Squerryes Court é o cenário de Hartfield na adaptação “Emma” da BBC de 2009 com Romola Garai no papel da nossa heroína.
Squerryes em Westerham no Kent em Inglaterra, é uma casa senhorial do séc. 17, sendo a residência da família Warde desde 1731.
A Casa e o Jardim estarão abertos ao público de Abril até Setembro de 2012.
No local de construção da casa atual esteve, por mais de 800 anos uma casa de matriz medieval que foi demolida em 1681, propriedade da família Squerie.
A casa atual, construída por Sir Nicholas Crispe, foi vendida em 1700 a Edward Villiers e só em 1731 passa para a família Warde, que a mantém na atualidade.
Squerryes Court segue a traça do estilo Georgiano.
As salas usadas e mobiladas ao longo de 200 anos pela família Warde são do maior interesse. Aí podemos encontrar uma coleção de pinturas do séc. 17 das escolas Italianas, Alemãs e Inglesas.
Os jardins de Squerryes Court cobrem cerca de 4 hectares incluindo um pombal e um lago.
As filmagens de “Emma” - BBC 2009, exteriores e interiores decorreram nesta casa.
As divisões utilizadas nas gravações incluíram o “Quarto Chinês” (talvez daí a piada inicial na adaptação a propósito de Mr. Knightley ir ensinar chinês a Emma!?), um dos quartos dos empregados, a entrada, e a “Sala Verde”, que foi pintada de azul turquesa paras as filmagens, e os jardins.
Em 2009, Squerryes Court albergou uma exibição acerca de Jane Austen, a sua associação com Kent, fotografias das filmagens da mais recente adaptação de “Emma” e do guarda-roupa.
E se Jane Austen tivesse sido portuguesa? E se a ação do romance “Ema” se tivesse passado numa das muitas vilas ou aldeias portuguesas?
Pois bem, se Jane tivesse sido Joana, Hartifield uma mansão em Portugal e algum realizador desejasse adaptar “Ema” para o ecrã, o local ideal para servir de cenário para a residência de Ema e Henrique, o pai, seria, em meu entender, o Palácio de Estoi, hoje recuperado enquanto Pousada de Portugal.
A escolha não foi aleatória, foi até bastante saudosista. Um irmão meu morou nesta aldeia algarvia chamada Estoi… não me perguntem ao certo como se lê… há quem lhe chame “Estói” e há quem lhe chame “Estôi” - passei lá o Verão de 2005 inteirinho e nunca cheguei a conclusão nenhuma!
Nesse verão que lá passei o então Palácio de Estoi estava vetado ao abandono (vejam a imagem da página seguinte). Passei lá algumas tardes a “invadir” propriedade alheia, é um facto, e a trazer limões de um limoeiro que não me pertencia, mas nunca ninguém se importou, nem ninguém se parecia importar com a beleza daquele edifício repleto de ervas e trepadeiras por tudo quanto era sítio.
Na altura ainda não era fã de Jane Austen e nunca me passou pela cabeça que pudesse um dia associar Estoi a Emma Woodhouse, mas hoje, nada me parece mais certo! E é com extrema facilidade que coloco Emma neste cenário.
Não consegui encontrar nenhuma referência, mas tenho ideia que a recuperação do Palácio começou a ser feita um ano ou dois depois de eu lá ter passado as minhas Vérias Grandes e ficou concluída em 2008.
Atualmente, o Palácio de Estoi é um hotel de luxo que integra as Pousadas de Portugal.
O Palácio de Estoi, localizado a cerca de 10km de Faro, data do séc. XIX e é um exemplar do estilo rococó em Portugal. Também conhecido como Palácio do Carvalhal. O Palácio foi mandado construir por Fernando Carvalhal de Vasconcelos, um fidalgo da Corte em 1840, “altura em que já existiam neste local os jardins e uma pequena residência, conjunto que pertencia ao bispo de Faro”, todavia, não concluiu a obra em virtude da sua morte. O Palácio foi depois vendido a José Francisco da Silva, farmacêutico de profissão, que concluiu as obras, ficando o Palácio totalmente pronto em 1909 - pelos esforços demonstrados na recuperação do Palácio, José Francisco da Silva foi intitulado Visconde de Estoi pelo Rei D. Carlos I. O trabalho foi dirigido pelo arquiteto Domingos da Silva Meira. Em 1987 o Palácio foi comprado pela Câmara Municipal de Faro e em 1977 tinha sido classificado como Imóvel de interesse público.
“O interior do palácio é extremamente detalhado e está elaborado àbase de estuque e pastel. No jardim é possível ver as palmeiras e as laranjeiras, que se enquadram perfeitamente com o ambiente rococó do palácio.
No terraço inferior é possível ver um pavilhão com azulejos azuis e brancos, denominado a Casa da Cascata, e no seu interior está uma cópia das Três Graças, de Canova” (historiadeportugal.info).
“O corpo do seu principal salão é avançado em relação ao resto do edifício e apresenta decoração inspirada no estilo Luís XV.
O palácio compreende vinte e três salas e cinco anexos: torre sineira, torre de acesso às coberturas, depósito de água e duas casas de fresco.
O palácio é antecedido por três patamares ou socalcos ajardinados, preenchidos com diversos alojamentos: dois Pavilhões de Chá (com frescos no tecto), a Casa do Presépio e a Casa da Cascata. Esta axialidade é acentuada pelo arruamento principal, o qual se desenvolve a partir de uma portada monumental.
As divisões interiores do palácio apresentam formas quadradas e rectangulares, estando interligadas por corredores estreitos e compridos, embora a maior parte dos aposentos comuniquem entre si. As salas são decoradas ao estilo Luís XV, Renascença e Barroco, salientando-se a ornamentação interior das seguintes salas de aparato: Capela, Salão Nobre, Sala de Visitas, Sala de Jantar, Saleta, Vestíbulo ou entrada pelo Jardim do Carrascal, dois Pavilhões de Chá, Casa do Presépio e Casa da Cascata. Parte do mobiliário e algumas pinturas de cavalete ou murais são italianos. (e-cultura.sapo.pt)
Aos obras de recuperação concluídas em 200 foram da responsabilidade do Arquitecto Gonçalo Byrne. Em 2009, o Palácio de Estoi - Pousada de Portugal abriu as portas ao público.
Digam lá se Emma Woodhouse não encaixava neste Palácio que nem uma luva!