Este episódio inicia-se com a vinda de Mr. Collins, muito bem interpretado, diga-se de passagem, embora não seja tão fantástico como o actor da versão de 1995.
Neste episódio, e ao contrário das restantes versões, temos uma cena longa em que conhecemos Mrs. Phillips, a irmã de Mrs. Bennet.
Neste episódio conhecemos também Mr. Wickham, que não é nada convicente. Segue-se o baile em Netherfield, não sentimos a mesma tensão entre Lizzie e Darcy durante a sua dança, como acontece na versão mais recente de 2005. O pedido de casamento de Mr.Collins é engraçado, mas não hilariante, a recusa de Lizzie é muito formal. Nesta versão percebemos também a tentativa de Mrs. Bennet juntar Mary com Mr. Collins depois da recusa de Lizzie.
Uma cena original nesta versão é que nós, vemos o pedido de casamento de Mr.Collins a Charlotte Lucas, foi uma cena que gostei particularmente.
Assistimos também à visita de Mrs Gardiner e, ao contrário das outras versões, assistimos às confidências de Lizzie com a tia. E assim termina o episódio.
John Willoughby é o protótipo do Herói. Mas em Sensibilidade e Bom Senso, transforma-se num Não-Herói.
John Willoughby é a eterna paixão de Marianne Dashwood. Apenas conhecemos uma parente sua Mrs. Smith, uma tia muito rica. Mais tarde, acaba por casar com Miss Grey uma mulher com bastante riqueza.
John Willoughby tem a oportunidade de se tornar num verdadeiro herói, como Henry Tilney, abdicando de toda a seua herança e fortuna para casar com o seu verdadeiro amor - Marianne Dashwood. Mas escolhe a herança, o dinheiro.
Tem semelhanças com Mr. Wickham, embora acrescente mais valor ao seu carácter que o último, uma vez que demonstra arrependimento. E é por isso que lhe dou relevo, porque não sendo o grande herói de Sensibilidade e Bom Senso consegue fazer parte do nosso rol de heróis.
Existe um livro que conta a sua história: "Willoughby's Return" de Jane Odiwe.
No grande ecrã, foram estes actores que lhe deram corpo:
Gostei bastante deste primeiro episódio da série. Embora as técnicas de realização e os própios diálogos teatrais estejam fora de época, cativou a minha atenção e agrado.
Segue de muito perto a obra original, embora haja alguns desvios, talvez mais do que na versão de 1995, não em termos de diálogos, mas sim de acrescento ou alteração de cenas.
Este episódio inicia-se (como é óbvio) com a vinda de Mr. Bingley. Segue-se o baile em que conhecemos pela primeira vez Mr. Darcy, nesta versão, não há qualquer troca de palavras entre Lizzie e Darcy. No segundo baile, em casa de Mr. Lucas, Lizzie canta e toca piano, o que não ocorre em mais nenhuma versão. A estadia de Elizabeth e Jane na mansão de Mr. Bingley é mais demorada do que nas outras e versões e os diálogos e cenas mais de acordo com a obra. Este episódio termina com o regresso das duas irmãs a casa, depois da constipação de Jane.
Apreciei bastante a atenção dada a Mary Bennet, nesta versão damo-nos verdadeiramente conta de quem é Mary Bennet, ao contrário de todas as outras versões em que Mary é eclipsada por todas as suas irmãs, nesta versão rimo-nos muito com ela.
Fiquei decepcionada com a actriz que faz de Lydia, a de 1995 é mil vezes melhor. Esta actriz peca por falta de expressão, pelo menos neste episódio.
Não fiquei muito convencida com este Mr. Darcy, demasiado sisudo e indiferente para ser "O Mr. Darcy". Já Lizzie é encantadora, embora Jennifer Ehle de 1995 tenha suplantado toda e qualquer uma, acho Elizabeth Garvie muitíssimo convicente como Lizzie Bennet.
Mr. Bennet não capta tanto a nossa atenção como na versão de 1995, e Mrs. Bennet está longe de ser tão irritante como era suposto.
Começarei imediatamente a ver o 2º episódio! Fica aqui um slidshow com screencaps do primeiro episódio retirados do filme.
Autor do Artigo: Alessandra Stanley do New York Times
Traduzido e Adaptado por Clara Ferreira
Pode haver demasiado de uma coisa boa, mas uma coisa fenomenal pode ser feita vezes sem conta. Para além de Orgulho e Preconceito, Importância de ser Justo e Star Treck, está também Emma.
Este é o romance mais encantador de Jane Austen (ou o segundo, um debate eterno) retorna à televisão numa nova versão da BBC.
Esta versão é fiel ao livro (...) Romola Garai é irresistível tal como Emma Woodhouse, eclipsando todas as suas predecessoras no papel. E Michael Gambon é distintivo tal como seria de esperar do pai hipocondriaco de Emma. Muito do sucesso das "Emmas" anteriores é devido também a personagens secundárias e Gambon não desaponta ninguém.
Esta Emma não brinca com a comédia delicada que é o cerne do romance (...). O início omite a famosa frase de Jane Austen na qual ela nos apresenta a heroina como "linda, inteligente e rica". Em vez disso, reinventa uma introdução (...).
Austen escreveu que iria criar uma heroína da qual poucos para além dela gostariam. A interpretação de Garai é agradável e exasperante nas exactas proporções, levando o autor a sentir isso mesmo.
A sua Emma é superior, nalguns momentos snob, noutros, perniciosa e extremamente idiota, longe da interpretação de Paltrow. Seu porte é mais "menina" do que de "senhora". Ela interpreta uma Emma espirituosa, elegante e que ainda é demasiado nova, como uma criança que brinca com os corações e futuro dos outros como se fossem bonecas.
Jonny Lee Miller não é o herói romântico, mas como Mr Knightley é um amigo atencioso com aquilo que Austen descreveu como sendo "correcto, decidido e com um carácter de comando". O seu afecto por Emma é óbvio mesmo quando discorda dela (...).
Blake Ritson, que interpretou o herói de Mansfield Park, aqui muda o seu bom aspecto e torna-se no hilariante e absurdamente vaidoso Mr Elton (...).
Austen foi satírica com o amor mas reverente com o dinheiro; ela tinha uma crença romântica nos poderes de cura da riqueza e educação. Esta Emma é fiel a essa visão - uma comédia de maneiras com uma paixão séria pela propriedade privada.
O Fantasma de Jane Austen no blogue Cantinho da Lili, uma leitora frequente deste nosso cantinho! Fãs de Jane Austen, não se assustem com o video, mas vejam-no!
Embora seja uma versão antiga, ainda não era nascida quando foi lançada, estou curiosa por saber até que ponto é fiel à obra e qual a performance dos actores!
E vocês, já viram esta versão de Orgulho e Preconceito, o que acharam?
Vou deixando aqui as minhas impressões à medida que vou assistindo aos episódios.
Graças ao mail enviado por uma leitora frequente do blogue, presenteio-vos hoje com este slideshow do site PBS Masterpiece. Ver aqui.
Aproveito para vos avisar de um novo quiz disponível no site da PBS Masterpiece, onde podem saber qualo personagem masculino de Emma compatível convosco! Ver aqui. Calhou-me Mr. Knightley...
George Eliot era o pseudónimo de Mary Ann Evans, uma das grandes escritoras de romances do século XIX. Os seus romances, o mais conhecido Middlemarch, são caracterizados pelo seu realismo e pensamentos psicológicos.
George Eliot nasceu a 22 de Novembro de 1819 em Warwickshire. Quando a sua mãe morreu em 1836, Eliot abandonou a escola para ajudar a governar a casa. Em 1841, mudou-se com o seu pai para Conventry e aí viveu com ele até à sua morte em 1849. Depois disso, Eliot viajou pela Europa até assentar em Londres.
Em 1850, Eliot começou a escrever para o "Westminster Review" um jornal para radicais filósofos, e mais tarde tornou-se no seu editor. Estava agora no meio do círculo literário através do qual conheceu George Henry Lewes, com quem viveu até ele morrer em 1878. Lewes era casado e a sua relação com ele gerou um escândalo. Elliot foi desprezada por amigos e familiares.
Lewes encorajou Eliot a escrever. Em 1856, ela começou "Scenes of Clerical Life", histórias sobre pessoas de Warwickshire, que foi publicado no "Blackwood's Magazine". O seu primeiro romance "Adam Bede", seguiu-se em 1859 e foi um grande sucesso. Ela utilizou um pseudónimo com nome masculino para garantir que o seu trabalho era levado a sério numa era em que as escritoras mulheres eram fortemente associadas a romances românticos.
A popularidade dos romances de Eliot trouxe-lhe aceitação social, e a casa de Lewes e Eliot tornou-se num lugar de encontro para escritores e intelectuais. Depois da morte de Lewes, Eliot casou-se com um amigo, John Cross, que era vinte anos mais novo que ela. Ela morreu a 22 de Dezembro de 1880.