Apesar de não ser muito fã de Edmund Bertran (“Mansfield Park”), o casal que menos me mobilizou emoções foi Catherine Morland e Henry Tilney, de “Aabadia de Northanger”. Eu a acho infantil e ingênua demais para ele, um homem sensato, inteligente e perspicaz. Jane Austen ao longo da história propicia que Catherine evolua e se torne mais madura e sagaz. A partir desta evolução é que eu comecei a me simpatizar com o casal e entender o amor que Henry sentia por ela.
Me perdoem por sempre escolher como favorito personagens e passagens da obra “austeniana” Orgulho e Preconceito”, eu preciso ser sincera nas minhas escolhas e eu realmente sou encantada por esta história. Portanto, meu casal favorito é Elizabeth Bennet e Mr. Darcy. Eu gosto muito da combinação: são dois teimosos, orgulhosos, inteligentes, críticos, mas dotados de sensibilidade e bom senso. As discussões entre os dois são excelentes, indicando uma certa implicância e oposicionismo carregados de admiração e paixão.
“Em vão tenho lutado, mas de nada serve. Os meus sentimentos não podem ser reprimidos e permita-me dizer-lhe que a admiro e a amo ardentemente”. Mr. Darcy declarando seu amor para Elizabeth Bennet em “Orgulho e Preconceito”. Eu não resisto a estas palavras! Lindas e ditas por Mr. Darcy, para mim a combinação perfeita e ideal de uma declaração de amor!
A Adriana Zardini, do Jasbra deixou-nos um comentário a informar que saímos na revista Jane Austen's Regency World, podem ver aqui: link
Bem, eu nem tenho palavras para expressar a minha felicidade!!! Eu confesso que li o comentário na diagonal e pensei que a Adriana apenas estava a informar a saída da revista em questão. Mas depois fui ver e voilá!!Estamos lá!
Estamos TODAS de parabéns tanto quem lê como quem escreve!! Sermos mencionadas numa revista inglesa ( eu confesso que não conheço esta revista) é um grande acontecimento!
Só tem um pequenino erro é que nós as colaboradoras do blogue não fazemos parte de nenhuma Jane Austen Society aqui em Portugal. Creio mesmo que nem existe tal coisa por cá... Mas se estiver errada digam!
John Dashwood parece-me alguém que não tem vontade própria e muito facilmente é persuadido pela esposa a fazer o que ela quer. Fanny acaba por fazer e desfazer a seu belo prazer, embora lhe dê sempre a ideia que ele é que manda.
Já Mary Musgroove, que podia ser uma amiga e excelente irmã para Anne, acaba por ser uma mulher sempre preocupada consigo própria, com as questões de importância social e com as suas doenças imaginárias. Eu até percebo, Elizabeth era a preferida do pai, Anne tinha a preferencia de Lady Russell e a Mary, coitadinha, para ter alguma atenção tinha de se fazer de doente.
Lydia e Wickham, se fosse hoje o casamento deles não duraria até ao primeiro aniversário. Acredito que ao fim de um ano estariam separados. Como naquela altura não havia divórcio, eles tiveram que ficar casados até ao fim, o que acaba por ser o castigo de Wickham, aturar a Lydia não é tarefa fácil. Eu escolhi-os, porque nunca entendi muito bem o porquê desta união, o que leva Wickham, que queria fazer fortuna pelo casamento, a fugir com Lydia? Seria vingança contra Elizabeth? Ou ele acaba por ser imprudente e apaixonar-se por uma mulher sem fortuna? É o casal com menos probabilidades de ser feliz.
Eu sei que Emma e o Mr. Knigthley é uma escolha improvável, mas eu aprecio a dinâmica deles. Gosto das conversas deles e da infinita paciência que o Knigthley tem com ela, outro qualquer cansava-se das criancices dela em três tempos. Depois, eles acabam por ser o casal mais improvável de Austen, já que nenhum dos dois dá sintomas ao longo do livro de estar apaixonado e não é só isso, ninguém à volta deles parece ter essa ideia. São amigos e ninguém faz suposições nesse sentido, o que não deixa de ser de certa forma cómico, lembrem-se que naquela altura as pessoas pensavam muito em casamento. Afinal porque é que nunca ninguém viu que Emma e Knigthley tinham sido feitos um para o outro?? :)