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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Mansfield Parque

"Todos temos os melhores guias em nós mesmos. Melhor do que qualquer pessoa poderia ser"

Aqui estou a fazer a minha homenagem a Jane Austen... Não será idilica nem ideal mas é de coração...

Mansfield Park não é das minhas obras de eleição... a forma como Edmund e Fanny se juntam no final apesar de parecer que, no fundo, eles estavam destinados um para o outro, não me arrebata.

Acho sublime nesta obra a forma como Jane Austen mostra a sociedade... a futilidade, a inconsciencia das consequencias de determinados comportamentos, e exaltação da beleza e da superioridade como sendo algo estritamente ligado à posição social... tudo retratos da sociedade fieis e que mostram o que de pior as sociedades podem ter.

 

Fanny era a parente pobre e sempre foi tratada como tal pelos seus tios e primos, com excepção (claro) de Edmund. Mas Fanny era superior, como convém a qualquer heroina, e "sente" essa superiordade quando visita os pais. Mas mantém-se sempre fiel à familia, sempre...

 

E a familia é um polo central e importante nas obras de Jane Austen, a meu ver. Em todas as suas obras a familia directa tem uma grande importancia em toda a história, seja de forma positiva seja de forma negativa, e Mansfield Park demonstra-o claramente! Fanny é fiel aos seus tios e primos mesmo sendo tratada como a "parente pobre" e é fiel aos seus irmãos e pais mesmo não aprovando por vezes a sua conduta e tendo consciencia das suas "falhas".

Mansfield Park é mais uma obra de uma grande escritora que demonstra nas suas obras a grande consciencia que tinha da sociedade em que se inseria e que tão bem conhecia o ser humano e os seus sentimentos.

Este meu pequeno texto não transmite todo o meu sentimento por Jane Austen e pelas suas obras: sublimes... todas fantásticas e apaixonantes!

O Verdadeiro Henry Tilney?

Título Original: The Real Henry Tilney?
Retirado do site: The Cult of Da Man

Autor do Artigo: High Priestess

Traduzido e Adaptado por Clara Ferreira

 

(...)

Em 1797 Bath era ainda um local muito "na moda" e atraía muitas multidões nos meses de Inverno. Mas nesse Inverno em particular um cavalheiro estava na cidade, um jovem pároco que era tutor do filho mais velho de uma família de Salisbury. O seu nome era Sydney Smith. Viria a tornar-se numa das "mentes" do seu tempo.

 

Mas no Inverno de 1797, Sydney Smith era tutor de Michael Hicks Beach. A família Hicks Beach mantinha relações com os Bramstons de Oakley Hall em Hampshire, muito perto de Steventon, e os Austens foram apresentados aos Hicks Beach através dessa relação comum. E como Irene Collins diz, "Mesmo sem essa informação, o Mestre de Cerimónia, teria em conta que um pároco-tutor era a pessoa indicada pra apresentar à filha de um pároco, caso as suas visitas aos Lower Rooms coincidissem, tal como sucedeu com Mr. King a apresentar Henry Tilney a Catherine Morland, que era, tal como a sua criadora, a filha de um pároco".

 

Nada comprova que Jane Austen e Sydney Smith alguma vez se encontraram ou que dançaram juntos numa festa. Mas tal como David Cecil afirma, Sydney Smith em 1797 era "alto, bonito e muito divertido graças ao seu sentido de humor peculiar". Tal como Henry Tilney.

 

(...)

 

Contudo, se aceitarmos a possibilidade de Jane Austen ter conhecido e ter sido inspirada por Sydney Smith, uma comparação entre os dois pode explicar muito sobre Henry. Por exemplo, Sydney Smith "gostava de falar a brincar sobre matéria sérias, produzindo linhas de imagens ridículas para provar o seu ponto de vista; a comparação de Henry Tilney entre a dança e o casamento entra, claramente, nesta linha". W. H. Auden concorda, dizendo que Smith gostava de criar imagens que poderiam ser chamadas de estilo barroco ridículo".

 

É certo que Jane Austen sempre disse que não baseava os seus personagens em pessoas reais. (...)