A 3ª Dashwood
"Margaret, the other sister, was a good-humored, well-disposed girl; but as she had already imbibed a good deal of Marianne's romance, without having much of her sense, she did not, at thirteen, bid fair to equal her sisters at a more advanced period of life."
Margaret é a irmã mais nova, uma figura engraçada e muito bem conseguida nas adaptações de 1995 e 2008. A minha colega Marina aqui no blogue deixou, o que passo a citar de seguida, um comentário acertadíssimo: "Margaret, a meu ver, existe na história para a tornar mais jovial. A seriedade e sensatez de Elinor e o carácter apaixonado e impulsivo de Marianne (e até de sua mãe) tinha que ter um "ponto de equilibrio". E esse ponto de equilibrio foi muito bem "encontrado" por Jane Austen em Margaret. Não era um adulto mas sim uma "criança" que podia transmitir alguma "sinceridade" nas suas observações ao que se passava à sua volta. " De facto, é a sinceridade das suas observações que levantam o véu de muito daquilo que as irmãs pensam mas não dizem!
Embora a descrição feita no início da obra acerca de Margaret a diminua em relação às irmãs, é de notar que, também ela sofre uma mudança ao longo da história. Jane Austen escreve que, enquanto as irmãs estiveram em Londres com Mrs. Jennings, Margaret foi alvo de um processo educativo intensivo por parte da sua mãe, conhecimento que adquire e que mostra depois quando as irmãs regressam a Barton em vários diálogos.
Margaret é também uma espécie de âncora para Mrs. Dashwood, é Margaret que está junto dela quando as outras filhas não estão, mantendo o seu papel maternal activo, afastando-se assim da viuvez representada por Mrs. Jennings. Mrs. Dashwood ainda tem um papel crucial a cumprir - o de educar tão bem ou melhor Margaret como fez com as outras duas filhas.
É uma personagem aparentemente descartável, tanto assim é que a adaptação de 1981 decidiu suprimi-la, no entanto, Margaret na sua simplicidade e "criancice" concede-nos momentos especiais ao longo da história. Quero também ressalvar a interpretação de Lucy Boynton em 2008 que nos deu uma Margaret inoportuna e doce.