Melhor prosposta recusada - É, sem dúvida, a de Elizabeth Bennet a Mr. Darcy. Todos pensamos, quando chega aquele momento, que Elizabeth aceitará aquele pedido de casamento. Todavia, num passo rápido e inesperado tanto para Mr. Darcy como para os leitores, ela recusa. E fá-lo de forma enérgica, bem argumentada e sustentada. Apesar de saber que tinha acabado de deitar por terra a possibilidade de fazer aquele que seria o melhor casamento, em termos financeiros, Elizabeth mantém-se fiel ao que eram, na altura, as suas convicções. A segurança de Mr. Darcy cai completamente por terra e, no entanto, ao contrário do que se poderia pensar, ele não esmorece. Aquela recusa fá-lo pensar e agir de acordo com os seus sentimentos, tudo fazendo para que Elizabeth reconheça o homem que ele realmente é.
Melhor carta nas obras de Jane - A melhor cofissão de amor que elegi foi escrita pelo Coronel Wentworth. Contudo, creio que a melhor carta escrita terá sido a de Mr. Darcy. Este, num estado de derrotado, consegue explanar todas as vicissitudes por que passou e as razões que o levam a afastar-se de Wickham. Esta carta representa o ponto de viragem na história e na forma como Elizabeth passa a encarar Mr. Darcy e Wickham e, acima de tudo, será o despertar dela para o mundo porque, até aqui, Elizabeth vivia segura da sua objectividade e da sua capacidade de observação e entendimento do mundo. Com esta carta, Elizabeth reconhecerá que este contém muito mais artimanhas do que aquelas que ela possa imaginar. Para além disso, há uma certa humildade que desce sobre Elizabeth depois da leitura das linhas escritas por Mr. Darcy. Tais linhas trazem novidades tanto para os personagens como para os leitores. Por isso, para mim, é a melhor carta nas obras de Jane Austen.
Obra com melhor história de amor - A obra com a melhor história de amor, não me canso de dizê-lo, é "Persuasão". Ao contrário das outras histórias, a acção desta decorre num espaço de tempo alargado. O amor de Anne Elliot e Frederick Wentworth tem um interregno de oito anos. Volvidos esse anos, o amor permanece intacto. Fortaleceu-se com o tempo ao contrário do que se poderia pensar. Saber das razões de um e de outro e do seu sofrimento, torna esta história de amor mais apelativa. Depois, repetindo-me mais uma vez, Anne e Wentworth demonstram uma maturidade diferente dos protagonistas dos outros enredos de Jane Austen. E este é um factor que me faz gostar ainda mais deste livro. Saber que Wentworth, apesar de ser recusado, volta com a esperança de reencontrar Anne e saber que esta, apesar das condições a que estavam sujeitas as mulheres daquela época e de todas as pressões da sua família e amigos, se mantém fiel ao seu único amor recusando outros pedidos de casamento e insistindo em ficar sozinha, só me pode fazer eleger esta como a melhor história de amor no universo de Jane Austen. Porque, efectivamente, é amor que aqui existe. Sólido. Maduro. Consciente. Eterno.
Falecia, aos 41 anos, a escritora inglesa Jane Austen, depois de uma longa doença, cuja causa nunca chegou a ser verdadeiramente definida.
Jane Austen começou a sentir-se mal no início do ano 1816. No início, ignorou os sintomas de doença e continuou a trabalhar e a participar nas actividades familiares. Em meados do mesmo ano, o declínio de sua saúde era inegável. Iniciou-se então longa deterioração, lenta e irregular, que culminou na sua morte no ano seguinte.
Vários especialistas tentaram definir a causa da sua morte, através dos anos seguintes; uns afirmaram tratar-se da doença de Addison, uma rara doença endocrinológica caracterizada pela insuficiente produção da hormona cortisol pelas glândulas adrenais e que se manifesta principalmente por fadiga crónica, depressão, fraqueza muscular, perda de peso e de apetite. Outros diagnosticaram-lhe Linfoma de Hodgkin, uma neoplasia do sistema linfático caracterizada basicamente por inflamações ganglionares, febre e fadiga. Contudo, a causa de morte que parece reunir mais defensores é a tuberculose, provavelmente contraída ao beber leite não pasteurizado ou então por, tempos antes, a escritora ter cuidado de um dos seus irmãos que padecia dessa doença. Actualmente, sabe-se que a Tuberculose pode provocar a Doença de Addison. No entanto, é a primeira que parece assumir inteira responsabilidade pela morte de uma das maiores e melhores escritoras de todos os tempos.
Jane Austen continuou a trabalhar, apesar de sua doença. Insatisfeita com o final de The Elliots, reescreveu os dois capítulos finais, terminando-os em 6 de agosto de 1816. Em janeiro de 1817 começou a trabalhar num novo romance, que chamou de Os Irmãos (Sanditon posteriormente na sua primeira publicação em 1925). Completou doze capítulos antes de parar o trabalho, em meados de março de 1817, provavelmente porque a doença a impediu de continuar.
Jane Austen amenizava a gravidade do seu estado, descrevendo-o como má disposição e reumatismo, mas a doença progrediu trazendo dificuldades crescentes na locomoção e na energia para outras actividades. Em meados de abril, encontrava-se confinada à cama. Em maio, o seu irmão Henry acompanhou Jane e Cassandra a Winchester para tratamento médico. Foi lá que Jane Austen morreu, a 18 de Julho.
Através de suas conexões clericais, Henry conseguiu que a irmã fosse enterrada no corredor norte da nave central da Catedral de Winchester. O epitáfio, composto pelo seu irmão James, elogia as qualidades pessoais de Austen, manifesta a esperança de sua salvação, menciona os dons “extraordinários de sua mente”, mas não menciona explicitamente as suas realizações como escritora.
“Minha cabeça está sempre clara, e raramente sinto alguma dor”, teria escrito Jane em uma de suas cartas.
Jane nunca escreveu um diário ou suas memórias, ou mesmo concedeu qualquer entrevista. Muitas das cartas que ela escreveu para a irmã, Cassandra Austen, que poderiam ter detalhes dos seus sintomas e da sua vida pessoal, foram destruídas logo após sua morte. Assim, os factos biográficos podem nunca explicar adequadamente o raciocínio rápido, a visão nítida e a inteligência emocional profunda das suas histórias. Talvez seja o destino destas obras: continuar a transcender o entendimento de onde vieram.
Após a morte de Jane, Cassandra e Henry Austen publicaram Northanger Abbey e Persuasão, em Dezembro de 1817. Henry contribuiu com uma nota biográfica que, pela primeira vez, identifica a sua irmã como a autora dos romances. As vendas foram boas para um ano (apenas 321 exemplares sobraram no final de 1818) e depois diminuiram. A partir de 1820, os romances de Austen permaneceram fora de catálogo por doze anos. Em 1832, o editor Richard Bentley comprou os direitos editoriais de todos os romances restantes e publicou-os em cinco volumes ilustrados, como parte de uma série de novelas. Em outubro de 1833, a Editora Bentley publicou a primeira edição de coletânea.
Desde então, os romances de Austen têm sido continuamente impressos.
Há pessoas que nascem para nunca serem esquecidas. Jane Austen foi uma delas.
Ontem estava a assistir à sessão de Britcom na rtp2 onde passa uma série hilariante chamada "My Family" que retrata a vida do casal Harper, e que põe qualquer Mr. Darcy por muito sisudo que seja, a rir!
Enfim, estava a assistir à dita cuja, quando dei conta que a filha do casal, Janey Harper, era nem mais nem menos do que a actriz que representou de Margaret Hale em North and South - Daniela Denby-Ashe. Não imaginam a minha surpresa... foi muito engraçado vê-la num papel cómico, tão oposto ao de Margaret Hale, mas não ficou nada mal!
Entretanto, em Poiares, Júlia acabava de se escapar para a biblioteca. Dona Rata tinha chegado para uma visita à Tia Augusta e ela, alegando uma súbita dor de cabeça, retirara-se para o seu refúgio no segundo andar, deixando as duas senhoras a conversar na sala de estar do primeiro andar.
- Vai para os livros, com toda a certeza, Dona Augusta - ouvia Júlia à medida que subia a escadaria para o segundo andar - Se ao menos procurasse um trabalho normal e digno como o de Cecília. Pobrezinha, não sei onde vai parar; assim, com aquela idade, sem marido ou namorado ou emprego..
Mas Júlia fez por esquecer aquelas palavras. Tinha outros assuntos bem mais importantes e bem mais graves em que pensar. Já na biblioteca, percorreu distraída as prateleiras dos livros, procurando uma resposta para aquilo que, incessantemente, lhe remexia o espírito e a mente. Por mais que pensasse, por mais que tentasse arranjar uma solução, não conseguia desfazer-se daquele tormento.
Sentiu subitamente que fixava o olhar num determinado volume arrumado numa das prateleiras mais baixas. Apurou mais a visão e leu o título do livro na lombada: "Persuasão" de Jane Austen. Retirou-o de entre os demais livros e descobriu com prazer o mesmo volume que ela e Cecília tanto tinham adorado, anos atrás. Anos longínquos, em que eram as melhores amigas e inseparáveis. Que saudade tinha desse tempo! Talvez se ainda tivessem essa confiança, nada daquilo se estaria a passar.
Folheou rapidamente o livro deixando que o seu odor lhe preenchesse as narinas; um odor que sempre gostara, a antigo, a livro. Era quase tão agradável quanto o seu estojo de escola; cheiro a lápis, a conhecimento, a descoberta, a amigos. Abriu-o totalmente quando se deparou com a sua parte favorita: a carta do Capitão Frederick Wentworth a Anne Elliot, confessando-lhe novamente o seu amor. "...Ofereço-me de novo a si com um coração que ainda é mais seu do que antes, quando o despedaçou há oito anos e meio..."
Leu-a e releu-a como fazia antigamente e lágrimas ameaçaram brotar dos seus olhos, não pela intensidade emocional da carta mas pela saudade que sentia da irmã e do tempo em que se sentavam na relva do jardim e declamavam aquelas palavras de cor, sem precisarem sequer do livro. Nessa altura, ambas ansiavam pelo amor, por um amor igual ao de Anne, por alguém que as amasse como Wentworth amava Anne.
Até que ela conhecera Luluzinho. Ou melhor, até que ele a conhecera a ela. Parte da sua inocência, parte da sua crença nos homens e no amor acabara quando ele entrara na sua vida. Ninguém sabia pois nem à irmã se atrevera a contar e, infelizmente, fora por volta dessa altura que ambas se começaram a afastar.
Como que lendo-lhe os pensamentos, o seu telemóvel tocou. Júlia olhou de imediato para o grande relógio de parede da biblioteca. Cinco horas da tarde! Era de uma precisão extrema. Meu Deus, quando acabaria aquele suplício? Estava a ficar tão cansada daquela situação. Colocou o livro novamente na prateleira e, sem grande vontade, dirigiu-se para o telemóvel que deixara na mesa de centro.
- Olá - cumprimentou sem expressão na voz.
Ouviu aquela voz nauseante no outro lado da linha e teve vontade de desligar. Contudo, não podia. Simplesmente, não podia. Estava muita coisa em jogo.
Não sei se é pela forma como ele aparece em cena, montado num cavalo branco ou pela forma como salva Marianne após a sua queda, ou talvez seja a performance do Greg Wise na adaptação de 1995, mas o Willoughby conquistou-me de uma forma que os outros não conseguiram. E o pior é que apesar de toda a sua má conduta, não consigo deixar de não gostar dele! Talvez pareça um pouco tonta, mas ele tem um charme pessoal muito grande. Willoughby é verdadeiramente encantador e ao contrário de Wickham não conta uma estória para que se tenha pena dele. Há qualquer coisa nele que atrai, que nos encandeia e daí a uma paixão é inevitável. Dá raiva saber que ele engravida a pobre protegida do Coronel Brandon, quase se espera que seja mentira da rapariga. E no fim quando ele confessa que no inicio achou piada à devoção da Marianne, mas não lhe correspondia, que isso só veio depois, também não consigo odiá-lo. No fundo, parva que sou, penso que ele pode emendar-se! Isto é mesmo um caso de amor que não tem remédio!!
No post relativo ao mês de Julho, indiquei o filme "O véu pintado". Um excelente filme que já tinha sido indicado no mês anterior. Só podemos concluir que o filme é mesmo bom, uma vez que é sugerido por duas pessoas.
Assim, e por forma a colmatar esta repetição, deixo, em substituição daquela, a sugestão do filme "Finding Forrester". Não é um filme brilhante, mas tem dois desempenhos bons, entre eles o de Rob Brown, um actor revelação que interpreta o jovem Jamal, e uma bonita banda sonora.
Jamal (Rob Brown) é um jovem de 16 anos que vive nos subúrbios do Bronx. Apaixonado pela literatura, tenta, a todo o custo, esconder este seu fascínio pelas letras. Escreve em caderninhos às escondidas dos amigos e da família. Por uma questão de aceitação, faz de propósito para ser um aluno médio, com notas suficientes apenas para passar. No basquetebol, é, ao contrário, uma estrela.
Um desafio dos amigos que se vê obrigado a aceitar leva-o a casa de William Forrester (Sean Connery), um escritor refugiado do mundo no ... Bronx! William surpreende Jamal que, com o susto, foge deixando para trás a sua mochila. Mais tarde William vê Jamal no campo de basquetebol, em frente à sua casa, como que a tomar coragem para voltar a subir com o objectivo de recuperar a sua mochila agora pendurada, em forma de estandarte, na janela do escritor. William resolve atirá-la. E, para espanto de Jamal, os seus caderninhos estão todos revestidos de notas feitas pelo próprio Wiliiam Forrester. Jamal ganha, então, coragem para pedir conselhos a William sobre a sua escrita.
William enceta uma viagem com Jamal pelo mundo das letras e da amizade. William ensina Jamal a encontrar o seu caminho na vida através da literatura e Jamal ajuda William a encontrar novamente uma razão para viver.
É uma história linda sobre um jovem talento preso no Bronx e um escritor prisioneiro dos seus receios e estigmas. Uma lição de que a amizade não escolhe idades nem condições sociais.
Existem várias que considero um pouco frustrantes, mas a de Mrs. Bennet e Mr. Bennet acabou por vencer. A falta de união enquanto casal, a vontade que ele parece ter sempre de contrariá-la, acabam por ditar o destino de Lydia. Eles são o claro exemplo de um casal cuja a afeição termina pouco depois do casamento. As más escolhas que fazem acaba por lhes ditar uma vida um pouco infeliz. Se houvesse mais união entre eles talvez as filhas mais novas se comportassem de outra forma e não haveriam tantas censuras ao seu comportamento um pouco leviano.
Melhor história de amor secundária- Mr. e Mrs Weston. Depois de um curto e infeliz casamento, Mr. Weston encontra em Miss Taylor a mulher que ansiara ter quando casou pela primeira vez. Contudo, dispõe-se a casar com ela somente depois de conseguir uma vida estável para lhe poder proporcionar todo o conforto. Quanto a ela, dispôs-se, entende-se, a aguardar. A maturidade que caracteriza este amor é tocante. Quem é que se dispunha, voluntariamente, a tais sacrifícios? Esta espera de anos é um martírio que muitos não aguentariam. Para além disso, a personalidade bondosa de ambos para com todos os que os rodeiam e a tremenda ternura que nutrem um pelo outro faz com que esta história de amor seja linda e comovente. E tem um final feliz!
Personagem masculina secundária preferida- Coronel Brandon! Desde a primeira leitura que gostei do Coronel Brandon pela sua sensibilidade, pelo seu afecto sincero a Marianne, pelo sofrimento que envolve a sua vida e pela amizade que nutre pelos seus amigos. A conversa que ele tem com Elinor acerca dos impulsos da juventude Marianne e a sua conduta quando socorre Marianne são tocantes e revelam um homem de carácter bom e humilde, não obstante a sua posição.
Personagem masculina secundária menos preferida- Wickham! É o personagem que nenhuma simpatia ou compreensão me consegue arrancar. É odioso desde o início e mais ainda quando regressa a casa de Mr. Bennet, sem qualquer pudor, já casado com Lydia. Nem nessa altura deixa de lado as suas artimanhas para iludir os demais.
Personagem feminina secundária preferida- Jane Bennet! Pela sua bondade e pelo afecto sincero que tem pelas irmãs, principalmente por Elizabeth. Apesar de todas as provações, consegue manter a esperança no futuro e ver bondade em todos. Ingénua? Talvez apenas o suficiente.
Personagem feminina secundária menos preferida- São duas. A saber: Lydia e Mrs. Norris! Lydia, pela infantilidade exagerada e pela futilidade que é incentivada por sua mãe. É uma criatura mimada e velhaca. Isto é notório na forma como se apodera dos objectos da irmã mais nova e da altivez mal disfarçada com que se dirige a Jane quando regressa a casa com Wickham como seu marido. Ademais, não demonstra qualquer arrependimento pelo seu comportamento; nem respeito ou preocupação pelas eventuais consequências que os seus actos possam ter causado ou vir a causar à sua família, principalmente às suas irmãs. Mrs Norris pela forma pouco humana com que recebe Fanny Price e por todo o seu comportamento ao longo da história A forma agressiva com que trata Fanny e o modo como quer controlar tudo e todos, fazem dela uma personagem irritante que não granjeia simpatia. O que estas duas personagens têm em comum é que acabam como começam e conseguem, depois de tudo, continuar a viver à custa da família.
Relação de família preferida- Elizabeth e Jane! Gosto da relação que estas irmãs têm desde o início da história e da forma sólida como se mantém ao longo de todas as peripécias por que ambas vão passando. Mais do que irmãs, elas são amigas. São o apoio uma da outra em todos os momentos. É uma relação feliz e rara.
Mais frustrante relação de família- Aqui tenho que eleger duas: (i) Anne Elliot e toda a sua família e (ii) Fanny Price e os seus pais. É impossível ficar indiferente à selectividade fútil de Mr. Elliot e à forma como ele vê e trata Anne. Para ele, Anne particamente não existia. Por outro lado, Fanny é absolutamente desprezada pela própria mãe que, clara e notoriamente, revela a sua preferência pelos filhos rapazes.
Eu gosto muito da Mrs. Weston, acho-a uma boa amiga. Ela passa facilmente de preceptora de Emma a melhor amiga, à medida que Emma vai crescendo. Apesar do seu casamento, ela continua a ser uma amiga leal. Creio que o seu carinho por Emma faz com que ela muitas vezes a deixe fazer aquilo que ela quer, mas isso é um bocado o defeito de muitas mães. A Mrs. Weston, é um pouco de tudo para Emma, amiga, mãe e claro a sua professora. Penso que Emma não confia ou sente tanta afinidade com mais ninguém a não ser com ela e talvez o Mr. Knigthley, contudo serão sempre relações diferentes até porque determinados assuntos naqueles tempos ela não falaria com o Mr. Knithley.
Ela tem um dos melhores caracteres na obra de Jane, por isso também é uma minha personagem feminina secundária preferida.
Não pude fazer de outra forma, tive de escolher estas duas. Ambas seguem à risca as cenas e diálogos de Jane Austen. Se bem que a cena do lago em O&P esteja longe daquilo que Jane alguma vez poderia ter escrito! Mas ainda assim pareceu-me injusto excluir O&P 95 desta lista só por causa disso.
Quem assistir a Mansfield Park 1983 terá a grande surpresa de se ver frente a frente com a obra de Jane Austen. Se bem que os cenários sejam antigos, idem idem o guarda-roupa e os diálogos pareçam demasiado teatrais... depois de nos habituar-mos a tudo isso, começamos a usufruir da verdadeira obra de Jane Austen e podemos conhecer a sua heroína Fanny Price tal e qual Jane a criou. Não é uma adaptação que delicie qualquer um, é necessário admirar Jane Austen e é necessário gostar de Mansfield Park, caso contrário, imagino que se torne muito aborrecido.
Já O&P 95 não padece desse problema, pelo menos generalizando. É das mais connhecidas adaptações de Jane Austen, se não a mais. E consegue juntar numa só série excelentes interpretações, diálogos linha por linha iguais à obra, cenários muito "british" e apesar dos 16 anos que já tem, consegue ver-se com facilidade, não é preciso ser uma fã acérrima de Austen para suportar algum desajuste temporal.