Review de uma fã do musical Emma
Uma fã de Jane Austen foi ver o musical Emma na cidade de San Diego nos EUA. Leiam AQUI a review que inclui também fotos da peça. Ai que sorte...
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Uma fã de Jane Austen foi ver o musical Emma na cidade de San Diego nos EUA. Leiam AQUI a review que inclui também fotos da peça. Ai que sorte...
Fonte: Prideandprejudice.wikispaces.com
Embora no filme (versão de 2007) o desfecho destas três personagens permaneça uma incógnita, mas com uma tendência altamente prometedora (é o próprio Mr.Bennet que o corrobora), na obra as irmãs aparecem com o destino traçado de forma mais regular.
A paixão de Lydia esfriou, mas ao que parece a efusividade (ou devo dizer “explosividade” manteve-se). Esta dedução deve-se ao facto dos pacientes Bingleys chegarem a desejar que ela e o marido, nas visitas efectuadas, se demorassem menos tempo em sua casa. Posso estar a ser maldosa, mas dada a leviandade que demonstrou ao longo do livro, acho que a Lydia era rapariga para dar uma “facadinha” no matrimónio, mais que não fosse flirtando com outros oficiais colegas do marido.
Mary fica em casa e é “obrigada” a frequentar a sociedade. Embora Jane refira que ela continua a fazer “deduções morais” de tudo e de todos, a mim parece-me que, mais cedo ou mais tarde, acabaria por ser atraída pelos prazeres sociais, tornando-se numa frequentadora assídua de bailes e eventos afins.
Kitty parece ter sido a que mais beneficiou, dado que ficou sob protecção das suas irmãs mais velhas, o que lhe permitiu “fazer progressos”, não só em termos relacionais, mas sobretudo em termos de carácter.
Desfecho da história: penso que todas as manas Bennet acabaram por se casar, supõe-se que bem, dando uma grande alegria à sua mãe, também a Mr.Bennett, que viu o futuro das suas filhas assegurado do ponto de vista material e emocional.
Já leram o livro baseado na obra de Jane Austen? Se não leram, e têm alguma curiosidade cliquem AQUI para ler um pouco do livro online e ver as suas ilustrações.
Georgina Darcy é talvez das personagens de Jane Austen que mais reflectem a mulher "ideal" do tempo de Jane Austen: talentosa nas artes e prendada em todo o que faz. Mesmo assim não é uma personagem muito activa em toda a história, quer seja pelo tempo que temos conhecimento dela quer pela sua própria timidez e também o facto de ser bastante recatada. Georgina é também bastante ingénua deixando-se levar pelos encantos de um falso principe encantado chamado Wickham. Quererá no entanto dizer que tanta timidez signifique também algum orgulho e sentido de superioridade que muitas vezes encontramos no seu irmão Darcy? Apenas sabemos que é uma rapariga muito querida e por quem Darcy e no fim também Elizabeth têm bastante apreco e carinho. Umas das forças motivadores do carácter de Darcy é precisamente o amor e carinho que sente pela sua irmã por quem faz tudo. Georgina tem muito orgulho no seu irmão e sente que ele é o seu verdadeiro salvador. Em tudo o que faz espera a aprovação do seu irmão. Darcy é quase como um pai para ela e não um irmão.
O belo Wickham faz suspirar as mulheres, com a sua beleza e charme pessoal, mal entra em cena. As suas maneiras conquistam e até chegamos a ter pena da forma como foi tratado por Darcy. Se Charlotte Lucas é o oposto de Lizzie na questão do casamento, eu atrevo-me a dizer que Wickham é o de Darcy. Não sendo um vilão, aliás acho que não existem vilões nos livros de Jane, Wickham ao contrário de Darcy rapidamente cai nas boas graças da boa sociedade de Merython, principalmente nas de Lizzie. Todos gostam dele e todos detestam Darcy. Wickham começa então a pregar a sua estória já que sabe que isso ajudará a que seja visto ainda de forma mais favorável, como ninguém o conhece todos acreditam.
Darcy começa então a ser mais detestado, eventualmente a verdade é descoberta, mas até isso acontecer ainda algum tempo irá passar.
Wickham representa todos aqueles que conseguem enganar seduzir os outros. A verdade é que o ser humano é muitas vezes enganado por pessoas como ele, que se mostram atenciosas, simpáticas e amigas do seu amigo.
Se eu gosto dele? Sim, até acho que têm um certo charme, que eu talvez não resistisse e acho que o seu casamento com Lídia, um castigo merecido. Não há nada pior do que um casamento sem amor.
Orgulho e Preconceito (1940)
Orgulho e Preconceito (1980)
Orgulho e Preconceito (1995) BBC
Orgulho e Preconceito (2005)
Caroline Bingley é irmã de Mr. Bingley. Ao contrário do irmão que é uma pessoa amável e simpática; ela é elitista, pedante, irónica, arrogante e superficial. A sua amabilidade resulta quase sempre de uma pretensão de civilidade socialmente exigida. Ao longo do livro, vemo-la constantemente a manifestar comentários menos simpáticos, alguns até desagradáveis, relativamente à família Bennet. Ela, de certa forma, contribuiu para que acontecesse a partida do irmão de Netherfield e consequente separação entre o irmão e Jane Bennet. Mas apesar disto tudo, eu gosto de Caroline Bingley. Eu compreendo-a e sou solidária. Acho que ela é um pouco injustiçada e incompreendida.
Eu explico. Coloquem-se no lugar dela: surgem duas irmãs, uma que quer conquistar o seu irmão e a outra que quer roubar provavelmente o homem dos seus sonhos. Assim, de uma assentada só, vê diante dos seu olhos o risco de perder os dois homens da sua vida. Sendo que estas duas irmãs inserem-se numa família esquisita: mãe histérica, pai anti-social e as irmãs tolinhas.
Digam: quem é que gostaria de perder o Mr. Darcy para uma "fulana de tal" de uma terrinha qualquer quando a situação parecia dominada? Ou alguém tem alguma dúvida que a Caroline Bingley já devia ter o vestido de noiva e toda a cerimónia de casamento com Mr. Darcy delineada na cabeça? Inclusive, ainda tinha o facto de que tendo Jane Bennet com cunhada, ganharia um parentesco indesejado.
Eu, se fosse a Caroline, também não perderia a oportunidade de minimizar a beleza dos olhos castanhos de Lizzie.
E vocês, não fariam o mesmo?