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Jane Austen Portugal

O Blogue de Portugal dedicado à Escritora

Quase Uma Outra Irmã

 

Retrato de Fanny Knight por Cassandra Austen

 

Fanny Knight foi a primeira sobrinha de Jane Austen. Nascida em 1793, quando a tia tinha apenas dezassete anos. Fanny Knight foi a primeira filha de Edward (Austen) Knight, irmão de Jane Austen. A tia descreveu-a uma vez como sendo uma “quase-irmã”, podemos presumir daí uma forte amizade, cumplicidade e intimidade. Ésabido que Jane tinha uma forte preferência por esta sobrinha, assim como tinha por Anna, filha de um seu outro irmão. Isto revela-se pois algumas peças da Juvenilia dela foram dedicadas à sobrinha.

 

A relação entre tia e sobrinha é retratada no filme “Miss Austen Regrets” de 2008, baseado nas cartas trocadas entre ambas no período 1814-1817, além de outras fontes, claro.

 

Todavia, esta aparente excelente relação vem, mais tarde, pelas próprias mãos de Fanny, mostrar-se menos sólida, quando Fanny descreve a tia, numa carta de 1869 para a sua irmã Marianne: “Jane não era tão refinada quanto poderia ter sido ou como seria de esperar pelo seu talento... Os Austen não eram ricos e as suas relações não eram de elevado estatuto social, eram mediocres e eles, embora intelectual e culturalmente superiores, estavam ao mesmo nível no que a sofisticação e elegância diz respeito... A tia Jane era inteligente e colocava de parte todos os possíveis sinais de vulgaridade e impunha a si própria mais refinamento... Ambas as tias foram educadas na maior ignorância sobre o que era o mundo e as suas maneiras (refiro-me à moda, etc), e não fosse o casamento do papá, que as trouxe para Kent, elas estariam muito longe de representar socialmente uma boa companhia, embora inteligentes e agradáveis por si.”


A mãe de Fanny morreu quando esta tinha apenas 15 anos, deixando a seu cargo (como filha mais velha) dez irmãos mais novos e uma casa para administrar.

Durante a sua infância e juventude, Fanny foi muito próxima da tia, de quem fez confidente. Órfã de mãe, recorria muito à tia para pedir conselhos sobre a sua vida amorosa, perguntando-lhe sobre se devia ou não aceitar ou recusar uma corte. A 18 de Julho de 1817, escreveu no seu diário “a morte da minha querida Tia Jane”. Marianne Knight, uma das irmãs mais novas de Fanny, lembra “que quando a tia Jane nos visitava, trazia sempre consigo o manuscrito do romance que estava a escrever na altura e ela e a minha irmã, fechavam-se num dos quartos e liam alto”. Outro parente comenta que “embora esta sobrinha (Fanny) nunca tenha demonstrado qualquer habilidade literária, a tia sempre teve em conta a sua opinião para cada novo livro”.

 

Depois da morte de Cassandra em 1845, todas as cartas de Jane Austen, passaram para Fanny, assim como o manuscrito do ainda não publicado Lady Susan. Isto reflete a esperança que Jane depositava na sobrinha que, nesta altura, pareceu isensível ao legado. Fanny planeava passar o legado para a filha Louisa (que acabou por morrer antes dela), precavendo-a para que não os mostrasse indiscriminadamente e para que destruisse os que achasse melhor. Acabou por ser um dos seus filhos a publicar a primeira edição da colectânea de Cartas de Jane Austen.

 

Fanny viria, já depois da morte da tia, a casar-se com o Baronete Sir Edward Knatchbull (para ele, um casamento de segundas núpcias), tornando-se na Lady Knatchbull, tornando-se mãe de cinco afilhados e mãe biológica de nove crianças – uma grande família, portanto! Grande parte dos afilhados e cinco dos seus filhos morreram antes dela. Viveu até aos 89 anos com uma boa situação.

Cassandra, a Confidente

 

Cassandra Elizabeth era a única irmã de Jane Austen e a quinta criança do casal Austen. Cassandra era dois anos mais velha que Jane, nasceu em Steventon no Hampshire, a 9 de Janeiro de 1773. Foi a grande amiga e confidente de Jane Austen, e entre elas trocaram-se incontáveis cartas, das quais poucas chegaram ao nosso conhecimento, uma vez que Cassandra, após a morte da irmã, destruiu grande parte delas, o que se compreende, pois representavam algo de muito íntimo .

 

A história de Cassandra não é muito conhecida, e os detalhes que surgem à superficie vêm em consequência da história da personagem principal – Jane Austen. Quando tinha 10 anos e Jane cerca de sete, foram mandadas Oxford, para casa de Mrs. Crawley, da família de um dos seus tios, para aí serem educadas, porém, devido a uma febre contagiosa, foram enviadas de volta para casa. Dois anos mais tarde, foram mandadas para uma escola feminina em Reading para serem educadas.

 

A forte amizade que ligava as duas irmãs, de cedo se começou a mostrar, isso mostra-se, desde logo, pela sua contribuição em providenciar ilustrações para o primeiro “livro” de Jane Austen – The History of England – aproveitando o seu talento para pintar e ilustrar o livro da irmã com os retratos dos reis e rainhas de Inglaterra, embora se considere que os monarcas foram inspirados em membros da família Austen. Cassandra ficou também famosa pelos dois retratos que fez da irmã. O primeiro, que data de 1804, onde pinta Jane Austen de costas, sentada junto a uma árvore; o segundo, que data de 1810, e que é o retrato de Jane Austen que pode ser visto no Museu Nacional de Londres.

 

Sabemos que Cassandra, aos 21 anos, esteve noiva, durante cerca de três anos, de Thomas Fowle que, em busca de sustento e meios para se casar, acabou por falecer de febre amarela nas Caraíbas em 1797, para onde tinha partindo como capelão militar. Cassandra, por via do compromisso que ambos tinham, herdou uma renda de £1000. Thomas Fowle, tinha sido um antigo aluno do Reverendo Austen. Nunca se voltou a casar e dela, como da irmã, mais nenhuma história de amor é conhecida.

 

Os biógrafos de Jane afirmam que, durante toda a sua vida, Jane e Cassandra partilharam o quarto e poucas vezes se separaram. E quando tal acontecia, a correspondência entre ambas era tal que nem a distância as separava de facto.

 

"Their affection for each other was extreme; it passed the common love of sisters; and it had been so from childhood. My Grandmother talking to me once [of] by gone times, & of that particular time when my Aunts were placed at the Reading Abbey School, said that Jane was too young to make her going to school at all necessary, but it was her own doing; she would go with Cassandra; 'if Cassandra's head had been going to be cut off Jane would have her's cut off too' - " (Memoir of Jane Austen).

 

Jane morreu no colo da irmã em 1817 em Winchester. Numa carta para Fanny (sobrinha), Cassandra escreve: “I have lost a treasure, such a Sister, such a friend as never can be surpassed, - She was the sun of my life….I had not a thought concealed from her, and it is as if I had lost a part of myself” (Letter, July 20th 1817).

 

Depois da morte da irmã, Cassandra organizou os dois últimos romances e fez todos os esforços para que fossem publicados.Cassandra viveu em Chawton até aos seus últimos dias. Morreu a 22 de Março de 1845 com 72 anos. Foi enterrada na Igreja de S. Nicolas em Chawton junto da sua mãe.

 

Jane, quem?

Título Original: Jane, Who?

Retirado da Revista Costume Chronicles (Nov-Dez 2010)

Autor do Artigo: Marion K.

Traduzido e Adaptado por Clara Ferreira

 

 

DOWNLOAD DA REVISTA

 

(...) Para pessoas ignorantes o nome Jane Austen pode significar dois tipos de perguntas: “Jane, quem?” ou “Oh! Estás a falar daquela solteirona que não conseguiu encontrar um homem para casar e por isso escreveu aqueles livros de cordel?”. Sim, também não consigo conter a minha raiva quando oiço tamanhas frases ridículas a propósito da minha escritora preferida. Uma solteirona? Livros de cordel? Enfim! (…)

 

Jane Austen nunca casou, mas as Janeites sabem bem – ela era muito mais do que uma solteirona desesperada. Uma curta narrativa precisa sobre que tipo de sentimentos Jane Austen provocava aqueles que lhe eram mais íntimos (família, amigos) pode ser encontrada na biografia de Henry Austen, escrita pouco depois da sua morte como complemento à publicação de Abadia de Northanger e Persuasão. Podemos dizer que qualquer parente próximo certamente exageraria as suas virtudes e eliminaria as suas falhas, mas este não é o caso, tenho a certeza. Jane Austen era uma pessoa adorável e qualquer um pode discernir isso através da forma sensível e perceptível com que ela criava as suas tão amadas personagens. (…)

 

Jane Austen nasceu a 16 de Dezembro de 1775 em Steventon perto de Basingstoke. Era a sétima criança da família e a segunda filha do casal Reverendo George Austen e Cassandra Leigh. Teve cinco irmãos e uma irmã, Cassandra, a sua melhor amiga. Sobre a sua educação sabemos que sabia cantar, tocar piano e falar Francês e Italiano. Desde tenra idade que Jane mostrou o seu afecto por livros, um gosto que o seu pai apoiou fortemente. Aos treze começou a escrever pequenas histórias de humor, incluindo paródias a romances populares. Por volta dos vinte e cinco já tinha criado rascunhos daquilo que viria a ser Sensibilidade e Bom Senso (com o título Elinor and Marianne), Orgulho e Preconceito (primeiramente chamado de First Impressions) e Abadia de Northanger (com o título Susan).  Em 1801 a sua família mudou-se para Bath, onde ficaram até à morte do pai, em 1805. Este foi um período pouco dado à escrita para Jane Austen uma vez que ela detestava Bath. Em 1809, Mrs. Austen e as suas duas filhas voltaram para Hampshire e tomaram residência em Chawton. Jane voltou a escrever e deu forma final aos seus primeiros romances. Escreveu também os seus últimos três romances, O Parque de Mansfield (1814), Emma (1816) e Persuasão, que foi publicado postumamente em 1818 juntamente com Abadia de Northanger. Durante a sua vida, ela publicou os livros anonimamente, usando apenas a frase – Por uma Mulher. O seu nome só veio a ser, mais tarde, publicado em edições.

 

Jane Austen nunca casou. A sua vida, contudo, não foi desprovida de amor. Muitas das suas cartas foram queimadas depois da sua morte por Cassandra, mas daquelas que ficaram, somos informados de que em 1796 ela teve um breve romance com Tom Lefroy, um advogado irlandês. Ela sabia, todavia, que seria de curta duração, uma vez que a família dele esperava que ele casasse com alguém com dinheiro. Cassandra mencionou uma vez um jovem padre por quem Jane se apaixonou, mas que infelizmente morreu. Cassandra descreve-o como uma das pessoas mais encantadoras que ela alguma vez conheceu. Aos 27 anos, Jane aceitou uma proposta de casamento de Harris Biggwithers (de 21 anos), um herdeiro rico, cuja família era íntima dos Austen, mas mudou de ideias no dia seguinte.

 

Ela gostava muito do sossego, da família e da vida do campo. Ela pertenceu a uma grande família e viveu sempre rodeada de irmãos, sobrinhas e sobrinhos. Cassandra também nunca casou. A mãe de ambas dizia que “aquelas duas estão casadas uma com a outra”.

Em 1816 diagnosticaram a Jane a doença de Addison, mas este facto não a impediu de continuar a escrever. Ela terminou Persuasão e enquanto pode segurar um lápis escreveu outro romance, inacabado, chamado inicialmente – Os Irmãos, e mais tarde, Sanditon. Ela morreu nos braços de Cassandra a 18 de Julho de 1817 em Winchester, para onde foi levada em Maio do mesmo ano para estar mais próxima do médico. Ela está enterrada na ala norte da nave da Catedral de Winchester. O seu epitáfio escrito pelo seu irmão James, elogia as suas qualidades pessoais, expressa esperança na sua salvação e menciona a dádiva extraordinária da sua mente, mas não refere claramente os seus feitos como escritora.

 

Jane Austen escreveu sobre aquilo que conhecia melhor, o quotidiano da classe média. Os seus trabalhos são uma representação irónica e perspicaz da sua Era, caracterizados por realismo, uma assaz crítica social e um uso extraordinário da língua inglesa. Ela é hoje em dia considerada uma das escritoras inglesas mais lidas e com mais sucesso.

 

 

Prefácio de Persuasão e Abadia de Northanger

Prefácio de Persuasão e Abadia de Northanger (por Henry Austen)

Tradução: Clara Ferreira

 

 

As páginas que se seguem, são o produto de uma caneta que já contribuiu em grande escala para o entretenimento do público. E quando o público, que não foi insensível aos méritos de "Sensibilidade e Bom Senso", "Orgulho e Preconceito", "O Parque de Mansfield" e "Emma", tiver conhecimento de que a mão que guiou essa caneta está agora enterrada, talvez esta breve história de Jane Austen seja lida com mais amabilidade do que mera curiosidade.

 

Pequena e simples será a tarefa deste mero biógrafo. Uma vida de utilidade, literatura e religião, não é, seja de que forma for, uma vida de destaque. Para aqueles que lamentam a sua perda irreparável, é um consolo pensar que, não sendo vítima de censura, no seu círculo familiar e de amigos, ela nunca conheceu a reprovação; que os seus desejos não eram somente razoáveis, mas gratificantes; e que os pequenos desapontamentos, incidentais da vida humana, numa adicionaram, nem por um momento, um abatimento de bondade para todos aqueles que a conheceram.

 

Jane Austen nasceu a 16 de Dezembro de 1775 em Steventon, Hants. O seu pai foi Reitor numa paróquia durante mais de quarenta anos. Aí ele viveu, na descarga conscienciosa e não assistida de deveres ministriais, até completar 70 anos. Nessa altura aposentou-se com a sua mulher, a nossa escritora e sua irmã, para Bath, onde viveu até ao final da sua vida, um período de cerca de quatro anos. Sendo, não apenas um profundo erudito, mas também possuidor de um grande gosto literário, é de imaginar que a sua filha Jane se teria tornado, logo de tenra idade, sensível aos charmes de estilo e entusiasta no "cultivo" da dua própria lingua.

 

Aquando da morte de seu pai, ela mudou-se, juntamente com a mãe e irmã para Southampton, por um curto período de tempo e finalmente, em 1809, para a simpática aldeia de Chawton, no mesmo estado. Foi desse lugar que mandou para o mundo os seus romances que, por muitos foi considerado equivalente a trabalhos de D'Arblay ou Edgeworth. Alguns desses romances tinham os desempenhos graduais da sua vida passada. Embora na composição ela fosse igualmente rápida e correcta, contudo, uma grande falta de confiança na sua capacidade de julgamento, induziram-na a manter as suas obras fora do público, até à altura em que as muitas persuasões a satisfizeram . A constituição natural, os hábitos regulares, as ocupações alegres e sossegadas da nossa autora, pareceram prometer ao público uma longa sucessão de entretenimento, assim como a subida gradual da sua reputação. Mas os sintomas de uma doença, profunda e incurável, começaram a mostrar-se nos inicios de 1816. O seu declinio, foi inicialmente enganadoramente lento e até à primavera desse ano, aqueles que a rodeavam não conseguiram deixar de sentir desespero.

 

No mês de 1817, foi tido como coerente de que ela deveria ser mudada para WInchester pelo benefício de assistência médica constante, que todos acreditavam benéfica. Ela suportou dois meses de todas as variações de dores, agravamento da doença e tédio; assistente da sua própria deterioração, com mais do que resignação ela aceitou a doenção com uma boa disposição verdadeiramente elástica. Ela manteve as suas faculdades, a sua memória, a sua imaginação, o seu temperamento e os seus afectos, quentes, claras e presentes até ao fim. Nem o seu amor a Deus ou o seu amor pelas criaturas semelhantes falhou por um momento. Ela fez questão de receber o sacramento antes de chegar o momento da perda de percepção, era esse o seu desejo. Ela escreveu enquanto pôde segurar uma caneta, ou então com um lápis, quando a escrita a caneta se tornava laboriosa. No dia anterior à sua morte ela compôs algumas "stanzas" repletas de imaginação e vigor. O seu último discurso voluntário serviu para agradecer ao seu médico assistente; e à sua última pergunta, perguntando-lhe o que desejava, ela disse "Não quero nada a não ser a morte".

 

 

Georgette Heyer

 

Georgette Heyer nasceu em Londres em 1902, foi uma esritora inglesa de romances históricos e de romances de género policial. Publicou o seu primeiro livro aos 19 anos (1921) uma história onde a personagem principal era o seu irmão mais novo (The Black Moth) e escreveu um rol de romances por mais de 50 anos. Durante esse tempo nunca apareceu em público ou permitiu qualquer entrevista.

 

A grande parte dos seus livros são romances históricos cuja acção decorre no período da Regência Inglesa, muitas destas obras influenciadas por Jane Austen, mas ao contrário de Austen, que descreveu os tempos em que viveu, Heyer era forçada a incluir informação copiada sobre o período para que os seus leitores entendessem o espaço da acção - Devil's Cub (1934), Regency Buck (1935) and Faro's Daughter (1941). Estas obras são admiradas até hoje pela mticulosa pesquisa e mistura de ingredientes essenciais - casamentos arranjados, homicídios, moda, alta sociedade, sarcasmo e humor.

 

Ela foi uma das escritoras (femininas) pioneiras no género literário Mistério - um grupo que inclui Agatha Christie, Dorothy Sayers e Ngaio Marsh. Heyer morre em 1974 com 51 títulos impressos e traduções em dez linguas.

 

Informação recolhida:

Girlebooks

Fantastic Fiction

 

  • Romances

George Eliot

 

George Eliot era o pseudónimo de Mary Ann Evans, uma das grandes escritoras de romances do século XIX. Os seus romances, o mais conhecido Middlemarch, são caracterizados pelo seu realismo e pensamentos psicológicos.

George Eliot nasceu a 22 de Novembro de 1819 em Warwickshire. Quando a sua mãe morreu em 1836, Eliot abandonou a escola para ajudar a governar a casa. Em 1841, mudou-se com o seu pai para Conventry e aí viveu com ele até à sua morte em 1849. Depois disso, Eliot viajou pela Europa até assentar em Londres.

Em 1850, Eliot começou a escrever para o "Westminster Review" um jornal para radicais filósofos, e mais tarde tornou-se no seu editor. Estava agora no meio do círculo literário através do qual conheceu George Henry Lewes, com quem viveu até ele morrer em 1878. Lewes era casado e a sua relação com ele gerou um escândalo. Elliot foi desprezada por amigos e familiares.

Lewes encorajou Eliot a escrever. Em 1856, ela começou "Scenes of Clerical Life", histórias sobre pessoas de Warwickshire, que foi publicado no "Blackwood's Magazine". O seu primeiro romance "Adam Bede", seguiu-se em 1859 e foi um grande sucesso. Ela utilizou um pseudónimo com nome masculino para garantir que o seu trabalho era levado a sério numa era em que as escritoras mulheres eram fortemente associadas a romances românticos.

A popularidade dos romances de Eliot trouxe-lhe aceitação social, e a casa de Lewes e Eliot tornou-se num lugar de encontro para escritores e intelectuais. Depois da morte de Lewes, Eliot casou-se com um amigo, John Cross, que era vinte anos mais novo que ela. Ela morreu a 22 de Dezembro de 1880.

 

Retirado de BBC Historic Figures

Traduzido por Clara Ferreira

 

  • Romances

 

 

Middlemarch (1872) Scenes of Clerical Life (1856)

 


Romola (1863) The Mill on the Floss (1869)

 


Felix Holt: the Radical () Daniel Deronda (1876)

 

 

Adam Bede (1859)  Silas Marner (1861)

 

 

  • Adaptações


Silas Marner (1985) The Mill on the Floss (1997)

 


Middlemarch (1993) Daniel Deronda (2002)

 


Adam Bede (1991) The Mill of the Floss (1978)

Elizabeth Gaskell

 

Elizabeth Gaskell - retrato pintado por George Richmond em 1851

 

Gasskell foi uma escritora da época Vitoriana, foi também ela quem escreveu a biografia da sua amiga Charlotte Bronte.

Elizabeth Stevenson nasceu em Londres a 29 de Setembro de 1810, filha de um Ministro Unitário Escocês.

 

Depois da morte permatura da mãe, foi criada por uma tia que vivia em Knutsford em Cheshire. Em 1832 casa com William Gaskell, também um ministro Unitário, e vão viver para Manchester.

O facto de ter sido mãe e de ter as obrigações comuns de uma mulher de um Ministro, mantiveram-na ocupada.

 

Contudo, a morte do seu único filho inspirarou-a a escrever o seu primeiro romance, "Mary Barton" publicado anonimamente em 1848. Foi um sucesso imediato, ganhou o prémio Charles Dickens e Thomas Carlyle.

Dickens convidou-a para participar na sua revista - "Household Words", onde o seu segundo grande trabalho apareceu em 1853 - "Cranford". "North and South" foi publicado no ano seguinte.

 

Os romances de Gaskell trouxeram-lhe muitos amigos, incluíndo a escritora Charlotte Bronte. Quando Charlotte morreu em 1855, o seu pai, Patrick Bronte, perguntou a Gaskell se não gostaria de escrever a sua biografia.

The Life of Charlotte Bronte (1857) foi escrito com uma grande admiração e repleto de uma enorme quantidade de "material em primeira mão" e com uma grande capacidade narrativa.

 

Gaskell morre a 12 de Novembro de 1865, deixando inacabado o seu romance mais volumoso "Wives and Daughters".

 

Retirado de BBC Historic Figures

Traduzido por Clara Ferreira

 

 

  • Romances


 

 

Mary Barton (1848) e Cranford (1853) Penguin Classics

 

 

Ruth (1853) e North and South (1854) Penguin Classics

 

 

Sylvia's Lovers (1863) e Wives and Daughters (1865) Penguin Classics

 

 

Biografia de Charlotte Bronte (1857)

 

Elizabeth Gaskell no Girlebooks

  • Adaptações

 

Cranford (2007); North and South (2004)

 

 

Return to Cranford (2009); Wives and Daughters (1999)

 

Quem foi Jane Austen?

 

Comecei a ler Jane Austen com 17 anos (agora tenho 18, por isso, posso dizer que sou recente nestas andanças). Mas já antes tinha o desejo, porque desde o inicio do meu estudo na lingua inglesa que sempre ouvira falar de Jane Austen. O primeiro livro que li foi "Persuasão", apaixonante.

É incrivel como uma escritora de há já uns séculos atrás ainda consegue cativar de forma mágica as leitoras actuais.

É verdade que os seus finais são sempre "viveram felizes para sempre" mas, qual é o mal? Ao menos na ficção há sempre essa hipótese!

As personagens por ela criadas são absolutamente geniais. Eu devo dizer que tenho grande apreço por Elinor Dashwood e Emma Woodhouse.

 

Mas quem foi Jane Austen?

 

Jane Austen, nasceu a 16 de Dezembro de 1775 e morreu a 18 de Julho de 1817, vítima da doença de Addison

É considerada por muitos a segunda figura da literatura inglesa, depois de Shakespeare.

Filha de um sacerdote, George Austen e Cassandra Leigh, teve sempre uma vida sem turbulências. Viveu em Steventon em Hampshire quase sempre, tendo uma certa aversão a Bath, que retrata nas suas obras.

Tinha sete irmãos, sendo Cassandra a sua irmã favorita, e a quem muitos atribuem influências em obras como Sense and Sensibility ou Pride and Prejudice,

Autora de seis obras completas: Sense and Sensibility, Pride and Prejudice, Mansfield Park, Emma, Northanger Abbey, Persuasion e uma shortstory "Lady Susan" e Juvenilias e outras obras inacabadas.