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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Top Jane Austen - quinta parte

Começo pelos tópicos cuja resposta encontrei sem hesitar...

 

Sem dúvida nenhuma: O Baile em Netherfield, “O&P” 2005. Desde o início ao fim. Há uma dinâmica a envolver os personagens, em que seguimos a câmera como se fosse o olhar de uma pessoa também a caminhar no baile. Durante este percurso acompanhamos os personagens e a sua conduta. É, talvez, a altura em Elizabeth dá-se conta de uma certa falta de bons modos da sua família. Depois segue-se a sequência em que Elizabeth e Darcy dançam a esgrimar palavras e olhares como se estivessem completamente a sós no salão do baile. Pessoalmente, acho perfeito. Impecável.

 (imagem retirada daqui)

A banda sonora e a fotografia de um filme/série são dois tópicos que eu valorizo muito. Na minha preferência pessoal, a banda sonora de Sensibilidade e Bom Senso 1995 é algo de extremamente especial. Acho-a lindíssima e perfeita. Para além da direcção, interpretações e fotografia impecáveis, questiono-me - muitas vezes - se este filme seria tão especial caso a banda sonora fosse outra. Apesar de tudo isto, também tenho de referir outro nome: Martin Phipps, nos casos específicos de Sensibilidade e Bom Senso 2008 e de Persuasão 2007. Martin Phipps é, a meu ver, genial. O primeiro trabalho que me recordo dele foi o North & South, cuja banda sonora também acho formidável. Ele faz com que a música se torne quase que uma extensão da personalidade dos personagens.

 

Destaco Moonlight Sonata de Beethoven, uma constante nas cenas de melancolia de Anne Elliot:

 



 

 


Melhor escolha masculina nas adaptações

Rupert Penry-Jones em "Persuasão" (2007)

 

Sou suspeita pois sou grande fã deste actor. No entanto, acho que o Capitão Frederick Wentworth por ele interpretado é muito bom. E a química com Sally Hawkins é muito bem conseguida.

Por outro lado, acho que ele expressa muito bem os sentimentos (reprimidos) que ainda tem por Anne Elliot e, quando na presença dela, sente-se que as coisas são mesmo como ele diz: "...você baixa a voz, mas eu consigo ouvir os seus tons, mesmo que eles escapem aos outros..." Tudo nele indica que está sempre atento às reacções e movimentos de Anne, sempre muito discretamente.

Gosto muito desta escolha e dificilmente outro actor conseguirá suplantar esta actuação como protagonista de Persuasão.

Melhor escolha feminina nas adaptações

Romola Garai em Emma (2009)

 

Acho-a adequada. Com um toque de ingenuidade e infantilidade mas ao mesmo tempo madura, bem disposta, amiga do seu amigo.

É a Emma que eu imagino, além de que acho que faz um bom par com o Jonny Lee Miller (Mr. Knightley).

 

As minhas escolhas

Adaptação preferida: Não vi todas mas como não há amor como o primeiro… Adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito com o Colin Firth… Adaptação menos preferida: Talvez Persuasão… a serie da BBC… Melhor escolha feminina das adaptações: Lizzy Bennet na adaptação BBC Pior Escolha feminina nas adaptações: Anne Eliot de Persuasão BBC Melhor Escolha masculina das adaptações: Colin Firth como Mr Darcy e Mr Collins da mesma adaptação da BBC de Orgulho e Preconceito Pior Escolha masculina nas adaptações: Talvez o Mr Bingley do filme Orgulho de Preconceito (1998?) Momento preferido dos filmes: Leitura da carta do Cap Wentworth por Anne, 2ª confissão de Mr Darcy Confissão de amor preferida das adaptações: Mr Darcy a Lizzy – Orgulho e Preconceito Apenas uma nota… Já li todos os romances de Jane Austen mais que uma vez, mas adaptações vi poucas… E não me consigo “libertar” da “paixão cega” que tenho por Orgulho e Preconceito. Nota-se não?

Filmes e séries de Jane Austen: uma perspectiva pessoal

Fonte: Mesquitainforma

Por não conhecer todas as adaptações fílmicas e televisivas das obras de Jane Austen, restringir-me-ei apenas a comentar as que conheço.

Como já fiz saber num post anterior, o meu primeiro contacto com o contexto austeniano foi através do filme “Sensibilidade e Bom Senso” (1995), atraída sobretudo pelo desempenho das actrizes Kate Winslet e Emma Thompson. De qualquer forma, e apesar de adorar estas actrizes, fiquei muito surpreendida pela positiva, pois acho que o casting está muito bem escolhido, destacando a actuação dos actores que dão vida ao casal Palmer e ao par Sir John Middleton/Mrs.Jennings.

Também gosto muito da adaptação da BBC (série) de “Orgulho e Preconceito” (1995), sobretudo do par Jennifer Ehle/Colin Firth, podendo dizer que, a par da anterior, são as duas versões favoritas das obras de Jane Austen adaptadas para filme/série. Aliás, gosto mais desta versão do que a do filme de 2005, pois acho que este par não resulta tão bem com a Keira Knightley/Matthew MacFadyen. Ou melhor dizendo, penso que este par representa personagens muito contemporâneas, e eu se calhar sou mais conservadora neste tipo de adaptações.

Destaco ainda outras duas versões da BBC: o filme “Persuasão” (1995) com Amanda Root e Ciarán Hinds e “O Parque de Mansfield” (1983) com Robert Burbage e Susan Edmondstone. No primeiro caso adoro o desempenho dos actores que dão vida ao par Anne/Capitão Wentworth, sobretudo este segundo que pela sua tez escura e “rudeza” é para mim o protótipo do homem do mar. No segundo apraz-me não tanto o desempenho das personagens, mas sobretudo as técnicas televisivas, cénicas, de vestuário, associadas a uma determinada época da televisão inglesa.

Por fim “Emma” (2001), onde Gwyneth Paltrow interpreta de forma magnífica Emma, dando-lhe um misto de mimo, preconceito em paralelo com consciência e carinho. Muito bom.

Posto isto, só tenho pena que a Fnac não faça um pack especial “Jane Austen” (como aconteceu com o “Sexo e a Cidade” ou com os filmes de Manoel de Oliveira) com todas as versões até agora produzidas da sua obra. Não seria uma excelente prenda de aniversário/Natal?