostei. Sabe do que falo?

 

- Calculo que não tenha gostado de ver o seu irmão agarrado à minha irmã?

 

-Exacto, a minha querida está a faltar ao combinado.

 

- E como espera que eu cumpra o combinado?

 

- Ora, Júlia, tanta imaginação nos livros que escreve e tão pouca na vida real?

 

Júlia suspirou e voltou a suspirar, antes de dizer:

 

- Afinal o que tem contra a minha irmã, tirando o facto de ela ser pobre?

 

-Somente isso, o meu irmão podia unir-se a uma mulher rica e não empobrecer ao lado de alguém não tem fortuna de família.

 

- Acho que desta vez não vai conseguir separá-los!

 

- Minha querida, sabe que se isso não acontecer quem sofre é a sua irmã. Já sabe, seja uma boa colaboradora e todos ficamos a ganhar. Se fosse uma mulher bonita sugeria que seduzisse o meu irmão, mas tendo tão poucos atractivos duvido que consiga. Júlia, devia ter cultivada beleza e não a mente, os homens não gostam de mulheres inteligentes!

 

Júlia estava tão habituada a ser insultada por Eduardo que estas palavras já não a magoavam. Todos os dias ele telefonava e certificava-se que ela cumpriria o combinado.

 

- Sabe, Júlia, tenho pena que você não seja como o Luluzinho. Ele soube jogar este jogo e você está sempre a hesitar.

 

- Claro, ela precisa do seu dinheiro para continuar a jogar e a pagar a mulheres que lhe aqueçam a cama à noite.

 

- Já que a Júlia não sabe o que fazer, eu arranjarei um plano, aguarde as minhas instruções.

 

 

Júlia lamentava ter um dia confiado em Luluzinho. Estava apaixonada e o amor deixou-a cega para tudo. Ele acabara por se revelar um canalha, e além disso vendera o segredo que ela lhe confiara a Eduardo. Ela era capaz de perdoar todos os defeitos e más acções dele, mas trair assim a sua confiança, isso nunca! E assim Júlia perdera um homem que nunca a amara e mergulhou numa profunda tristeza que ninguém à sua volta percebia.